Fraude virtual

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As fraudes virtuais são fraude efetuadas através da internet, usualmente utilizam softwares espiões. No Brasil, em 2005, esse tipo de fraude gerou um prejuízo recorde de R$ 300 milhões a instituições financeiras, entre elas os bancos e administradoras de cartões. A perda de 2005 representa 12% dos R$ 2,5 bilhões faturados pelo comércio eletrônico brasileiro no período.

No Brasil, as fraudes bancárias perpretadas por crackers são juridicamente qualificadas como o crime de Furto Qualificado, de acordo com o art. 155 §4º inc. II.

Fraude de bilhetes de internet[editar | editar código-fonte]

Uma variação da fraude de marketing na Internet oferece ingressos para eventos cobiçados, como concertos, shows e eventos esportivos. Os ingressos são falsos ou nunca são entregues. A proliferação de agências de ingressos online e a existência de revendedores experientes e desonestos alimentaram esse tipo de fraude. Muitos desses golpes são executados por vendedores de ingressos britânicos, embora eles possam basear suas operações em outros países.[1]

Um excelente exemplo foi a fraude global de ingressos dos Jogos Olímpicos de Verão de 2008 executada pela "Xclusive Leisure and Hospitality" registrada nos Estados Unidos, vendida por meio de um site projetado profissionalmente com o nome "Beijing 2008 Ticketing". Em 4 de agosto, foi relatado que mais de A $ 50 milhões em ingressos falsos foram vendidos através do site.[2] Em 6 de agosto, foi relatado que a pessoa por trás do golpe, que estava totalmente baseado fora da China, era um tout britânico, Terance Shepherd.[3]

Falso site LinkedIn usado pelo (GCHQ)[editar | editar código-fonte]

O GCHQ usou páginas falsas do LinkedIn para atingir seu alvo principal, engenheiros de companhias a serem penetradas.[4] De acordo com uma apresentação feita pelo GCHQ e revelada por Edward Snowden, a inteligência britânica começou por identificar os funcionários que trabalhavam na manutenção de rede e segurança para a empresa de telecomunicações. Em seguida, eles determinaram que os potenciais alvos tinham utilizado o site LinkedIn ou Slashdot, um popular site de notícias na comunidade de Tecnologia da informação (TI).

Engenheiros como Alvo Principal[editar | editar código-fonte]

Os computadores desses "candidatos" foram então infectados com malware de computador que tinha sido colocado usando a tecnologia de infiltração da agência de inteligência se refere como "Quantum Insert", que permitiu que aos espiões Government Communications Headquarters (GCHQ) se infiltrar profundamente na rede interna Belgacom[5] e de sua subsidiária BICS, que opera um sistema chamado roteador GRX. Este tipo de roteador é necessário quando os usuários fazem chamadas ou para se conectar quando usam seus telefones celulares no exterior.

Ver Também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Jamie Doward. «How boom in rogue ticket websites fleeces Britons». The Observer. London. Consultado em 9 de março de 2008 
  2. Jacquelin Magnay. «Ticket swindle leaves trail of losers». The Sydney Morning Herald. Consultado em 4 de agosto de 2008 
  3. Kelly Burke. «British fraud ran Beijing ticket scam». The Sydney Morning Herald. Consultado em 6 de agosto de 2008 
  4. SPIEGEL ONLINE: GHCQ Targets Engineers with Fake LinkedIn Pages - SPIEGEL ONLINE
  5. SPIEGEL ONLINE: Belgian Prime Minister Angry at Claims of British Spying - SPIEGEL ONLINE
  6. The Independent: GCHQ used 'Quantum Insert' technique to set up fake LinkedIn pages and spy on mobile phone giants - Home News - UK - The Independent