Aleksandra Tchudina

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Aleksandra Chudina)
Aleksandra Tchudina
Aleksandra Tchudina
atletismo, bandy e voleibol
Nome completo Aleksandra Georgievna Tchudina
Representante União Soviética
Nascimento 6 de novembro de 1923
Kurkinski, Rússia Soviética
Nacionalidade soviética
Morte 22 de outubro de 1990 (66 anos)
Moscou, União Soviética
Medalhas
Jogos Olímpicos
Prata Helsinque 1952 Lançamento de dardo
Prata Helsinque 1952 Salto em distância
Bronze Helsinque 1952 Salto em altura

Aleksandra Georgievna Tchudina (em russo: Александра Георгиевна Чудина; Kurkinski, 6 de novembro de 1923 — Moscou, 22 de outubro de 1990) foi uma vitoriosa atleta soviética. Ela conquistou três medalhas olímpicas na edição de 1952.

Em sua carreira esportiva, disputou em alto nível por três esportes: atletismo, bandy e voleibol, obtendo dezenas de títulos, medalhas e recordes. Contudo, a atleta foi alvo de questionamentos sobre hermafroditismo e intersexo.

Tchudina faleceu em 1990, aos 66 anos, vítima de câncer de estômago.[1]

Vida pregressa[editar | editar código-fonte]

Tchudina nasceu em 6 de novembro de 1923 na aldeia de Kramskoye, onde se localizado nos dias atuais o distrito de Kurkinski, oblast de Tula.[2]

Carreira esportiva[editar | editar código-fonte]

Tchudina começou a praticar bandy em 1937 pelo Dínamo e continuou na prática até 1947. A década seguinte ficou marcada pela transição para o voleibol. Integrante da equipe soviética, obteve sete títulos nacionais, três europeus e três mundiais.[2][3] Foi nas competições de atletismo que ela obteve os resultados mais significativos de sua carreira, as medalhas olímpicas. Na edição de 1952, Tchudina conquistou duas medalhas de prata nos eventos salto em distância e lançamento de dardo, além do bronze no salto em altura. Pelo mesmo esporte, ainda triunfou em diversos campeonatos nacionais.[3]

Controversa sobre hermafroditismo[editar | editar código-fonte]

Questionamentos sobre as características de definições típicas dos sexos masculino e feminino (intersexo) surgiram alguns anos antes da retirada de Tchudina dos esportes.[4][5][6] O tópico ganhou uma repercussão maior após a publicação de um artigo escrito por um membro do Comité Olímpico Internacional, o professor austríaco Ludwig Prokop. Intitulado "Os cromossomos das amazonas", o texto de Prokop cita Tchudina entre as óbvias, em sua opinião, hermafroditas no esporte. Contudo, escritores recentes contestam os motivos que resultaram na opinião de Prokop já que os testes de verificação de gênero somente foram impostos em 1966, três anos após a aposentadoria de Tchudina.[1]

Legado e reconhecimento[editar | editar código-fonte]

Os expressivos resultados obtidos por Tchudina em múltiplos esportes geraram uma significativa repercussão em território soviético e estrangeiro. O período soviético I︠U︡nostʹ, por exemplo, exaltou o seu reinado no Bandy[7] enquanto o Instituto de Teoria e História da Pedagogia da União Soviética a classificou como uma atleta "talentosa mundialmente conhecida".[8] Entretanto, alguns autores, nomeadamente Anastasia Pletneva, contestam que o reconhecimento por parte da sociedade é muito inferior para os feitos de Tchudina, justificando-se na baixa quantidade de artigos escritos sobre ela e até mesmo na qualidade da página dela na Wikipédia que, segundo a autora, propicia somente informações básicas.[9]

Em 1948 Tchudina foi condecorada com o título honorário Mestre Homenageado de Esportes da União Soviética.[3] Nove anos depois recebeu a Ordem de Lenin, a maior condecoração do país.[10]

Referências

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Aleksandra Tchudina
  • Perfil (em inglês) no Olympic.org.
  • Perfil (em inglês) no Olympedia.org.