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Peter Sloterdijk: diferenças entre revisões

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'''Peter Sloterdijk''' ([[Karlsruhe]], [[26 de Junho]] de [[1947]]) é um [[filósofo]] [[fenomenologia|fenomenólogo]] [[alemão]] considerado um dos grandes renovadores da filosofia contemporânea. Além da filosofia, ele estudou [[filologia]] germânica e [[história]].
'''Peter Sloterdijk''' ([[Karlsruhe]], [[26 de Junho]] de [[1947]]) é um [[filósofo]] [[fenomenologia|fenomenólogo]] [[alemão]] considerado um dos grandes renovadores da filosofia contemporânea. Além da filosofia, ele estudou [[filologia]] germânica e [[história]].


==Biografia==
== Biografia ==
== Biografia ==
De 1968 a 1974, Sloterdijk estudou filosofia, história e literatura alemã na Universidade de Munique. Em 1975, defendeu uma tese sobre filosofia e história da autobiografia na Universidade de Hamburgo. Subsequentemente, Sloterdijk iniciou com sucesso uma carreira de escritor e, a partir de 1992, adicionou cursos às universidades de Viena e Karlsruhe.<ref name="HJH">D'après Hans Jürgen Heinrichs, « Peter Sloterdijk », dans le ''[[Magazine littéraire]]'', 2005, notice reprise sur [http://www.petersloterdijk.net/french/ Sloterdijk.net].</ref>
De 1968 a 1974, Sloterdijk estudou filosofia, história e literatura alemã na Universidade de Munique. Em 1975, defendeu uma tese sobre filosofia e história da autobiografia na Universidade de Hamburgo. Subsequentemente, Sloterdijk iniciou com sucesso uma carreira de escritor e, a partir de 1992, adicionou cursos às universidades de Viena e Karlsruhe.<ref name="HJH">D'après Hans Jürgen Heinrichs, « Peter Sloterdijk », dans le ''[[Magazine littéraire]]'', 2005, notice reprise sur [http://www.petersloterdijk.net/french/ Sloterdijk.net].</ref>
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A polêmica também continuou na França, onde Sloterdijk - que se expressa perfeitamente em francês - recebeu o apoio de seu tradutor [[Olivier Mannoni]], [[Bruno Latour]], [[Eric Alliez]], [[Jean Baudrillard]] e [[Régis Debray]].<ref name="Mannoni">Olivier Mannoni, « Peter Sloterdijk », dans ''[[Encyclopædia Universalis]]'', en ligne.</ref>.
A polêmica também continuou na França, onde Sloterdijk - que se expressa perfeitamente em francês - recebeu o apoio de seu tradutor [[Olivier Mannoni]], [[Bruno Latour]], [[Eric Alliez]], [[Jean Baudrillard]] e [[Régis Debray]].<ref name="Mannoni">Olivier Mannoni, « Peter Sloterdijk », dans ''[[Encyclopædia Universalis]]'', en ligne.</ref>.


== Bibliografia ==
==Livros publicados em português==

* ''Crítica da Razão Cínica'', 1988. {{ISBN|0-8166-1586-1}}
* ''Thinker on Stage: Nietzsche's Materialism'', translation by Jamie Owen Daniel; foreword by Jochen Schulte-Sasse, Minneapolis, University of Minnesota Press, 1989. {{ISBN|0-8166-1765-1}}
* ''Theory of the Post-War Periods: Observations on Franco-German relations since 1945'', translation by Robert Payne; foreword by Klaus-Dieter Müller, Springer, 2008. {{ISBN|3-211-79913-3}}
* ''Terror from the Air'', translation by Amy Patton, Los Angeles, [[Semiotext(e)]], 2009. {{ISBN|1-58435-072-5}}
* ''God's Zeal: The Battle of the Three Monotheisms'', Polity Pr., 2009. {{ISBN|978-0-7456-4507-0}}
* ''Derrida, an Egyptian'', Polity Pr., 2009. {{ISBN|0-7456-4639-5}}
* ''[[Rage and Time]]'', translation by Mario Wenning, New York, Columbia University Press, 2010. {{ISBN|978-0-231-14522-0}}
* ''Neither Sun nor Death'', translation by Steven Corcoran, Semiotext(e), 2011. {{ISBN|978-1-58435-091-0}} – <small>Sloterdijk answers questions posed by German writer [[Hans-Jürgen Heinrichs]], commenting on such issues as technological mutation, development media, communication technologies, and his own intellectual itinerary.</small>
* ''[[Bubbles: Spheres Volume I: Microspherology]]'', translation by Wieland Hoban, Los Angeles, Semiotext(e), 2011. {{ISBN|1-58435-104-7}}
* ''The Art of Philosophy: Wisdom as a Practice'', translation by Karen Margolis, New York, Columbia University Press, 2012. {{ISBN|978-0-231-15870-1}}
* ''[[You Must Change Your Life]]'', translation by Wieland Hoban, Cambridge, Polity Press, 2013. {{ISBN|978-0-7456-4921-4}}
* ''In the World Interior of Capital: Towards a Philosophical Theory of Globalization'', translation by Wieland Hoban, Cambridge, Polity Press, 2013. {{ISBN|978-0-7456-4769-2}}
* ''Nietzsche Apostle'', (Semiotext(e)/Intervention Series), translation by Steve Corcoran, Los Angeles, Semiotext(e), 2013. {{ISBN|978-1-58435-099-6}}
* ''[[Globes: Spheres Volume II: Macrospherology]]'', translation by Wieland Hoban, Los Angeles, Semiotext(e), 2014. {{ISBN|1-58435-160-8}}
* ''[[Foams: Spheres Volume III: Plural Spherology]]'', translation by Wieland Hoban, Los Angeles, Semiotext(e), 2016. {{ISBN|1-58435-187-X}}
* ''Not Saved: Essays after Heidegger'', translation by Ian Alexander Moore and Christopher Turner, Cambridge, Polity Press, 2016.
* ''What Happened in the 20th Century?'', translation by Christopher Turner, Cambridge, Polity Press, 2018.

===Livros publicados em português===
* '''''Regras para o parque humano''''': levanta o debate sobre o destino do ser humano na época da bioengenharia. O texto foi razão da eclosão de uma das maiores polêmicas político-filosóficas na Europa nos últimos anos.
* '''''Regras para o parque humano''''': levanta o debate sobre o destino do ser humano na época da bioengenharia. O texto foi razão da eclosão de uma das maiores polêmicas político-filosóficas na Europa nos últimos anos.



Revisão das 20h01min de 24 de dezembro de 2018

Peter Sloterdijk
Peter Sloterdijk
Nascimento 26 de junho de 1947
Karlsruhe
Residência Karlsruhe, Provença
Cidadania Alemanha
Alma mater
Ocupação filósofo, apresentador de televisão, escritor, professor universitário, cultural studies scholar, libretista
Prêmios
  • Prêmio Europeu de Ensaio Charles Veillon (2008)
  • Friedrich-Märker-Preis (1999)
  • Prêmio Sigmund Freud (2005)
  • Prêmio Mendelssohn Internacional de Leipzig (2008)
  • Prêmio Helmuth Plessner (2017)
  • Prêmio Ludwig Börne (2013)
  • Cicero Orator Prize (2008)
  • Ernst Robert Curtius Award (1993)
  • Condecoração Austríaca de Ciência e Arte (2005)
  • Berliner Bär (2010)
  • Comendador das Artes e das Letras
Empregador(a) Karlsruhe University of Arts and Design, Academia de Belas-Artes de Viena
Página oficial
https://petersloterdijk.net/

Peter Sloterdijk (Karlsruhe, 26 de Junho de 1947) é um filósofo fenomenólogo alemão considerado um dos grandes renovadores da filosofia contemporânea. Além da filosofia, ele estudou filologia germânica e história.

Biografia

De 1968 a 1974, Sloterdijk estudou filosofia, história e literatura alemã na Universidade de Munique. Em 1975, defendeu uma tese sobre filosofia e história da autobiografia na Universidade de Hamburgo. Subsequentemente, Sloterdijk iniciou com sucesso uma carreira de escritor e, a partir de 1992, adicionou cursos às universidades de Viena e Karlsruhe.[1]

Seu primeiro ensaio filosófico, Crítica da Razão Cínica (Kritik der Vernunft zynischen), publicado em 1983, bateu o recorde de vendas de um livro de filosofia escrito em alemão e foi traduzido para trinta e dois outros idiomas. O livro foi saudado por Jürgen Habermas, que considera o "mais importante evento desde 1945". Sloterdijk recebeu o prêmio literário Ernst-Robert Curtius em 1993 e aumentará sua fama ensinando, entre outros, em Paris, Zurique e Nova York.[2]

Desde 1998, Sloterdijk começou sua trilogia denominada Esferas que fez dele uma figura reconhecida no mundo das letras germânicas.

Em setembro de 1999, Sloterdijk publicou uma palestra intitulada "Regras para o Parque Humano: uma carta em resposta à Carta de Heidegger sobre o Humanismo" no semanário Die Zeit, que deu origem a uma polêmica. O filósofo propôs uma reflexão sobre o humanismo, a genética e os problemas colocados pelo que ele chama de "domesticação do ser humano". O uso da palavra "Selektion" (muito carregado de conotações na Alemanha desde o nazismo) em seu texto foi severamente criticado por Jürgen Habermas. O termo foi usado duas vezes na conferência, no contexto de "seleção nativa”. [3]

A polêmica também continuou na França, onde Sloterdijk - que se expressa perfeitamente em francês - recebeu o apoio de seu tradutor Olivier Mannoni, Bruno Latour, Eric Alliez, Jean Baudrillard e Régis Debray.[4].

Bibliografia

Livros publicados em português

  • Regras para o parque humano: levanta o debate sobre o destino do ser humano na época da bioengenharia. O texto foi razão da eclosão de uma das maiores polêmicas político-filosóficas na Europa nos últimos anos.
  • O Desprezo das massas: o fenômeno "luta cultural" em si é o conflito no qual se depara a legitimidade e a origem das diferenças. Discute-se como a metafísica religiosa é intranqüilizada pela pergunta sobre de onde provém o Mal e, da mesma forma, como a sociedade secular se defronta com a questão de como deve alimentar suas diferenças (alteridade).
  • No mesmo barco - Ensaio Sobre a Hiperpolitica: ensaio sobre os delírios da política, do paleolítico até hoje. Ao tratar de mais de 4 mil anos de História, Sloterdijk pode distanciar seu olhar à medida que mergulha nas grandes civilizações da antigüidade, o que lhe permite apreender alguns vícios fundamentais de nossa época com perspicácia e originalidade.
  • Se a Europa despertar: neste ensaio, Sloterdijk se pergunta se a Europa dilacerada de 1945 poderia ser vista como metáfora de um império moderno e esclarecido. Os desenvolvimentos políticos recentes, inclusive a derrapagem violenta da política externa norte-americana, já haviam sido previstas pelo filósofo alemão.
  • Ira e tempo: o autor reinterpreta o conceito de ira à luz do pensamento ocidental do século XXI. Para Sloterdijk, no lugar de válvula de escape para desejos não realizados, a ira passa a ter valor histórico, sobretudo na construção de um equilíbrio político. No caminho percorrido pelo filósofo conclui-se que é preciso exercitar este equilíbrio sem se esquivar das lutas necessárias e, ao mesmo tempo, não provocar nenhuma luta supérflua. Entre outras coisas, Sloterdijk mostra que reprimir a ira dita produtiva pode gerar efeitos paralisantes.
  • O sol e a morte: investigações dialógicas:Em forma de diálogo, Peter Sloterdijk reata com o estilo incisivo e a simplicidade das ideias que caracterizam o seu Ensaio Sobre a Intoxicação Involuntária. Revela as motivações existenciais e metafísicas da sua investigação, explica as grandes controvérsias em que esteve envolvido e comenta os principais temas dos seus livros, designadamente de Esferas. Sloterdijk considera que é tempo de abandonar uma filosofia racional e petrificada por um pensamento em movimento, impregnado da antropologia, da poesia e da arte.
  • Crítica da razão cínica: escrita em 1983, edição em português no prelo.

Premiações e Honrarias

Referências para as publicações em português=

Brasil:

  • 1988, A Árvore Mágica: O surgimento da psicanálise no ano de 1785, tentativa épica com relação à filosofia da psicologia , [...] Casa Maria.
  • 1992, Mobilização copernicana e desarmamento ptolomaico, Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.
  • 1999, No mesmo barco. Ensaio sobre a hiperpolítica. Tradução Claudia Cavalcanti, São Paulo: Estação Liberdade.
  • 2000, Regras para o Parque Humano. Uma resposta à carta de Heidegger sobre o humanismo, Tradução José Oscar de Almeida Marques, São Paulo: Estação Liberdade.
  • 2002, Se a Europa Despertar, Tradução José Oscar de Almeida Marques, São Paulo: Estação Liberdade.
  • 2002,O desprezo das massas. Ensaio sobre lutas culturais na sociedade moderna, Tradução Claudia Cavalcanti, São Paulo: Estação Liberdade.
  • 2004, Quinto "Evangelho" de Nietzsche : É possível melhorar a Boa Nova? Tradução Flávio Beno Siebeneichler, Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.
  • 2009, Derrida, um egípcio: O problema da pirâmide judia. São Paulo: Estação Liberdade.
  • 2012, Ira e tempo: ensaio político-psicológico. Tradução Marco Casanova. São Paulo: Estação Liberdade
  • 2012, Crítica da razão cínica. Tradução Marco Casanova e outros. São Paulo: Estação Liberdade

Portugal:

  • 2001, Ensaio sobre a intoxicação voluntária: um diálogo com Carlos Oliveira, Tradução Cristina Peres, Lisboa: Fenda.
  • 2004, A Mobilização Infinita, Lisboa: Relógio d’Água.
  • 2007, O sol e a morte: Investigações dialógicas, Peter Sloterdijk e Hans-Jürgen Heinrichs, Tradução Carlos Correia Monteiro de Oliveira, Lisboa: Relógio d’Água.
  • 2008, O Estranhamento do Mundo, Lisboa: Relógio d’Água.
  • 2008, Palácio de cristal. Para uma teoria filosófica da globalização, Lisboa: Relógio d’Água.
  • 2008, Regras para o Parque Humano. Uma resposta à carta de Heidegger sobre o humanismo, Pref.: Luís Quintais, Trad.: Manuel Resende, Coimbra: Angelus Novus.
  • 2008, Se a Europa Despertar: Reflexões sobre o Programa duma Potência Mundial no Termo da sua Ausência Política, Lisboa: Relógio d’Água.
  • 2009, A loucura de deus: Do combate dos três monoteísmos, Tradução Carlos Correia Monteiro de Oliveira, Lisboa: Relógio d’Água.

Ligações externas

Referências

  1. D'après Hans Jürgen Heinrichs, « Peter Sloterdijk », dans le Magazine littéraire, 2005, notice reprise sur Sloterdijk.net.
  2. Cité dans « Peter Sloterdijk : "Il faut être déchiré par quelque chose qui nous dépasse pour penser" », entretien avec Nicolas Truong, dans Philosophie magazine, no 6, 2007.
  3. Voir Olivier Mannoni, « Note du traducteur », dans Règles pour le parc humain, Paris, Mille et une nuits, 2006 [2000], p. 6.
  4. Olivier Mannoni, « Peter Sloterdijk », dans Encyclopædia Universalis, en ligne.
  5. «Reply to a parliamentary question» (pdf) (em German). p. 521. Consultado em 11 de dezembro de 2012 
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