Prionosuchus: diferenças entre revisões

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O '''prionossuco''' (''Prionosuchus plummeri'') foi o maior [[anfíbio]] que já existiu. Ele pertence à ordem extinta dos [[temnospondyli]]. Viveu durante o Período [[Permiano]] (há cerca de 270 milhões de anos) no local onde hoje fica o nordeste do [[Brasil]]. Os fósseis desse organismo foram descobertos na Formação Pedra do Fogo, na Bacia do Parnaíba, em 1948.<ref>L.I. Price, 1948, Um anfíbio Labirinthodonte da Formação Pedra de Fogo, Estado do Maranhão: Ministerio da Agricultura, Departamento Nacional da Produção Mineral Divisão de Geologia e Mineralogia, Boletim n. 124, p. 7-32.</ref>
O '''prionossuco''' (''Prionosuchus plummeri'') foi o maior [[anfíbio]] que já existiu. Ele pertence à ordem extinta dos [[temnospondyli]]. Viveu durante o Período [[Permiano]] (há cerca de 270 milhões de anos) no local onde hoje fica o nordeste do [[Brasil]]. Os fósseis desse organismo foram descobertos na Formação Pedra do Fogo, na Bacia do Parnaíba, em 1948, tendo sido encontrados no [[Piauí]] e no [[Maranhão]].<ref>L.I. Price, 1948, Um anfíbio Labirinthodonte da Formação Pedra de Fogo, Estado do Maranhão: Ministerio da Agricultura, Departamento Nacional da Produção Mineral Divisão de Geologia e Mineralogia, Boletim n. 124, p. 7-32.</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=New Permian fauna from tropical Gondwana |ultimo2=Marsicano |primeiro8=Rudyard W. |ultimo7=Kammerer |primeiro7=Christian F. |ultimo6=Fröbisch |primeiro6=Jörg |ultimo5=Richter |primeiro5=Martha |ultimo4=Smith |primeiro4=Roger M. H. |ultimo3=Angielczyk |primeiro3=Kenneth D. |primeiro2=Claudia |url=http://www.nature.com/articles/ncomms9676 |ultimo=Cisneros |primeiro=Juan C. |lingua=en |doi=10.1038/ncomms9676 |acessodata=2020-09-08 |numero=1 |pmid=26537112 |pmc=PMC4659833 |paginas=8676 |issn=2041-1723 |data=2015-12 |jornal=Nature Communications |ultimo8=Sadleir}}</ref>
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O prionossuco podia chegar a medir cerca de nove metros de comprimento, com base em estimativas de um dos maiores espécimes encontrados (BMNH R12005) <ref>Cox, C.B., and Hutchinson, P. (1991). "Fishes and amphibians from the Late Permian Pedra de Fogo Formation of Northern Brazil" Palaeontology, 34(3): 561-573.</ref>. Era um animal com o hábito de vida aquático e sua aparência lembrava muito a de um [[gavial]] (Crocodylia), com o focinho alongado, cheio de dentes pontiagudos, patas curtas e uma cauda achatada lateralmente. Sua dieta era carnívora, provavelmente baseada em peixes e outros vertebrados aquáticos.
O prionossuco podia chegar a medir mais de quatro metros de comprimento, com base em estimativas de um dos maiores espécimes encontrados (BMNH R12005) <ref>Cox, C.B., and Hutchinson, P. (1991). "Fishes and amphibians from the Late Permian Pedra de Fogo Formation of Northern Brazil" Palaeontology, 34(3): 561-573.</ref>. Era um animal com o hábito de vida aquático e sua aparência lembrava muito a de um [[gavial]] (Crocodylia), com o focinho alongado, cheio de dentes pontiagudos, patas curtas e uma cauda achatada lateralmente. Sua dieta era carnívora, provavelmente baseada em peixes e outros vertebrados aquáticos.


A geologia da Formação Pedra de Fogo indica que o local habitado pelo prionossuco era um ambiente tropical úmido, provavelmente uma laguna com forte influência de antigos rios da região. <ref>Caldas EB, Mussa D, Lima Filho FP & Roesler O., 1989, Nota sobre a ocorrência de uma floresta petrificada de idade permiana em Teresina, Piauí. Bol IG-USP, Publ Esp 7: 69-87.</ref> <ref> Schobbenhaus, C., Campos, D. A., Derze, G. R., and Asmus, H. E., 1984, Geologia do Brasil: Brasília, D.N.P.M., Brasília, 501 pp. </ref>
A geologia da Formação Pedra de Fogo indica que o local habitado pelo prionossuco era um ambiente tropical úmido, provavelmente uma laguna com forte influência de antigos rios da região. <ref>Caldas EB, Mussa D, Lima Filho FP & Roesler O., 1989, Nota sobre a ocorrência de uma floresta petrificada de idade permiana em Teresina, Piauí. Bol IG-USP, Publ Esp 7: 69-87.</ref> <ref> Schobbenhaus, C., Campos, D. A., Derze, G. R., and Asmus, H. E., 1984, Geologia do Brasil: Brasília, D.N.P.M., Brasília, 501 pp. </ref>
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[[Categoria:Espécies fósseis descritas em 1948]]
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Revisão das 20h52min de 8 de setembro de 2020

Como ler uma infocaixa de taxonomiaPrionossuco
Ocorrência: Permiano superior

Estado de conservação
Extinta (fóssil)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Amphibia
Ordem: Temnospondyli
Família: Archegosauridae
Gênero: Prionosuchus
Espécie: P. plummeri
Nome binomial
Prionosuchus plummeri

O prionossuco (Prionosuchus plummeri) foi o maior anfíbio que já existiu. Ele pertence à ordem extinta dos temnospondyli. Viveu durante o Período Permiano (há cerca de 270 milhões de anos) no local onde hoje fica o nordeste do Brasil. Os fósseis desse organismo foram descobertos na Formação Pedra do Fogo, na Bacia do Parnaíba, em 1948, tendo sido encontrados no Piauí e no Maranhão.[1][2]

Prionosuchus plummeri em relação ao homem. Em verde, tamanho estimado do holótipo, e, em cinza, estimativa do maior espécime encontrado, BMNH R12005.

O prionossuco podia chegar a medir mais de quatro metros de comprimento, com base em estimativas de um dos maiores espécimes encontrados (BMNH R12005) [3]. Era um animal com o hábito de vida aquático e sua aparência lembrava muito a de um gavial (Crocodylia), com o focinho alongado, cheio de dentes pontiagudos, patas curtas e uma cauda achatada lateralmente. Sua dieta era carnívora, provavelmente baseada em peixes e outros vertebrados aquáticos.

A geologia da Formação Pedra de Fogo indica que o local habitado pelo prionossuco era um ambiente tropical úmido, provavelmente uma laguna com forte influência de antigos rios da região. [4] [5]

Referências

  1. L.I. Price, 1948, Um anfíbio Labirinthodonte da Formação Pedra de Fogo, Estado do Maranhão: Ministerio da Agricultura, Departamento Nacional da Produção Mineral Divisão de Geologia e Mineralogia, Boletim n. 124, p. 7-32.
  2. Cisneros, Juan C.; Marsicano, Claudia; Angielczyk, Kenneth D.; Smith, Roger M. H.; Richter, Martha; Fröbisch, Jörg; Kammerer, Christian F.; Sadleir, Rudyard W. (dezembro de 2015). «New Permian fauna from tropical Gondwana». Nature Communications (em inglês) (1). 8676 páginas. ISSN 2041-1723. PMC PMC4659833Acessível livremente Verifique |pmc= (ajuda). PMID 26537112. doi:10.1038/ncomms9676. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  3. Cox, C.B., and Hutchinson, P. (1991). "Fishes and amphibians from the Late Permian Pedra de Fogo Formation of Northern Brazil" Palaeontology, 34(3): 561-573.
  4. Caldas EB, Mussa D, Lima Filho FP & Roesler O., 1989, Nota sobre a ocorrência de uma floresta petrificada de idade permiana em Teresina, Piauí. Bol IG-USP, Publ Esp 7: 69-87.
  5. Schobbenhaus, C., Campos, D. A., Derze, G. R., and Asmus, H. E., 1984, Geologia do Brasil: Brasília, D.N.P.M., Brasília, 501 pp.
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