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Anomura: diferenças entre revisões

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==''Aeglidae''==
==''Aeglidae''==
A família ''Aeglidae'' apresenta três gêneros: ''Aegla, Protaegla e Haumuriaegla''<ref name=":1">{{Citar periódico|ultimo=Bueno|primeiro=Sérgio Luiz de Siqueira|ultimo2=Shimizu|primeiro2=Roberto Munehisa|ultimo3=Moraes|primeiro3=Juliana Cristina Bertacini|data=2016|editor-sobrenome=Kawai|editor-nome=Tadashi|editor-sobrenome2=Cumberlidge|editor-nome2=Neil|titulo=A Remarkable Anomuran: The Taxon Aegla Leach, 1820. Taxonomic Remarks, Distribution, Biology, Diversity and Conservation|url=https://doi.org/10.1007/978-3-319-42527-6_2|lingua=en|local=Cham|publicado=Springer International Publishing|paginas=23–64|doi=10.1007/978-3-319-42527-6_2|isbn=9783319425276}}</ref>. ''Aegla'' é o único gênero com representantes atuais, enquanto que os gêneros ''Protaegla'' e ''Haumuriaegla'' foram extintos e são observados apenas em fósseis marinhos indicando a possível origem aquática dessa família<ref name=":1" /><ref name=":2">{{Citar periódico|ultimo=Bond-Buckup|primeiro=Georgina|ultimo2=Jara|primeiro2=Carlos G.|ultimo3=Pérez-Losada|primeiro3=Marcos|ultimo4=Buckup|primeiro4=Ludwig|ultimo5=Crandall|primeiro5=Keith A.|data=2008-01-01|titulo=Global diversity of crabs (Aeglidae: Anomura: Decapoda) in freshwater|url=https://doi.org/10.1007/s10750-007-9022-4|jornal=Hydrobiologia|lingua=en|volume=595|numero=1|paginas=267–273|doi=10.1007/s10750-007-9022-4|issn=1573-5117}}</ref>. As famílias ''Aeglidae, Chirostylidae, Porcellanidae e Galatheidae'' eram tradicionalmente incluídas na superfamília ''Galatheoidea'' por similaridades morfológicas, porém análises moleculares e filogenéticas, e ultraestrutura de espermatozoides elevaram ''Aeglidae'' a superfamília postulado por McLaughlin et al. (2007)<ref name=":3">{{Citar periódico|ultimo=Jara|primeiro=Carlos G.|ultimo2=Buckup|primeiro2=Ludwig|ultimo3=Bartholomei-Santos|primeiro3=Marlise L.|ultimo4=Gonçalves|primeiro4=Alberto Senra|ultimo5=Bond-Buckup|primeiro5=Georgina|ultimo6=Santos|primeiro6=Sandro|ultimo7=Jara|primeiro7=Carlos G.|ultimo8=Buckup|primeiro8=Ludwig|ultimo9=Bartholomei-Santos|primeiro9=Marlise L.|data=00/2017|titulo=Diversity and conservation status of Aegla spp. (Anomura, Aeglidae): an update|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0104-64972017000100207&lng=en&nrm=iso&tlng=en|jornal=Nauplius|lingua=en|volume=25|doi=10.1590/2358-2936e2017011|issn=0104-6497}}</ref><ref name=":1" />.
A família ''Aeglidae'' apresenta três gêneros: ''Aegla, Protaegla e Haumuriaegla''<ref name=":1">{{Citar periódico|ultimo=Bueno|primeiro=Sérgio Luiz de Siqueira|ultimo2=Shimizu|primeiro2=Roberto Munehisa|ultimo3=Moraes|primeiro3=Juliana Cristina Bertacini|data=2016|editor-sobrenome=Kawai|editor-nome=Tadashi|editor-sobrenome2=Cumberlidge|editor-nome2=Neil|titulo=A Remarkable Anomuran: The Taxon Aegla Leach, 1820. Taxonomic Remarks, Distribution, Biology, Diversity and Conservation|url=https://doi.org/10.1007/978-3-319-42527-6_2|lingua=en|local=Cham|publicado=Springer International Publishing|paginas=23–64|doi=10.1007/978-3-319-42527-6_2|isbn=9783319425276}}</ref>. ''Aegla'' é o único gênero com representantes atuais, enquanto que os gêneros ''Protaegla'' e ''Haumuriaegla'' foram extintos e são observados apenas em fósseis marinhos indicando a possível origem marinha dessa família<ref name=":1" /><ref name=":2">{{Citar periódico|ultimo=Bond-Buckup|primeiro=Georgina|ultimo2=Jara|primeiro2=Carlos G.|ultimo3=Pérez-Losada|primeiro3=Marcos|ultimo4=Buckup|primeiro4=Ludwig|ultimo5=Crandall|primeiro5=Keith A.|data=2008-01-01|titulo=Global diversity of crabs (Aeglidae: Anomura: Decapoda) in freshwater|url=https://doi.org/10.1007/s10750-007-9022-4|jornal=Hydrobiologia|lingua=en|volume=595|numero=1|paginas=267–273|doi=10.1007/s10750-007-9022-4|issn=1573-5117}}</ref>. As famílias ''Aeglidae, Chirostylidae, Porcellanidae e Galatheidae'' eram tradicionalmente incluídas na superfamília ''Galatheoidea'' por similaridades morfológicas, porém análises moleculares e filogenéticas, como também a ultraestrutura de espermatozoides elevaram ''Aeglidae'' a superfamília postulado por McLaughlin et al. (2007)<ref name=":3">{{Citar periódico|ultimo=Jara|primeiro=Carlos G.|ultimo2=Buckup|primeiro2=Ludwig|ultimo3=Bartholomei-Santos|primeiro3=Marlise L.|ultimo4=Gonçalves|primeiro4=Alberto Senra|ultimo5=Bond-Buckup|primeiro5=Georgina|ultimo6=Santos|primeiro6=Sandro|ultimo7=Jara|primeiro7=Carlos G.|ultimo8=Buckup|primeiro8=Ludwig|ultimo9=Bartholomei-Santos|primeiro9=Marlise L.|data=00/2017|titulo=Diversity and conservation status of Aegla spp. (Anomura, Aeglidae): an update|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0104-64972017000100207&lng=en&nrm=iso&tlng=en|jornal=Nauplius|lingua=en|volume=25|doi=10.1590/2358-2936e2017011|issn=0104-6497}}</ref><ref name=":1" />.


Os representantes do gênero ''Aegla'' podem ser encontrados em rios, lagos, riachos e cavernas de água corrente da América do Sul ocorrendo desde a Bacia do Rio Grande do Sul até o Chile<ref name=":2" /><ref name=":4">{{Citar periódico|ultimo=Bond-Buckup|primeiro=Georgina|ultimo2=Castiglioni|primeiro2=Daniela da Silva|ultimo3=Gonçalves|primeiro3=Raoní da Silva|data=2006-3|titulo=Ecologia populacional de Aegla franciscana (Crustacea, Decapoda, Anomura) em São Francisco de Paula, RS, Brasil|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0073-47212006000100019&lng=en&nrm=iso&tlng=pt|jornal=Iheringia. Série Zoologia|lingua=pt|volume=96|numero=1|paginas=109–114|doi=10.1590/S0073-47212006000100019|issn=0073-4721}}</ref><ref name=":1" />. O gênero possui 83 espécies descritas e espera-se que mais espécies sejam descritas futuramente por meio da sistemática molecular, embora aproximadamente 70% das espécies de Aegla estão ameaçadas de extinção <ref name=":3" />. A distribuição de eglídeos ocorre principalmente em seis países da América do Sul - Chile, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Brasil - sendo eles o único gênero de Anomura restrito a regiões neotropicais da América do Sul<ref>{{Citar periódico|ultimo=Bond-Buckup|primeiro=Georgina|ultimo2=Jara|primeiro2=Carlos G.|ultimo3=Pérez-Losada|primeiro3=Marcos|ultimo4=Buckup|primeiro4=Ludwig|ultimo5=Crandall|primeiro5=Keith A.|data=2008-01-01|titulo=Global diversity of crabs (Aeglidae: Anomura: Decapoda) in freshwater|url=https://doi.org/10.1007/s10750-007-9022-4|jornal=Hydrobiologia|lingua=en|volume=595|numero=1|paginas=267–273|doi=10.1007/s10750-007-9022-4|issn=1573-5117}}</ref><ref name=":2" /><ref name=":1" />. Mais da metade do total das espécies estão no Brasil e quarenta e duas delas são endêmicas da região sul e sudeste do país<ref name=":1" />. A alta taxa de endemismo levou muitas populações a extinção devido a perda de habitat, fragmentação de território, destruição e contaminação de rios por pesticidas agrícolas ou até mesmo mudanças climáticas<ref name=":1" /><ref name=":3" />. Esses organismos vivem preferencialmente em águas limpas e com alta concentração de oxigênio fazendo desses animais bons indicadores para qualidade de água.<ref name=":3" /> A formação da Cordilheira do Andes levou a separação das populações de Aegla sendo uma importante barreira geográfica que levou as diferentes populações encontradas atualmente<ref>{{Citar periódico|ultimo=Potter|primeiro=P. E.|data=1997-12-01|titulo=The Mesozoic and Cenozoic paleodrainage of South America: a natural history|url=http://adsabs.harvard.edu/abs/1997JSAES..10..331P|jornal=Journal of South American Earth Sciences|volume=10|paginas=331–344|doi=10.1016/S0895-9811(97)00031-X|issn=0895-9811}}</ref><ref name=":1" />. Da perspectiva ecológica, os eglídeos são únicos, pois fazem parte da única família de Anomura completamente restrita a ambientes aquáticos bem oxigenados<ref name=":1" /><ref name=":2" />. O táxon ''Aegla'' teve origem em ambientes marinhos no início do Terciário da Era Cenozoica, aproximadamente há 60 milhões de anos, enquanto que os representantes dos táxons ''Protaegla'' e ''Haumuriaegla'' não sobreviveram e grande extinção da passagem do período Mesozoico e Cenozoico<ref>{{Citar web|url=https://www.taylorfrancis.com/books/9780429125188#page=23|obra=www.taylorfrancis.com|acessodata=2019-06-19}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Crandall|primeiro=Keith A.|ultimo2=Jara|primeiro2=Carlos G.|ultimo3=Bond-Buckup|primeiro3=Georgina|ultimo4=Pérez-Losada|primeiro4=Marcos|data=2004-10-01|titulo=Molecular Systematics and Biogeography of the Southern South American Freshwater “Crabs” Aegla (Decapoda: Anomura: Aeglidae) Using Multiple Heuristic Tree Search Approaches|url=https://academic.oup.com/sysbio/article/53/5/767/2842905|jornal=Systematic Biology|lingua=en|volume=53|numero=5|paginas=767–780|doi=10.1080/10635150490522331|issn=1063-5157}}</ref><ref name=":1" /> .
Os representantes do gênero ''Aegla'' podem ser encontrados em rios, lagos, riachos e cavernas de água corrente da América do Sul ocorrendo desde a Bacia do Rio Grande do Sul até o Chile<ref name=":2" /><ref name=":4">{{Citar periódico|ultimo=Bond-Buckup|primeiro=Georgina|ultimo2=Castiglioni|primeiro2=Daniela da Silva|ultimo3=Gonçalves|primeiro3=Raoní da Silva|data=2006-3|titulo=Ecologia populacional de Aegla franciscana (Crustacea, Decapoda, Anomura) em São Francisco de Paula, RS, Brasil|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0073-47212006000100019&lng=en&nrm=iso&tlng=pt|jornal=Iheringia. Série Zoologia|lingua=pt|volume=96|numero=1|paginas=109–114|doi=10.1590/S0073-47212006000100019|issn=0073-4721}}</ref><ref name=":1" />. O gênero possui 83 espécies descritas, embora aproximadamente 70% das espécies de Aegla estejam ameaçadas de extinção <ref name=":3" />. A distribuição de eglídeos ocorre principalmente em seis países da América do Sul - Chile, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Brasil - sendo eles o único gênero de Anomura restrito a regiões neotropicais da América do Sul<ref>{{Citar periódico|ultimo=Bond-Buckup|primeiro=Georgina|ultimo2=Jara|primeiro2=Carlos G.|ultimo3=Pérez-Losada|primeiro3=Marcos|ultimo4=Buckup|primeiro4=Ludwig|ultimo5=Crandall|primeiro5=Keith A.|data=2008-01-01|titulo=Global diversity of crabs (Aeglidae: Anomura: Decapoda) in freshwater|url=https://doi.org/10.1007/s10750-007-9022-4|jornal=Hydrobiologia|lingua=en|volume=595|numero=1|paginas=267–273|doi=10.1007/s10750-007-9022-4|issn=1573-5117}}</ref><ref name=":2" /><ref name=":1" />. Mais da metade do total das espécies estão no Brasil e quarenta e duas delas são endêmicas da região sul e sudeste do país<ref name=":1" />. A alta taxa de endemismo levou muitas populações a extinção devido a perda de habitat, fragmentação de território, destruição e contaminação de rios por pesticidas agrícolas ou até mesmo mudanças climáticas<ref name=":1" /><ref name=":3" />. Esses organismos são restritos a águas doce e limpas e com alta concentração de oxigênio fazendo desses animais bons indicadores para qualidade de água.<ref name=":3" /> A formação da Cordilheira do Andes levou a separação das populações de Aegla sendo uma importante barreira geográfica que levou as diferentes populações encontradas atualmente<ref>{{Citar periódico|ultimo=Potter|primeiro=P. E.|data=1997-12-01|titulo=The Mesozoic and Cenozoic paleodrainage of South America: a natural history|url=http://adsabs.harvard.edu/abs/1997JSAES..10..331P|jornal=Journal of South American Earth Sciences|volume=10|paginas=331–344|doi=10.1016/S0895-9811(97)00031-X|issn=0895-9811}}</ref><ref name=":1" />. Da perspectiva ecológica, os eglídeos são únicos, pois fazem parte da única família de Anomura completamente restrita a água doce e bem oxigenada<ref name=":1" /><ref name=":2" />. O táxon ''Aegla'' teve origem em ambientes marinhos no início do Terciário da Era Cenozoica, aproximadamente há 60 milhões de anos, enquanto que os representantes dos táxons ''Protaegla'' e ''Haumuriaegla'' não sobreviveram a grande extinção da passagem do período Mesozoico e Cenozoico<ref>{{Citar web|url=https://www.taylorfrancis.com/books/9780429125188#page=23|obra=www.taylorfrancis.com|acessodata=2019-06-19}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Crandall|primeiro=Keith A.|ultimo2=Jara|primeiro2=Carlos G.|ultimo3=Bond-Buckup|primeiro3=Georgina|ultimo4=Pérez-Losada|primeiro4=Marcos|data=2004-10-01|titulo=Molecular Systematics and Biogeography of the Southern South American Freshwater “Crabs” Aegla (Decapoda: Anomura: Aeglidae) Using Multiple Heuristic Tree Search Approaches|url=https://academic.oup.com/sysbio/article/53/5/767/2842905|jornal=Systematic Biology|lingua=en|volume=53|numero=5|paginas=767–780|doi=10.1080/10635150490522331|issn=1063-5157}}</ref><ref name=":1" /> .


Eglídeos aquáticos são geralmente onívoros se alimentando de detritos animais, algas e larvas aquáticas de invertebrados, assim como são mais ativos durante a noite já que durante o dia são inativos ou procuram proteção sob pedras<ref name=":2" /><ref>{{Citar periódico|ultimo=Bond-Buckup|primeiro=Georgina|ultimo2=Castro-Souza|primeiro2=Thais|data=2004-12|titulo=O nicho trófico de duas espécies simpátricas de Aegla Leach (Crustacea, Aeglidae) no tributário da bacia hidrográfica do Rio Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0101-81752004000400014&lng=en&nrm=iso&tlng=pt|jornal=Revista Brasileira de Zoologia|lingua=pt|volume=21|numero=4|paginas=805–813|doi=10.1590/S0101-81752004000400014|issn=0101-8175}}</ref><ref name=":1" /><ref>{{Citar web|titulo=SciELO Brasil - www.scielo.br|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&pid=S0073-4721201500010007600004&lng=en|obra=www.scielo.br|acessodata=2019-06-19}}</ref>. O tamanho dos eglídeos difere conforme o sexo sendo uma característica comum em decápodes sendo os machos maiores do que as fêmeas<ref name=":4" /><ref name=":1" />. O dimorfismo sexual relacionado ao tamanho desses animais pode ser explicado pela remobilização de energia para a reprodução que ocorre nas fêmeas, enquanto que em machos essa energia é direcionada ao crescimento<ref name=":4" /><ref name=":1" />. As [[Quela (zoologia)|quelas]] de muitos decápodas são isométricas até a puberdade quando ocorre aumento relativo em seu tamanho principalmente em machos, enquanto nas fêmeas as quelas continuam do mesmo tamanhos. Das duas quelas, a maior é utilizada em comportamentos agonísticos e agressivo entre machos, ao passo que as quelas menores são usadas para caça e comportamento sexual. As quelas são os pares de pereópodes mais versáteis para comportamento de defesa e confronto entre machos o que as torna também os pares mais vulneráveis a autotomia<ref>{{Citar periódico|ultimo=Mariappan|primeiro=Pitchaimuthu|ultimo2=Balasundaram|primeiro2=Chellam|ultimo3=Schmitz|primeiro3=Barbara|data=2000-09-01|titulo=Decapod crustacean chelipeds: an overview|url=https://doi.org/10.1007/BF02703939|jornal=Journal of Biosciences|lingua=en|volume=25|numero=3|paginas=301–313|doi=10.1007/BF02703939|issn=0973-7138}}</ref><ref name=":1" />.
Eglídeos aquáticos são geralmente onívoros se alimentando de detritos animais, algas e larvas aquáticas de invertebrados, assim como são mais ativos durante a noite já que durante o dia são geralmente inativos ou procuram proteção sob pedras<ref name=":2" /><ref>{{Citar periódico|ultimo=Bond-Buckup|primeiro=Georgina|ultimo2=Castro-Souza|primeiro2=Thais|data=2004-12|titulo=O nicho trófico de duas espécies simpátricas de Aegla Leach (Crustacea, Aeglidae) no tributário da bacia hidrográfica do Rio Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0101-81752004000400014&lng=en&nrm=iso&tlng=pt|jornal=Revista Brasileira de Zoologia|lingua=pt|volume=21|numero=4|paginas=805–813|doi=10.1590/S0101-81752004000400014|issn=0101-8175}}</ref><ref name=":1" /><ref>{{Citar web|titulo=SciELO Brasil - www.scielo.br|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&pid=S0073-4721201500010007600004&lng=en|obra=www.scielo.br|acessodata=2019-06-19}}</ref>. O tamanho dos eglídeos difere conforme o sexo, uma característica comum em decápodes sendo os machos maiores do que as fêmeas<ref name=":4" /><ref name=":1" />. O dimorfismo sexual relacionado ao tamanho desses animais pode ser explicado pela remobilização de energia para a reprodução que ocorre nas fêmeas, enquanto que em machos essa energia é direcionada ao crescimento<ref name=":4" /><ref name=":1" />. As [[Quela (zoologia)|quelas]] de muitos decápodas são isométricas até a puberdade quando ocorre aumento relativo em seu tamanho principalmente em machos, enquanto nas fêmeas as quelas continuam do mesmo tamanhos. Das duas quelas, a maior é utilizada em comportamentos agonísticos e agressivo entre machos, ao passo que as quelas menores são usadas para caça e comportamento sexual. As quelas são os pares de pereópodes mais versáteis para comportamento de defesa e confronto entre machos o que as torna também os pares mais vulneráveis a autotomia<ref>{{Citar periódico|ultimo=Mariappan|primeiro=Pitchaimuthu|ultimo2=Balasundaram|primeiro2=Chellam|ultimo3=Schmitz|primeiro3=Barbara|data=2000-09-01|titulo=Decapod crustacean chelipeds: an overview|url=https://doi.org/10.1007/BF02703939|jornal=Journal of Biosciences|lingua=en|volume=25|numero=3|paginas=301–313|doi=10.1007/BF02703939|issn=0973-7138}}</ref><ref name=":1" />.


Em ambos os sexos, o desenvolvimento das gônadas ocorre logo após a primeira muda<ref name=":5">{{Citar periódico|ultimo=Viau|primeiro=Verónica E.|ultimo2=Greco|primeiro2=Laura S. López|ultimo3=Bond‐Buckup|primeiro3=Georgina|ultimo4=Rodríguez|primeiro4=Enrique M.|data=2006|titulo=Size at the onset of sexual maturity in the anomuran crab, Aegla uruguayana (Aeglidae)|url=https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1463-6395.2006.00239.x|jornal=Acta Zoologica|lingua=en|volume=87|numero=4|paginas=253–264|doi=10.1111/j.1463-6395.2006.00239.x|issn=1463-6395}}</ref><ref name=":1" />. As características sexuais secundárias são aquelas consideradas diretamente relacionadas a copulação ou incubação de ovos, que no caso de eglídeos machos é o tamanho do primeiro par de pereópodes (ou desenvolvimento de tubo sexual em algumas espécies de Anomura); e em fêmeas, o tamanho do abdômen<ref name=":5" />. É possível observar, próximo ao fim da fase de maturação sexual em fêmeas, duas listras vermelho brilhante através da camada fina translúcida de cutícula que recobre a face ventral do pleon evidenciando a o desenvolvimento do ovário<ref name=":1" />. O início do desenvolvimento do ovário ocorre exclusivamente na região do cefalotórax, entretanto conforme a maturação dos ovários avança, os lobos posteriores das gônadas são gradualmente estendidos no pléon e podem mudar de cor já na fase de vitelogenia<ref name=":6">{{Citar periódico|ultimo=Shimizu|primeiro=Roberto Munehisa|ultimo2=Bueno|primeiro2=Sérgio Luiz de Siqueira|data=2008/11|titulo=Reproductive biology and functional maturity in females of Aegla franca (Decapoda: Anomura: Aeglidae)|url=https://bioone.org/journals/Journal-of-Crustacean-Biology/volume-28/issue-4/07-2974.1/Reproductive-biology-and-functional-maturity-in-females-of-Aegla-franca/10.1651/07-2974.1.full|jornal=Journal of Crustacean Biology|volume=28|numero=4|paginas=652–662|doi=10.1651/07-2974.1|issn=0278-0372}}</ref>. Comparações entre estruturas reprodutivas e tamanho do corpo de eglídeos indicam que significativas mudanças ocorrem nesses animais antes de atingiram a maturidade sexual, sendo observado padrões similares de desenvolvimento em diferentes espécies de ''Aeglea''<ref name=":6" />''.'' Geralmente no mês de Maio as fêmeas apresentam comportamento ovígero que indica o início do período reprodutivo das fêmeas de população de eglídeos. Em diferentes espécies é possível encontrar diferentes períodos determinados pelas estações do ano, com períodos reprodutivos curtos (de 4 a 7 meses) ou de períodos reprodutivos longos (de 8 a 12 meses). ''Aegla franca'' possui um período reprodutivo curto que varia normalmente entre o meio do outono e o fim do inverno, ou início da primavera<ref name=":6" /><ref name=":1" />. Pode-se ainda encontrar espécies com período reprodutivo estendido (de 8 a 12 meses) como na espécie ''Aegla longirostri'', mas seu período de reprodução mais intenso coincide com o mesmo padrão sazonal encontrado em ''Aegla franca'', que também é o mais comum entre as espécies de eglideos<ref name=":6" /><ref name=":1" />. Os machos de ''Aegla franca'' podem apresentar o primeiro par de [[Quela (zoologia)|quelas]] mais robustos e maiores do que outros sendo esta característica utilizada para diferenciar dois morfotipos na espécie (morfotipo 1 e 2). Outras espécies ''Aegla castro, A. perobae, A. strinatii'' e ''A. paulensis'' possuem machos dos dois morfotipos e períodos reprodutivos sazonais bem marcados, entretanto não se sabe se os morfotipos ocorrem em espécies de período reprodutivo longo<ref name=":1" />. Ambos morfotipos coexistem na mesma população, mas a hipótese mais aceita é que apenas os indivíduos com quelas mais robustas (morfotipo 2) são os machos sexualmente ativos, já que esse tipo de morfotipo cresce dramaticamente na população e torna-se dominante no mesmo período em que as fêmeas estão sexualmente maduras. É considerado que os morfotipos são fases sequenciais de desenvolvimento indicando machos sexualmente maduros na população, já que quelas maiores e robustas seriam vantajosas em interações agressivas entre machos no período de cópula, e ainda seriam uma característica para seleção sexual envolvendo apenas os machos sexualmente maduros, isto é, machos do morfotipo 2 <ref name=":1" /><ref>{{Citar periódico|ultimo=Bueno|primeiro=Sérgio Luiz de Siqueira|ultimo2=Shimizu|primeiro2=Roberto Munehisa|ultimo3=Fransozo|primeiro3=Adilson|ultimo4=Cohen|primeiro4=Felipe Pereira de Almeida|ultimo5=Takano|primeiro5=Bruno Fernandes|ultimo6=Bueno|primeiro6=Sérgio Luiz de Siqueira|ultimo7=Shimizu|primeiro7=Roberto Munehisa|ultimo8=Fransozo|primeiro8=Adilson|ultimo9=Cohen|primeiro9=Felipe Pereira de Almeida|data=00/2016|titulo=Allometric growth, sexual maturity and reproductive cycle of Aegla castro (Decapoda: Anomura: Aeglidae) from Itatinga, state of São Paulo, southeastern Brazil|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0104-64972016000100207&lng=en&nrm=iso&tlng=en|jornal=Nauplius|lingua=en|volume=24|doi=10.1590/2358-2936e2016010|issn=0104-6497}}</ref>.<br />
<br />
==Referências==
==Referências==
{{reflist|32em}}
{{reflist|32em}}

Revisão das 22h49min de 20 de junho de 2019

Como ler uma infocaixa de taxonomiaAnomura
Ocorrência: Norian–Recent
Erro de expressão: Operador < inesperadoErro de expressão: Operador < inesperado
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Crustacea
Classe: Malacostraca
Ordem: Decapoda
Subordem: Pleocyemata
Infraordem: Anomura
Macleay, 1838
Superfamílias

Anomura (por vezes Anomala) é um agrupamento taxonómico com a categoria de infraordem que inclui um conjunto de superfamílias de crustáceo decápodes, incluindo os caranguejos-eremitas e outros. Os caranguejos verdadeiros são classificados apenas no grupo-irmão de Anomura, os Brachyura, entretanto alguns representantes da infraordem Anomura são por vezes confundidos por esse nome, como os representantes da superfamília Galatheoidea; contudo há representantes que nada se assemelham a caranguejos, como os representantes da superfamília Hippoidea, ou assemelham-se de forma intermediária, como os Pargurus[1]. Anomura e Brachyura formam em conjunto o clado Meiura[2].

Descrição

O nome Anomura deriva de uma antiga classificação na qual os decápodes reptantes eram divididos em Macrura (com caudas longas), Brachyura (com caudas curtas) e Anomura (com outros tipos de cauda). O nome alternativo Anomala reflete a variedade pouco usual de formas que estão incluídas no agrupamento. Apesar de todos os caranguejos partilharem óbvias semelhanças morfológicas, os vários grupos de Anomura são notavelmente dissimilares.[3]

O grupo foi moldado por diversas etapas de carcinização – o desenvolvimento da morfologia corporal típica dos caranguejos.[4] Em consequência, os Lithodidae (caranguejos-reais), Porcellanidae (caranguejos-de-porcelana) e os Lomisidae são todos resultado de diferentes etapas de carcinização.[4]

Como os restantes decápodes (literalmente dez-pernas), os Anomura apresentam dez pereiópodes, mas o último par está reduzido em tamanho e está frequentemente localizado no interior da câmara branquial (debaixo da carapaça) para ser usado na limpeza das brânquias.[3][5] Como esta disposição dos apêndices corporais é muito rara entre os verdadeiros caranguejos (mas existe, como por exemplo na pequena família Hexapodidae),[6] um "caranguejo" com apenas oito pereiópodes visíveis é geralmente um membro dos Anomura.[3] O abdome geralmente reduzido, pode estar ou não flexionado sob o cefalotórax[1].

Com base nos dados morfológicos e de filogenia molecular há aceitação generalizada que os Anomura e os Brachyura (verdadeiros caranguejos) são grupos irmãos, formando conjuntamente o clado Meiura.[4]

O grupo é principalmente representado pelos ermitões, que são decápodes que fazem de abrigo conchas vazias de Gastrópodes[1].

Classificação

A infraordem Anomura está dividida em nove superfamílias:[7][8][9]

SUPERFAMÍLIA Membros Famílias .
Aegloidea Aegla Aeglidae

Haumuriaegla

Protaegla

Chirostyloidea Chirostylidae
Eumunididae
Kiwaidae

Eumunida picta
Galatheoidea caranguejos-porcelana Chirostylidae

Galatheidae
Porcellanidae
Retrorsichelidae


Munidopsis serricornis
(Munidopsidae)
Hippoidea caranguejos-da-areia Albuneidae
Blepharipodidae
Hippidae

Blepharipoda occidentalis
(Blepharipodidae)
Lithodoidea caranguejos-reais Hapalogastridae
Lithodidae

Lithodes santolla
(Lithodidae)
Lomisoidea Lomisidae
Lomis hirta.
Paguroidea caranguejos-eremita Coenobitidae
Diogenidae
Paguridae
Parapaguridae
Parapylochelidae
Pylochelidae
Pylojacquesidae

Coenobita clypeatus
(Coenobitidae)

O mais antigo fóssil atribuído ao grupo Anomura pertence ao género Platykotta, do NorianoRético dos Emirados Árabes Unidos.[8]

Aeglidae

A família Aeglidae apresenta três gêneros: Aegla, Protaegla e Haumuriaegla[10]. Aegla é o único gênero com representantes atuais, enquanto que os gêneros Protaegla e Haumuriaegla foram extintos e são observados apenas em fósseis marinhos indicando a possível origem marinha dessa família[10][11]. As famílias Aeglidae, Chirostylidae, Porcellanidae e Galatheidae eram tradicionalmente incluídas na superfamília Galatheoidea por similaridades morfológicas, porém análises moleculares e filogenéticas, como também a ultraestrutura de espermatozoides elevaram Aeglidae a superfamília postulado por McLaughlin et al. (2007)[12][10].

Os representantes do gênero Aegla podem ser encontrados em rios, lagos, riachos e cavernas de água corrente da América do Sul ocorrendo desde a Bacia do Rio Grande do Sul até o Chile[11][13][10]. O gênero possui 83 espécies descritas, embora aproximadamente 70% das espécies de Aegla estejam ameaçadas de extinção [12]. A distribuição de eglídeos ocorre principalmente em seis países da América do Sul - Chile, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Brasil - sendo eles o único gênero de Anomura restrito a regiões neotropicais da América do Sul[14][11][10]. Mais da metade do total das espécies estão no Brasil e quarenta e duas delas são endêmicas da região sul e sudeste do país[10]. A alta taxa de endemismo levou muitas populações a extinção devido a perda de habitat, fragmentação de território, destruição e contaminação de rios por pesticidas agrícolas ou até mesmo mudanças climáticas[10][12]. Esses organismos são restritos a águas doce e limpas e com alta concentração de oxigênio fazendo desses animais bons indicadores para qualidade de água.[12] A formação da Cordilheira do Andes levou a separação das populações de Aegla sendo uma importante barreira geográfica que levou as diferentes populações encontradas atualmente[15][10]. Da perspectiva ecológica, os eglídeos são únicos, pois fazem parte da única família de Anomura completamente restrita a água doce e bem oxigenada[10][11]. O táxon Aegla teve origem em ambientes marinhos no início do Terciário da Era Cenozoica, aproximadamente há 60 milhões de anos, enquanto que os representantes dos táxons Protaegla e Haumuriaegla não sobreviveram a grande extinção da passagem do período Mesozoico e Cenozoico[16] [17][10] .

Eglídeos aquáticos são geralmente onívoros se alimentando de detritos animais, algas e larvas aquáticas de invertebrados, assim como são mais ativos durante a noite já que durante o dia são geralmente inativos ou procuram proteção sob pedras[11][18][10][19]. O tamanho dos eglídeos difere conforme o sexo, uma característica comum em decápodes sendo os machos maiores do que as fêmeas[13][10]. O dimorfismo sexual relacionado ao tamanho desses animais pode ser explicado pela remobilização de energia para a reprodução que ocorre nas fêmeas, enquanto que em machos essa energia é direcionada ao crescimento[13][10]. As quelas de muitos decápodas são isométricas até a puberdade quando ocorre aumento relativo em seu tamanho principalmente em machos, enquanto nas fêmeas as quelas continuam do mesmo tamanhos. Das duas quelas, a maior é utilizada em comportamentos agonísticos e agressivo entre machos, ao passo que as quelas menores são usadas para caça e comportamento sexual. As quelas são os pares de pereópodes mais versáteis para comportamento de defesa e confronto entre machos o que as torna também os pares mais vulneráveis a autotomia[20][10].

Em ambos os sexos, o desenvolvimento das gônadas ocorre logo após a primeira muda[21][10]. As características sexuais secundárias são aquelas consideradas diretamente relacionadas a copulação ou incubação de ovos, que no caso de eglídeos machos é o tamanho do primeiro par de pereópodes (ou desenvolvimento de tubo sexual em algumas espécies de Anomura); e em fêmeas, o tamanho do abdômen[21]. É possível observar, próximo ao fim da fase de maturação sexual em fêmeas, duas listras vermelho brilhante através da camada fina translúcida de cutícula que recobre a face ventral do pleon evidenciando a o desenvolvimento do ovário[10]. O início do desenvolvimento do ovário ocorre exclusivamente na região do cefalotórax, entretanto conforme a maturação dos ovários avança, os lobos posteriores das gônadas são gradualmente estendidos no pléon e podem mudar de cor já na fase de vitelogenia[22]. Comparações entre estruturas reprodutivas e tamanho do corpo de eglídeos indicam que significativas mudanças ocorrem nesses animais antes de atingiram a maturidade sexual, sendo observado padrões similares de desenvolvimento em diferentes espécies de Aeglea[22]. Geralmente no mês de Maio as fêmeas apresentam comportamento ovígero que indica o início do período reprodutivo das fêmeas de população de eglídeos. Em diferentes espécies é possível encontrar diferentes períodos determinados pelas estações do ano, com períodos reprodutivos curtos (de 4 a 7 meses) ou de períodos reprodutivos longos (de 8 a 12 meses). Aegla franca possui um período reprodutivo curto que varia normalmente entre o meio do outono e o fim do inverno, ou início da primavera[22][10]. Pode-se ainda encontrar espécies com período reprodutivo estendido (de 8 a 12 meses) como na espécie Aegla longirostri, mas seu período de reprodução mais intenso coincide com o mesmo padrão sazonal encontrado em Aegla franca, que também é o mais comum entre as espécies de eglideos[22][10]. Os machos de Aegla franca podem apresentar o primeiro par de quelas mais robustos e maiores do que outros sendo esta característica utilizada para diferenciar dois morfotipos na espécie (morfotipo 1 e 2). Outras espécies Aegla castro, A. perobae, A. strinatii e A. paulensis possuem machos dos dois morfotipos e períodos reprodutivos sazonais bem marcados, entretanto não se sabe se os morfotipos ocorrem em espécies de período reprodutivo longo[10]. Ambos morfotipos coexistem na mesma população, mas a hipótese mais aceita é que apenas os indivíduos com quelas mais robustas (morfotipo 2) são os machos sexualmente ativos, já que esse tipo de morfotipo cresce dramaticamente na população e torna-se dominante no mesmo período em que as fêmeas estão sexualmente maduras. É considerado que os morfotipos são fases sequenciais de desenvolvimento indicando machos sexualmente maduros na população, já que quelas maiores e robustas seriam vantajosas em interações agressivas entre machos no período de cópula, e ainda seriam uma característica para seleção sexual envolvendo apenas os machos sexualmente maduros, isto é, machos do morfotipo 2 [10][23].

Referências

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  6. Carrie E. Schweitzer & Rodney M. Feldmann (2001). «Differentiation of the fossil Hexapodidae Miers, 1886 (Decapoda: Brachyura) from similar forms» (PDF). Journal of Paleontology. 75 (2): 330–345. doi:10.1666/0022-3360(2001)075<0330:DOTFHM>2.0.CO;2 
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