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Revisão das 01h05min de 21 de março de 2021

Impulsividade é um construto multifatorial^[1] que envolve uma tendência a agir sobre um capricho, exibindo comportamento caracterizado por pouca ou nenhuma premeditação, reflexão ou consideração das conseqüências.^[2] Ações impulsivas são tipicamente "mal concebidas, prematuramente expressas, indevidamente arriscadas ou inadequadas à situação que muitas vezes resultam em conseqüências indesejáveis",^[3] que põem em perigo o longo prazo e as estratégias para o sucesso.^[4] Uma variedade funcional de impulsividade também já foi sugerida, o que envolve a ação sem muita premeditação em situações apropriadas que podem e resultam em conseqüências desejáveis. "Quando tais ações têm resultados positivos, elas tendem a não ser vistas como sinais de impulsividade, mas como indicadores de ousadia, rapidez, espontaneidade, coragem ou não-convencionalidade".^[3]^[5] Assim, a construção da impulsividade inclui pelo menos dois componentes independentes: primeiro, agir sem uma quantidade adequada de deliberação,^[3] que podem ou não ser funcionais; e em segundo lugar, a escolha de ganhos de curto prazo sobre os de longo prazo.^[6]

A impulsividade é tanto uma faceta da personalidade como um componente importante de várias doenças, incluindo o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH),^[7] distúrbios de uso de substâncias,^[8]^[9] Transtorno bipolar,^[10] Transtorno de personalidade antissocial,^[11] e Transtorno de personalidade limítrofe.^[10] Impulsividade também pode ser um fator na procrastinação.^[12] Padrões anormais de impulsividade também foram observads casos de dano cerebral^[13] e Neurodegeneração.^[14] Os achados neurobiológicos sugerem que existem regiões cerebrais específicas envolvidas no comportamento impulsivo,^[15]^[16]^[17] embora diferentes redes cerebrais possam contribuir para diferentes manifestações de impulsividade.^[18]

Muitas ações contêm características impulsivas e compulsivas, mas a impulsividade e a compulsividade são funcionalmente distintas. A impulsividade e compulsividade estão inter-relacionadas de modo que cada uma exibe uma tendência a agir prematuramente ou sem pensamento anterior e muitas vezes incluem resultados negativos.^[19]^[20] A compulsividade pode estar em um continuum com a compulsividade em um extremo e a impulsividade em outro, mas a pesquisa tem sido contraditória sobre este ponto.^[21] A compulsividade ocorre em resposta a um risco ou ameaça percebida, a impulsividade ocorre em resposta a um ganho ou benefício imediato percebido,^[19] e, enquanto a compulsividade envolve ações repetitivas, a impulsividade envolve reações não planejadas. Também pode ser uma distinção entre gatilhos internos e externos em que a compulsão é induzida por pressuposições externas e a impulsão é induzida pela percepção interna, enquanto o resultado de qualquer ação pode ser positivo ou negativo.

Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é composto por múltiplos sintomas como desatenção, impulsividade e hiperatividade. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-4)^[22] divide o TDAH em três subtipos de acordo com os sintomas comportamentais:

Predominantemente desatento
predominantemente hiperativo-impulsivo
Subtipo combinado de déficit de atenção e hiperatividade

Apesar de haver uma tendência crescente nos diagnósticos do subtipo predominantemente desatento, a impulsividade geralmente é considerada a característica central do TDAH, e os subtipos impulsivo e combinado são os que mais incidem nos custos sociais associados ao TDAH.^[23]^[24] Nos Estados Unidos, o custo do tratamento para uma criança com TDAH é de aproximadamente 14 mil dólares por ano (em valores de 2005).^[25] Ainda, a prevalência do TDAH entre as pessoas encarceradas é significativamente maior em comparação ao restante da população.^[26]

Referências

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[8] Lane, Scott D.; Cherek, Don R.; Rhoades, Howard M.; Pietras, Cynthia J.; Tcheremissine, Oleg V. (2003). «Relationships Among Laboratory and Psychometric Measures of Impulsivity: Implications in Substance Abuse and Dependence». Addictive Disorders & Their Treatment. 2 (2): 33–40. doi:10.1097/00132576-200302020-00001

[9] Madden, G.J.; Petry, N.M.; Badger,, G.J.; Bickel, W. K. (1997). «Impulsive and self-control choices in opioid-dependent patients and non-drug-using control patients: Drug and monetary rewards». Experimental and Clinical Psychopharmacology. 5 (3): 256–62. PMID 9260073. doi:10.1037/1064-1297.5.3.256

[Henry-10] Henry, Chantal; Mitropoulou, Vivian; New, Antonia S; Koenigsberg, Harold W; Silverman, Jeremy; Siever, Larry J (2001). «Affective instability and impulsivity in borderline personality and bipolar II disorders: Similarities and differences». Journal of Psychiatric Research. 35 (6): 307–12. PMID 11684137. doi:10.1016/S0022-3956(01)00038-3

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[13] Dixon, Mark R.; Jacobs, Eric A.; Sanders, Scott; Guercio, John M.; Soldner, James; Parker-Singler, Susan; Robinson, Ashton; Small, Stacey; Dillen, Jeffrey E. (2005). «Impulsivity, self-control, and delay discounting in persons with acquired brain injury». Behavioral Interventions. 20 (1): 101–20. doi:10.1002/bin.173

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[18] Whelan, Robert; Conrod, Patricia J; Poline, Jean-Baptiste; Lourdusamy, Anbarasu; Banaschewski, Tobias; Barker, Gareth J; Bellgrove, Mark A; Büchel, Christian; et al. (2012). «Adolescent impulsivity phenotypes characterized by distinct brain networks». Nature Neuroscience. 15 (6): 920–5. PMID 22544311. doi:10.1038/nn.3092

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[Froehlich-23] Froehlich, Tanya E.; Lanphear, BP; Epstein, JN; Barbaresi, WJ; Katusic, SK; Kahn, RS (2007). «Prevalence, Recognition, and Treatment of Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder in a National Sample of US Children». Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine. 161: 857–64. PMID 17768285. doi:10.1001/archpedi.161.9.857

[Solanto-24] Solanto, Mary V.; Abikoff, Howard; Sonuga-Barke, Edmund; Schachar, Russell; Logan, Gordon D.; Wigal, Tim; Hechtman, Lily; Hinshaw, Stephen; Turkel, Elihu (2001). «The ecological validity of delay aversion and response inhibition as measures of impulsivity in AD/HD: A supplement to the NIMH multimodal treatment study of AD/HD». Journal of Abnormal Child Psychology. 29: 215–28. PMID 11411784. doi:10.1023/A:1010329714819

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 '''Impulsividade''' é um [[construto]] multifatorial<ref>{{citar periódico|doi=10.1007/PL00005481 |título=Varieties of impulsivity |ano=1999 |último1 =Evenden |primeiro1 =J. L. |periódico=Psychopharmacology |volume=146 |número=4 |páginas=348–61 |pmid=10550486}}</ref> que envolve uma tendência a agir sobre um capricho, exibindo comportamento caracterizado por pouca ou nenhuma premeditação, reflexão ou consideração das conseqüências.<ref>{{citar livro|último =VandenBos |primeiro =G. R. |ano=2007 |título=APA dictionary of psychology |local=Washington, DC |publicado=APA}}{{page needed|date=June 2013}}</ref> Ações impulsivas são tipicamente "mal concebidas, prematuramente expressas, indevidamente arriscadas ou inadequadas à situação que muitas vezes resultam em conseqüências indesejáveis",<ref name = "Daruna">{{citar livro|último1 =Daruna |primeiro1 =J. H. |último2 =Barnes |primeiro2 =P. A. |ano=1993 |capítulo=A neurodevelopmental view of impulsivity |páginas=23–37 |doi=10.1037/10500-002 |editor-nome1 =William George |editor-sobrenome1 =McCown |editor-nome2 =Judith L. |editor-sobrenome2 =Johnson |editor-nome3 =Myrna B. |editor-sobrenome3 =Shure |título=The Impulsive Client: Theory, Research, and Treatment |local=Washington, DC |publicado=American Psychological Association |isbn=978-1-55798-208-7}}</ref> que põem em perigo o longo prazo e as estratégias para o sucesso.<ref name = "M&G10">{{citar livro|último1 =Madden |primeiro1 =Gregory J. |último2 =Johnson |primeiro2 =Patrick S. |ano=2010 |capítulo=A Delay-Discounting Primer |editor-nome1 =Gregory Jude |editor-sobrenome1 =Madden |editor-nome2 =Warren K. |editor-sobrenome2 =Bickel |título=Impulsivity: The Behavioral and Neurological Science of Discounting |páginas=11–37 |local=Washington, DC |publicado=American Psychological Association |isbn=978-1-4338-0477-9}}</ref> Uma variedade funcional de impulsividade também já foi sugerida, o que envolve a ação sem muita premeditação em situações apropriadas que podem e resultam em conseqüências desejáveis. "Quando tais ações têm resultados positivos, elas tendem a não ser vistas como sinais de impulsividade, mas como indicadores de ousadia, rapidez, espontaneidade, coragem ou não-convencionalidade".<ref name="Daruna" /><ref>{{citar periódico|doi=10.1037/0022-3514.58.1.95 |título=Functional and dysfunctional impulsivity: Personality and cognitive correlates |ano=1990 |último1 =Dickman |primeiro1 =Scott J. |periódico=Journal of Personality and Social Psychology |volume=58 |páginas=95–102 |pmid=2308076 |número=1}}</ref> Assim, a construção da impulsividade inclui pelo menos dois componentes independentes: primeiro, agir sem uma quantidade adequada de deliberação,<ref name="Daruna"/> que podem ou não ser funcionais; e em segundo lugar, a escolha de ganhos de curto prazo sobre os de longo prazo.<ref>{{citar livro|último1 =Rachlin |primeiro1 =Howard |ano=2000 |capítulo=Self-Control as an Abstraction of Environmental Feedback |capítulourl=https://books.google.com/books?id=KWp-EJaEAUIC&pg=PA183 |página=183 |título=The Science of Self-Control |local=Cambridge, MA |publicado=Harvard University Press |isbn=978-0-674-00093-3}}</ref>
-A impulsividade é tanto uma faceta da personalidade como um componente importante de várias doenças, incluindo o [[ADHD]],<ref>{{citar periódico|doi=10.1037/0033-2909.127.5.571 |título=Is ADHD a disinhibitory disorder? |ano=2001 |último1 =Nigg |primeiro1 =Joel T. |periódico=Psychological Bulletin |volume=127 |número=5 |páginas=571–98 |pmid=11548968}}</ref> [[Abuso de substância|distúrbios de uso de substâncias]],<ref>{{citar periódico|doi=10.1097/00132576-200302020-00001 |título=Relationships Among Laboratory and Psychometric Measures of Impulsivity: Implications in Substance Abuse and Dependence |ano=2003 |último1 =Lane |primeiro1 =Scott D. |último2 =Cherek |primeiro2 =Don R. |último3 =Rhoades |primeiro3 =Howard M. |último4 =Pietras |primeiro4 =Cynthia J. |último5 =Tcheremissine |primeiro5 =Oleg V. |periódico=Addictive Disorders & Their Treatment |volume=2 |número=2 |páginas=33–40}}</ref><ref>{{citar periódico|doi=10.1037/1064-1297.5.3.256 |título=Impulsive and self-control choices in opioid-dependent patients and non-drug-using control patients: Drug and monetary rewards |ano=1997 |último1 =Madden |primeiro1 =G.J. |último2 =Petry |primeiro2 =N.M. |último3 =Badger, |primeiro3 =G.J. |último4 =Bickel |primeiro4 = W. K. |periódico=Experimental and Clinical Psychopharmacology |volume=5 |número=3 |páginas=256–62 |pmid=9260073}}</ref> [[Transtorno bipolar]],<ref name="Henry">{{citar periódico|doi=10.1016/S0022-3956(01)00038-3 |título=Affective instability and impulsivity in borderline personality and bipolar II disorders: Similarities and differences |ano=2001 |último1 =Henry |primeiro1 =Chantal |último2 =Mitropoulou |primeiro2 =Vivian |último3 =New |primeiro3 =Antonia S |último4 =Koenigsberg |primeiro4 =Harold W |último5 =Silverman |primeiro5 =Jeremy |último6 =Siever |primeiro6 =Larry J |periódico=Journal of Psychiatric Research |volume=35 |número=6 |páginas=307–12 |pmid=11684137}}</ref> [[Transtorno de personalidade antissocial]],<ref name="Horn">{{citar periódico|doi=10.1016/S0028-3932(03)00077-0 |título=Response inhibition and impulsivity: An fMRI study |ano=2003 |último1 =Horn |primeiro1 =N.R. |último2 =Dolan |primeiro2 =M. |último3 =Elliott |primeiro3 =R. |último4 =Deakin |primeiro4 =J.F.W. |último5 =Woodruff |primeiro5 =P.W.R. |periódico=Neuropsychologia |volume=41 |número=14 |páginas=1959–66 |pmid=14572528}}</ref> e [[Transtorno de personalidade limítrofe]].<ref name="Henry"/> Impulsividade também pode ser um fator na [[procrastinação]].<ref name=Steel2010>{{citar livro|último =Steel |primeiro =Piers |título=The Procrastination Equation: How to Stop Putting Things Off and Start Getting Stuff Done |ano=2010 |publicado=HarperCollins |local=New York |isbn=978-0-06-170361-4}}{{Page needed|date=January 2012}}</ref> Padrões anormais de impulsividade também foram observados casos de [[dano cerebral]]<ref>{{citar periódico|doi=10.1002/bin.173 |título=Impulsivity, self-control, and delay discounting in persons with acquired brain injury |ano=2005 |último1 =Dixon |primeiro1 =Mark R. |último2 =Jacobs |primeiro2 =Eric A. |último3 =Sanders |primeiro3 =Scott |último4 =Guercio |primeiro4 =John M. |último5 =Soldner |primeiro5 =James |último6 =Parker-Singler |primeiro6 =Susan |último7 =Robinson |primeiro7 =Ashton |último8 =Small |primeiro8 =Stacey |último9 =Dillen |primeiro9 =Jeffrey E. |periódico=Behavioral Interventions |volume=20 |número=1 |páginas=101–20  }}</ref> e [[Neurodegeneração]].<ref>{{citar periódico|doi=10.1038/nrneurol.2010.148 |título=Decision-making cognition in neurodegenerative diseases |ano=2010 |último1 =Gleichgerrcht |primeiro1 =Ezequiel |último2 =Ibáñez |primeiro2 =Agustín |último3 =Roca |primeiro3 =María |último4 =Torralva |primeiro4 =Teresa |último5 =Manes |primeiro5 =Facundo |periódico=Nature Reviews Neurology |volume=6 |número=11 |páginas=611–23 |pmid=21045795}}</ref> Os achados neurobiológicos sugerem que existem regiões cerebrais específicas envolvidas no comportamento impulsivo,<ref>{{citar livro|último1 =Corsini |primeiro1 =Raymond Joseph |ano=1999 |título=The Dictionary of Psychology |publicado=Psychology Press |isbn=1-58391-028-X |página=476}}</ref><ref>{{citar periódico|doi=10.1093/brain/awh135 |título=Impulsivity, time perception, emotion and reinforcement sensitivity in patients with orbitofrontal cortex lesions |ano=2004 |último1 =Berlin |primeiro1 =H. A. |último2 =Rolls |primeiro2 =E. T. |último3 =Kischka |primeiro3 =U |periódico=Brain |volume=127 |número=5 |páginas=1108–26 |pmid=14985269}}</ref><ref>{{citar periódico|doi=10.1089/neu.2005.22.613 |título=Deficits in Decision-Making in Head Injury Survivors |ano=2005 |último1 =Salmond |primeiro1 =C.H. |último2 =Menon |primeiro2 =D.K. |último3 =Chatfield |primeiro3 =D.A. |último4 =Pickard |primeiro4 =J.D. |último5 =Sahakian |primeiro5 =B.J. |periódico=Journal of Neurotrauma |volume=22 |número=6 |páginas=613–22 |pmid=15941371}}</ref> embora diferentes redes cerebrais possam contribuir para diferentes manifestações de impulsividade.<ref>{{citar periódico|doi=10.1038/nn.3092 |título=Adolescent impulsivity phenotypes characterized by distinct brain networks |ano=2012 |último1 =Whelan |primeiro1 =Robert |último2 =Conrod |primeiro2 =Patricia J |último3 =Poline |primeiro3 =Jean-Baptiste |último4 =Lourdusamy |primeiro4 =Anbarasu |último5 =Banaschewski |primeiro5 =Tobias |último6 =Barker |primeiro6 =Gareth J |último7 =Bellgrove |primeiro7 =Mark A |último8 =Büchel |primeiro8 =Christian |último9 =Byrne |primeiro9 =Mark |último10 =Cummins |primeiro10 =Tarrant D R |último11 =Fauth-Bühler |primeiro11 =Mira |último12 =Flor |primeiro12 =Herta |último13 =Gallinat |primeiro13 =Jürgen |último14 =Heinz |primeiro14 =Andreas |último15 =Ittermann |primeiro15 =Bernd |último16 =Mann |primeiro16 =Karl |último17 =Martinot |primeiro17 =Jean-Luc |último18 =Lalor |primeiro18 =Edmund C |último19 =Lathrop |primeiro19 =Mark |último20 =Loth |primeiro20 =Eva |último21 =Nees |primeiro21 =Frauke |último22 =Paus |primeiro22 =Tomas |último23 =Rietschel |primeiro23 =Marcella |último24 =Smolka |primeiro24 =Michael N |último25 =Spanagel |primeiro25 =Rainer |último26 =Stephens |primeiro26 =David N |último27 =Struve |primeiro27 =Maren |último28 =Thyreau |primeiro28 =Benjamin |último29 =Vollstaedt-Klein |primeiro29 =Sabine |último30 =Robbins |primeiro30 =Trevor W |periódico=Nature Neuroscience |volume=15 |número=6 |páginas=920–5 |pmid=22544311|display-authors=8 }}</ref>
+A impulsividade é tanto uma faceta da personalidade como um componente importante de várias doenças, incluindo o [[Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade|transtorno de déficit de atenção e hiperatividade]] (TDAH),<ref>{{citar periódico|doi=10.1037/0033-2909.127.5.571 |título=Is ADHD a disinhibitory disorder? |ano=2001 |último1 =Nigg |primeiro1 =Joel T. |periódico=Psychological Bulletin |volume=127 |número=5 |páginas=571–98 |pmid=11548968}}</ref> [[Abuso de substância|distúrbios de uso de substâncias]],<ref>{{citar periódico|doi=10.1097/00132576-200302020-00001 |título=Relationships Among Laboratory and Psychometric Measures of Impulsivity: Implications in Substance Abuse and Dependence |ano=2003 |último1 =Lane |primeiro1 =Scott D. |último2 =Cherek |primeiro2 =Don R. |último3 =Rhoades |primeiro3 =Howard M. |último4 =Pietras |primeiro4 =Cynthia J. |último5 =Tcheremissine |primeiro5 =Oleg V. |periódico=Addictive Disorders & Their Treatment |volume=2 |número=2 |páginas=33–40}}</ref><ref>{{citar periódico|doi=10.1037/1064-1297.5.3.256 |título=Impulsive and self-control choices in opioid-dependent patients and non-drug-using control patients: Drug and monetary rewards |ano=1997 |último1 =Madden |primeiro1 =G.J. |último2 =Petry |primeiro2 =N.M. |último3 =Badger, |primeiro3 =G.J. |último4 =Bickel |primeiro4 = W. K. |periódico=Experimental and Clinical Psychopharmacology |volume=5 |número=3 |páginas=256–62 |pmid=9260073}}</ref> [[Transtorno bipolar]],<ref name="Henry">{{citar periódico|doi=10.1016/S0022-3956(01)00038-3 |título=Affective instability and impulsivity in borderline personality and bipolar II disorders: Similarities and differences |ano=2001 |último1 =Henry |primeiro1 =Chantal |último2 =Mitropoulou |primeiro2 =Vivian |último3 =New |primeiro3 =Antonia S |último4 =Koenigsberg |primeiro4 =Harold W |último5 =Silverman |primeiro5 =Jeremy |último6 =Siever |primeiro6 =Larry J |periódico=Journal of Psychiatric Research |volume=35 |número=6 |páginas=307–12 |pmid=11684137}}</ref> [[Transtorno de personalidade antissocial]],<ref name="Horn">{{citar periódico|doi=10.1016/S0028-3932(03)00077-0 |título=Response inhibition and impulsivity: An fMRI study |ano=2003 |último1 =Horn |primeiro1 =N.R. |último2 =Dolan |primeiro2 =M. |último3 =Elliott |primeiro3 =R. |último4 =Deakin |primeiro4 =J.F.W. |último5 =Woodruff |primeiro5 =P.W.R. |periódico=Neuropsychologia |volume=41 |número=14 |páginas=1959–66 |pmid=14572528}}</ref> e [[Transtorno de personalidade limítrofe]].<ref name="Henry"/> Impulsividade também pode ser um fator na [[procrastinação]].<ref name=Steel2010>{{citar livro|último =Steel |primeiro =Piers |título=The Procrastination Equation: How to Stop Putting Things Off and Start Getting Stuff Done |ano=2010 |publicado=HarperCollins |local=New York |isbn=978-0-06-170361-4}}{{Page needed|date=January 2012}}</ref> Padrões anormais de impulsividade também foram observads casos de [[dano cerebral]]<ref>{{citar periódico|doi=10.1002/bin.173 |título=Impulsivity, self-control, and delay discounting in persons with acquired brain injury |ano=2005 |último1 =Dixon |primeiro1 =Mark R. |último2 =Jacobs |primeiro2 =Eric A. |último3 =Sanders |primeiro3 =Scott |último4 =Guercio |primeiro4 =John M. |último5 =Soldner |primeiro5 =James |último6 =Parker-Singler |primeiro6 =Susan |último7 =Robinson |primeiro7 =Ashton |último8 =Small |primeiro8 =Stacey |último9 =Dillen |primeiro9 =Jeffrey E. |periódico=Behavioral Interventions |volume=20 |número=1 |páginas=101–20  }}</ref> e [[Neurodegeneração]].<ref>{{citar periódico|doi=10.1038/nrneurol.2010.148 |título=Decision-making cognition in neurodegenerative diseases |ano=2010 |último1 =Gleichgerrcht |primeiro1 =Ezequiel |último2 =Ibáñez |primeiro2 =Agustín |último3 =Roca |primeiro3 =María |último4 =Torralva |primeiro4 =Teresa |último5 =Manes |primeiro5 =Facundo |periódico=Nature Reviews Neurology |volume=6 |número=11 |páginas=611–23 |pmid=21045795}}</ref> Os achados neurobiológicos sugerem que existem regiões cerebrais específicas envolvidas no comportamento impulsivo,<ref>{{citar livro|último1 =Corsini |primeiro1 =Raymond Joseph |ano=1999 |título=The Dictionary of Psychology |publicado=Psychology Press |isbn=1-58391-028-X |página=476}}</ref><ref>{{citar periódico|doi=10.1093/brain/awh135 |título=Impulsivity, time perception, emotion and reinforcement sensitivity in patients with orbitofrontal cortex lesions |ano=2004 |último1 =Berlin |primeiro1 =H. A. |último2 =Rolls |primeiro2 =E. T. |último3 =Kischka |primeiro3 =U |periódico=Brain |volume=127 |número=5 |páginas=1108–26 |pmid=14985269}}</ref><ref>{{citar periódico|doi=10.1089/neu.2005.22.613 |título=Deficits in Decision-Making in Head Injury Survivors |ano=2005 |último1 =Salmond |primeiro1 =C.H. |último2 =Menon |primeiro2 =D.K. |último3 =Chatfield |primeiro3 =D.A. |último4 =Pickard |primeiro4 =J.D. |último5 =Sahakian |primeiro5 =B.J. |periódico=Journal of Neurotrauma |volume=22 |número=6 |páginas=613–22 |pmid=15941371}}</ref> embora diferentes redes cerebrais possam contribuir para diferentes manifestações de impulsividade.<ref>{{citar periódico|doi=10.1038/nn.3092 |título=Adolescent impulsivity phenotypes characterized by distinct brain networks |ano=2012 |último1 =Whelan |primeiro1 =Robert |último2 =Conrod |primeiro2 =Patricia J |último3 =Poline |primeiro3 =Jean-Baptiste |último4 =Lourdusamy |primeiro4 =Anbarasu |último5 =Banaschewski |primeiro5 =Tobias |último6 =Barker |primeiro6 =Gareth J |último7 =Bellgrove |primeiro7 =Mark A |último8 =Büchel |primeiro8 =Christian |último9 =Byrne |primeiro9 =Mark |último10 =Cummins |primeiro10 =Tarrant D R |último11 =Fauth-Bühler |primeiro11 =Mira |último12 =Flor |primeiro12 =Herta |último13 =Gallinat |primeiro13 =Jürgen |último14 =Heinz |primeiro14 =Andreas |último15 =Ittermann |primeiro15 =Bernd |último16 =Mann |primeiro16 =Karl |último17 =Martinot |primeiro17 =Jean-Luc |último18 =Lalor |primeiro18 =Edmund C |último19 =Lathrop |primeiro19 =Mark |último20 =Loth |primeiro20 =Eva |último21 =Nees |primeiro21 =Frauke |último22 =Paus |primeiro22 =Tomas |último23 =Rietschel |primeiro23 =Marcella |último24 =Smolka |primeiro24 =Michael N |último25 =Spanagel |primeiro25 =Rainer |último26 =Stephens |primeiro26 =David N |último27 =Struve |primeiro27 =Maren |último28 =Thyreau |primeiro28 =Benjamin |último29 =Vollstaedt-Klein |primeiro29 =Sabine |último30 =Robbins |primeiro30 =Trevor W |periódico=Nature Neuroscience |volume=15 |número=6 |páginas=920–5 |pmid=22544311|display-authors=8 }}</ref>
 Muitas ações contêm características impulsivas e compulsivas, mas  a impulsividade e a compulsividade são funcionalmente distintas. A impulsividade e compulsividade estão inter-relacionadas de modo que cada uma exibe uma tendência a agir prematuramente ou sem pensamento anterior e muitas vezes incluem resultados negativos.<ref name="Berlin, H. A. 2008">{{citar web|primeiro1 =Heather A. |último1 =Berlin |primeiro2 =Eric |último2 =Hollander |data=1 de julho de 2008 |título=Understanding the Differences Between Impulsivity and Compulsivity |publicado=Psychiatric Times |url=http://www.psychiatrictimes.com/understanding-differences-between-impulsivity-and-compulsivity/page/0/1}}</ref><ref>{{citar livro|último1 =Oldham |primeiro1 =J.M. |último2 =Hollander |primeiro2 =E. |último3 =Skodol |primeiro3 =A.E. |ano=1996 |título=Impulsivity and Compulsivity |local=Washington D.C. |publicado=American Psychiatric Press}}{{page needed|date=June 2013}}</ref>  A compulsividade pode estar em um continuum com a compulsividade em um extremo e a impulsividade em outro, mas a pesquisa tem sido contraditória sobre este ponto.<ref>{{citar periódico|doi=10.1002/eat.20169 |título=Impulsivity and compulsivity in bulimia nervosa |ano=2005 |último1 =Engel |primeiro1 =Scott G. |último2 =Corneliussen |primeiro2 =Stephanie J. |último3 =Wonderlich |primeiro3 =Stephen A. |último4 =Crosby |primeiro4 =Ross D. |último5 =Le Grange |primeiro5 =Daniel |último6 =Crow |primeiro6 =Scott |último7 =Klein |primeiro7 =Marjorie |último8 =Bardone-Cone |primeiro8 =Anna |último9 =Peterson |primeiro9 =Carol |último10 =Joiner |primeiro10 =Thomas |último11 =Mitchell |primeiro11 =James E. |último12 =Steiger |primeiro12 =Howard |periódico=International Journal of Eating Disorders |volume=38 |número=3 |páginas=244–51 |pmid=16211626|display-authors=8 }}</ref> A compulsividade ocorre em resposta a um risco ou ameaça percebida, a impulsividade ocorre em resposta a um ganho ou benefício imediato percebido,<ref name="Berlin, H. A. 2008"/> e, enquanto a compulsividade envolve ações repetitivas, a impulsividade envolve reações não planejadas. Também pode ser uma distinção entre gatilhos internos e externos em que a compulsão é induzida por pressuposições externas e a impulsão é induzida pela percepção interna, enquanto o resultado de qualquer ação pode ser positivo ou negativo.
+==Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade ==
+O [[transtorno de déficit de atenção e hiperatividade]] (TDAH) é composto por múltiplos sintomas como [[Atenção|desatenção]], impulsividade e hiperatividade. O [[Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais]] ([[DSM IV|DSM-4]])<ref name="DSM IV TR">{{Citar livro|título=Diagnostic and statistical manual of mental disorders|editora=American Psychiatric Association|ano=2000|volume=1|doi=10.1176/appi.books.9780890423349|isbn=978-0-89042-334-9|edição=4th}}{{Falta página}}</ref> divide o TDAH em três subtipos de acordo com os sintomas comportamentais:
+# Predominantemente desatento
+# predominantemente hiperativo-impulsivo
+# Subtipo combinado de déficit de atenção e hiperatividade
+Apesar de haver uma tendência crescente nos diagnósticos do subtipo predominantemente desatento, a impulsividade geralmente é considerada a característica central do TDAH, e os subtipos impulsivo e combinado são os que mais incidem nos custos sociais associados ao TDAH.<ref name="Froehlich">{{Citar periódico |titulo=Prevalence, Recognition, and Treatment of Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder in a National Sample of US Children |ultimo=Froehlich |primeiro=Tanya E. |ultimo2=Lanphear |primeiro2=BP |ano=2007 |paginas=857–64 |doi=10.1001/archpedi.161.9.857 |pmid=17768285 |ultimo3=Epstein |primeiro3=JN |ultimo4=Barbaresi |primeiro4=WJ |ultimo5=Katusic |primeiro5=SK |ultimo6=Kahn |primeiro6=RS |volume=161 |periódico=Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine}}</ref><ref name="Solanto">{{Citar periódico |titulo=The ecological validity of delay aversion and response inhibition as measures of impulsivity in AD/HD: A supplement to the NIMH multimodal treatment study of AD/HD |ultimo=Solanto |primeiro=Mary V. |ultimo2=Abikoff |primeiro2=Howard |ano=2001 |paginas=215–28 |doi=10.1023/A:1010329714819 |pmid=11411784 |ultimo3=Sonuga-Barke |primeiro3=Edmund |ultimo4=Schachar |primeiro4=Russell |ultimo5=Logan |primeiro5=Gordon D. |ultimo6=Wigal |primeiro6=Tim |ultimo7=Hechtman |primeiro7=Lily |ultimo8=Hinshaw |primeiro8=Stephen |ultimo9=Turkel |primeiro9=Elihu |volume=29 |periódico=Journal of Abnormal Child Psychology}}</ref> Nos [[Estados Unidos]], o custo do tratamento para uma criança com TDAH é de aproximadamente 14 mil [[dólares]] por ano (em valores de 2005).<ref name="Pelham">{{Citar periódico |titulo=The Economic Impact of Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder in Children and Adolescents |ultimo=Pelham |primeiro=William E. |ultimo2=Foster |primeiro2=E. Michael |ano=2007 |paginas=711–27 |doi=10.1093/jpepsy/jsm022 |pmid=17556402 |ultimo3=Robb |primeiro3=Jessica A. |volume=32 |periódico=Journal of Pediatric Psychology}}</ref> Ainda, a prevalência do TDAH entre as [[Prisão|pessoas encarceradas]] é significativamente maior em comparação ao restante da população.<ref>{{Citar periódico |titulo=Prevalence of attention deficit–/hyperactivity disorder (ADHD) and comorbid disorders in young male prison inmates |ultimo=Rösler |primeiro=M. |ultimo2=Retz |primeiro2=W. |ano=2004 |paginas=365–71 |doi=10.1007/s00406-004-0516-z |pmid=15538605 |ultimo3=Retz-Junginger |primeiro3=P. |ultimo4=Hengesch |primeiro4=G. |ultimo5=Schneider |primeiro5=M. |ultimo6=Supprian |primeiro6=T. |ultimo7=Schwitzgebel |primeiro7=P. |ultimo8=Pinhard |primeiro8=K. |ultimo9=Dovi–Akue |primeiro9=N. |numero-autores=8 |volume=254 |periódico=European Archives of Psychiatry and Clinical Neuroscience}}</ref>
 {{referências|col=2}}
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+{{Controle de autoridade}}
 [[Categoria:Traços de personalidade]]
 [[Categoria:Ansiedade]]