Tortura psicológica
Agressão psicológica é um tipo de agressão que visa primeiramente afetar o indivíduo psicologicamente, ficando a violência física em segundo plano. É uma violência que ocorre sempre em uma relação desigual de poder, em que o agente exerce autoridade sobre a vítima, sujeitando-a a aplicação de maus tratos mentais e psicológicos de forma contínua e intencional.[1]
A forma como é feita a tortura psicológica não provoca dor física em nenhum momento, mas a humilhação. O estresse e angústia causados podem deixar cicatrizes psicológicas permanentes.
Pessoas que sofrem a tortura psicológica muitas vezes precisam de tratamento para poder superar o trauma. Caso não seja tratado de forma adequada, pode levar ao suicídio ou afastamento da sociedade.[2]
Tortura psicológica em prisioneiros
[editar | editar código-fonte]São utilizadas técnicas "no touch" (sem toque), que não provocam dor física nem sinais físicos aparentes de que a tortura foi realizada. Situações são criadas para provocar o enfraquecimento psicológico do preso e quebrar o seu caráter. Isolamento, privação das necessidades fisiológicas básicas, como comer, beber e o sono. Exposição forçada da nudez, cobrir com fezes ou urina o rosto e o corpo do prisioneiro. Privação ou confusão sensorial. Forçar a ficar em uma só posição por longos períodos. Ameaças de aplicação de dor física. Para um preso, é muito pior temer que a dor aconteça do que realmente experimentá-la.[3]
Tortura psicológica das pessoas em liberdade
[editar | editar código-fonte]Se a pessoa estiver em liberdade, o Escritório do Alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos listas de 15 técnicas de assédio em grupo contra um indivíduo-alvo, [4] ao qual podem ser aplicadas diversas formas de reserva mental: a negação plausível, a ignorância deliberada pode ser aplicada primeiro se necessário, culminando em neutralização da culpa ou culpabilização da vítima:
- 1 Vigilância Dirigida
- 2 Estabelecimento de perfis de fraquezas e inseguranças/técnicas de pressão (Opposition research e agente adormecido)
- 3 Condicionamento para certos estímulos
- 4 Cultura do medo, intimidação, gerar confusão,
- 5 Assédio
- 6 esboçoes dirigido que destacam elementos da situação pessoal da vítima.
- 7 Usando altifalante direcional (voz para caveira/Voice to skull)
- 8 Utilização de efeitos visuais deslumbrantes
- 9 Utilização do ruído como disruptor
- 10 privação de sono
- 11 Provocação e armadilha (Agente provocador e Kompromat)
- 12 Gaslighting
- 13 Violação de domicílio/bens para modificar o ambiente da vítima.
- 14 Publicidade, desinformação, difamação e descrédito. (Investigação ruidosa)
- 15 Assassinato de reputação (campanha negativa)
Tortura psicológica e emocional contra a mulher
[editar | editar código-fonte]Neste caso, a relação de poder é o sexismo contra a mulher (machismo), enfim a posição da mulher de inferioridade em relação ao homem. A situação de autoridade do homem e submissão da mulher e, consequentemente a caracterização da violência contra a mulher como tortura.[5]
A violência contra o gênero feminino ocorre com frequência no ambiente intrafamiliar ou doméstico e no ambiente do trabalho
A tortura psicológica contra a mulher é considerada violência doméstica nos casos em que é perpetrada pelo seu companheiro, marido, namorado ou em qualquer relação interpessoal em que o agressor tenha convivido ou conviva no mesmo domicílio que a vítima, que se observe intensa aplicação de maus-tratos psicológicos, emocionais ou mentais de forma continuada.[6]
Tortura psicológica no trabalho
[editar | editar código-fonte]Aplicação constante de estímulos negativos com a intenção de abalar psicologicamente o trabalhador, fazendo-o se sentir incompetente e/ou ameaças no ambiente de trabalho. Marginalização, impedir o trabalhador de fazer seu trabalho.[7]
Tortura psicológica na escola
[editar | editar código-fonte]Forçar a vítima ao isolamento social, por meio de técnicas como espalhar comentários, recusa em se socializar com a vítima, intimidar outras pessoas que desejam se socializar com a vítima, ridicularizar o modo de vestir ou outros aspectos socialmente significativos (incluindo a etnia da vítima, religião, incapacidades etc).[8] Esta é um tipo de agressão indireta, que é caracterizada por um comportamento que visa causar prejuízo às relações sociais de um indivíduo ou grupo. [9]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Tortura
- Assédio moral
- gang stalking
- Bullying
- Violência contra a mulher / Violência doméstica
- Violência contra homens
- Sexismo
- Agressão
- Epidemiologia da violência
Referências
- ↑ Universo Online (5 de Março de 2009). «Tortura psicológica prejudica tanto quanto tortura física, diz estudo»
- ↑ «Tortura, Dolor Psíquico Y Salud Mental» (PDF). Juridicas UNAM (em espanhol). Consultado em 31 de Janeiro de 2015
- ↑ restonada. «Técnicas de tortura psicológica». Consultado em 30 de Janeiro de 2015
- ↑ http://www.ohchr.org%2FDocuments%2FIssues%2FTorture%2FCall%2FIndividuals%2FHarrassmenttechniques.pdf&usg=AOvVaw0qs_fQIrnBxT-VsEhlgWS2&opi=89978449
- ↑ url=http://diario-feminino.blogspot.com/2011/11/tortura-psicologica.html%7Cautor=diario-feminino%7Ctítulo=Tortura psicológica|data=25 de Novembro de 2011
- ↑ dhnet. «Tortura contra a Mulher». Consultado em 31 de Janeiro de 2015
- ↑ «Breves considerações sobre o assédio moral». Âmbito Jurídico. Consultado em 31 de Janeiro de 2015
- ↑ jornal jovem. «Bullying: Definição e critérios para identificação». Consultado em 31 de Janeiro de 2015
- ↑ «Comportamento Agressivo: Gênero, Cultura e Violência». Deviante. 8 de março de 2019. Consultado em 25 de junho de 2020