Pararu-espelho: diferenças entre revisões
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É uma espécie de hábito terrícola. Vive em ambientes com floresta densa e taquarais, podendo forragear em campos abertos, à procura de [[semente]]s de [[gramínea]]s após as queimadas. Ocorre do sul da [[Bahia]] à [[Santa Catarina]], no [[Brasil]], a [[Argentina]] ([[Misiones]]) e [[Paraguai]]. Pode ser encontrada em regiões montanhosas de até 2.300 metros de altitude. |
É uma espécie de hábito terrícola. Vive em ambientes com floresta densa e taquarais, podendo forragear em campos abertos, à procura de [[semente]]s de [[gramínea]]s após as queimadas. Ocorre do sul da [[Bahia]] à [[Santa Catarina]], no [[Brasil]], a [[Argentina]] ([[Misiones]]) e [[Paraguai]]. Pode ser encontrada em regiões montanhosas de até 2.300 metros de altitude. |
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== Comportamento == |
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== Status == |
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Não houve observações verificáveis da espécie desde a década de 1980 e ela pode muito bem estar extinta, embora vários registros não verificados tenham sido feitos desde então, sendo o mais recente um avistamento em 2017 de um indivíduo na Argentina em uma área ocm yatevó (''G. trinii''). Os modelos de extinção são divididos quanto à existência ou não da espécie; quando apenas fotografias, espécimes e registros são considerados, prevê-se que a espécie tenha sido extinta durante os anos 2000, mas modelos que incorporam registros de visão confirmam que a espécie ainda existe. <ref name=":0"/> |
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== Em cativeiro == |
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A espécie foi mantida e criada na comunidade avícola brasileira da década de 1970 até o final da década de 1980, chegando a mais de 150 aves em cativeiro. No entanto, novas regulamentações sobre a criação de aves impostas pelo [[Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis|IBAMA]] nas décadas de 1970 e 1980 levaram ao desmantelamento da maioria dos grupos,com indivíduos em cativeiro sendo enviados para criadores autorizados pelo IBAMA que tinham pouco conhecimento de como cuidar das aves, o que foi agravado pela falta de conhecimento do perigo de extenção espécie na natureza na época. Acredita-se que os últimos indivíduos em cativeiro tenham morrido em meados da década de 1990 sem produzir qualquer descendência, marcando o fim de uma das melhores chances de salvar a espécie da extinção. Gravações de som da espécie foram adquiridas de antigos criadores de pombas e podem ser cruciais para detectar a espécie na natureza em pesquisas futuras. <ref name=":0"/> <ref name=":1"/> |
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Revisão das 13h02min de 17 de abril de 2022
Pararu-espelho | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Em perigo crítico (IUCN 3.1) [1] | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Paraclaravis geoffroyi (Temminck, 1811) | |||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||
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Pararu-espelho (nome científico: Paraclaravis geoffroyi) é uma espécie de ave da família dos columbídeos. Encontra-se em perigo crítico de extinção de acordo com a IUCN.
Caracterização
A pararu-espelho mede aproximadamente 24 cm de comprimento e pesa entre 200 e 250 gramas. Apresenta acentuado dimorfismo sexual: o macho é cinza-azulado e apresenta duas largas faixas alares transversais castanhas e lados da cauda brancos, enquanto a fêmea é parda e as faixas das asas são violáceas.
É uma espécie de hábito terrícola. Vive em ambientes com floresta densa e taquarais, podendo forragear em campos abertos, à procura de sementes de gramíneas após as queimadas. Ocorre do sul da Bahia à Santa Catarina, no Brasil, a Argentina (Misiones) e Paraguai. Pode ser encontrada em regiões montanhosas de até 2.300 metros de altitude.
Comportamento
É uma espécie nômade que acompanha a produção de frutas de certas espécies de bambu Guadua da Mata Atlântica, a saber, takuarusu (G. chacoensis) e yatevó (G. trinii); ela compartilha esse traçó com seu parente mais próximo, a pomba-de-peito-marrom (Paraclaravis mondetoura), que se especializa em bambu andino. Esse estilo de vida especializado pode ser o que levou a um declínio tão dramático na população da espécie, apesar de sua distribuição anterior relativamente grande, com o desmatamento em massa da Mata Atlântica no final do século 20 desencadeando um efeito Allee, semelhante ao ocorrido seu parente extinto, o pombo-passageiro (Ectopistes migratorius), que também dependia de eventos de árvores produtoras de nozes. [2]
Status
Não houve observações verificáveis da espécie desde a década de 1980 e ela pode muito bem estar extinta, embora vários registros não verificados tenham sido feitos desde então, sendo o mais recente um avistamento em 2017 de um indivíduo na Argentina em uma área ocm yatevó (G. trinii). Os modelos de extinção são divididos quanto à existência ou não da espécie; quando apenas fotografias, espécimes e registros são considerados, prevê-se que a espécie tenha sido extinta durante os anos 2000, mas modelos que incorporam registros de visão confirmam que a espécie ainda existe. [2]
A espécie pode ser facilmente confundida com o pararu-azul (Claravis pretiosa) com a qual ocorre em simpatria, em más condições de observação, contribuindo para a contestada legitimidade das observações mais recentes. A juriti-roxa (Geotrygon violacea), outra espécie simpátrica com necessidades de habitat semelhantes, ainda é registrada na região desde a década de 1980, levantando ainda mais dúvidas sobre a sobrevivência de P. geoffroyi ; redes de neblina na área capturaram regularmente G. violacea, mas nenhum P. geoffroyi. A natureza nômade de P. geoffroyi adiciona mais dúvidas à perspectiva de sua sobrevivência, pois é improvável que uma espécie nômade como ela persista em um único local ou viaje por uma grande área invisível. No entanto, a natureza restrita da espécie e a falta de gravações de chamadas até recentemente indicam que a espécie pode ter baixa detectabilidade naturalmente, especialmente fora dos eventos de produção de frutos de bambu. [2]
Se ainda existir, a população total é estimada em 50 a 249 indivíduos. As áreas nas quais a espécie ainda pode persistir incluem a Serra do Mar do Brasil e a da província de Misiones da Argentina, pois essas áreas são expansivas e pouco exploradas em comparação com o restante dos remanescentes da Mata Atlântica. [2] [3]
Em cativeiro
A espécie foi mantida e criada na comunidade avícola brasileira da década de 1970 até o final da década de 1980, chegando a mais de 150 aves em cativeiro. No entanto, novas regulamentações sobre a criação de aves impostas pelo IBAMA nas décadas de 1970 e 1980 levaram ao desmantelamento da maioria dos grupos,com indivíduos em cativeiro sendo enviados para criadores autorizados pelo IBAMA que tinham pouco conhecimento de como cuidar das aves, o que foi agravado pela falta de conhecimento do perigo de extenção espécie na natureza na época. Acredita-se que os últimos indivíduos em cativeiro tenham morrido em meados da década de 1990 sem produzir qualquer descendência, marcando o fim de uma das melhores chances de salvar a espécie da extinção. Gravações de som da espécie foram adquiridas de antigos criadores de pombas e podem ser cruciais para detectar a espécie na natureza em pesquisas futuras. [2] [3]
Referências
- ↑ BirdLife International (2012). «Claravis geoffroyi». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2012. Consultado em 26 de novembro de 2013
- ↑ a b c d e Lees, Alexander C.; Devenish, Christian; Areta, Juan Ignacio; de Araújo, Carlos Barros; Keller, Carlos; Phalan, Ben; Silveira, Luís Fábio (2021). «Assessing the Extinction Probability of the Purple-winged Ground Dove, an Enigmatic Bamboo Specialist». Frontiers in Ecology and Evolution (em English). 9. ISSN 2296-701X. doi:10.3389/fevo.2021.624959
- ↑ a b «New research delivers hope for one of South America's 'lost' bird species». phys.org (em inglês). Consultado em 26 de maio de 2021