Aguada de Cima (vila)

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Aguada de Cima é uma vila situada na freguesia homónima do município de Águeda. Sendo a sede da dita freguesia, foi elevada à categoria de vila em 1997 pela lei nº 50/97 de 12 de Julho.[1][2]

História[editar | editar código-fonte]

Aguada de Cima aparece já mencionada como “Aqualata” no ano de 132 A.C., tendo sido vila romana, e na época Lusitana e Visigótica. Aparece mencionada numa doação ao Mosteiro do Lorvão, no ano de 961, com o nome da sua padroeira, S.ª Eulália. Foi depois doada ao Mosteiro da Vacariça cujos monges desbravaram as suas terras. No ano de 1064, por presúria, foi doada a D. Sesnando, da Igreja de Milreu, de Coimbra. Passou para a Coroa em 1128. Em 1132, D. Afonso Henriques couta esta vila à Sé de Coimbra. Passou depois para a Universidade de Coimbra, tendo foro especial de justiça. D. Manuel I concedeu-lhe foral em 23 de Agosto de 1514. Foi sede de Capitania-Mor. Pertenceu, durante o liberalismo, aos Duques de Lafões. Foi julgado de Paz e teve pelourinho, forca e tribunal.

Património[editar | editar código-fonte]

O Foral Manuelino data de 1514. Existem fragmentos do pelourinho original, que estão depositados no Museu Santa Joana em Aveiro e demonstra que este tinha o emblema universitário. Em 2007 foi construída uma réplica deste mesmo pelourinho que está implantada numa praceta criada para o efeito no centro cívico da vila.

As terras de Aguada de Cima estão demarcadas desde, pelo menos 1520, por marcos (em pedra) e malhões (montes de terra) que ainda hoje são mantidos.

Esta igreja é reconstruida em 1711, pela data nela gravada. Possui escultura de mérito com a imagem da Virgem e do Menino de calcário sendo da oficina coimbrã da primeira metade de século XV. De meados do mesmo sécúlo é a imagem de Sta. Luzia. Colunas em talha torcidas e de parras, ao meio pilastras misuladas com crianças atlantes. Excepcional é o púlpito, tratado em calcário ançanense, do século XVIII. Sofreu a última reconstrução em 2005, que lhe conferiu conforto e arquitectura moderna, mantendo as suas peças de maior valor.

Referências

  1. DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 159 — 12-7-1997, [1]
  2. Localização no Google Maps, [40.518768, -8.426571]