Alonso I de Fonseca

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Alonso I de Fonseca
Alonso I de Fonseca
Nascimento 1418
Toro, Espanha
Morte 1473 (55 anos)
Coca, Espanha
Ocupação Bispo, arcebispo
Castelo de Coca, no qual Alonso I estabeleceu seu morgado.

Alonso I de Fonseca (Toro, 1418Coca, 1473), bispo de Ávila (1445 a 1453) e arcebispo de Santiago de Compostela (1460 - 1463) e Sevilha, de 1454 a 1473, e considerado como o iniciador de um novo período na sé compostelana e o definidor do morgado familiar dos Fonseca, família muito influente na Galiza desse momento e em Castela.

Apesar de que na sua vida ocupou três sedes, não se possui muita documentação sobre seus mandatos, pelo que escasseiam os dados sobre sua vida, muitos deles obtidos do seu testamento.

Origens[editar | editar código-fonte]

Tumba de João II de Castela na Cartuxa de Miraflores.

Filho de Juan Alonso de Ulloa, de origem portuguesa, conselheiro do rei João II e de Beatriz Rodríguez de Fonseca, que tiveram como filhos a Pedro Ruíz de Ulloa e Fonseca, Hernando de Fonseca e Catalina de Fonseca, esposa de Diego de Acevedo (os condes de Ayala) e mãe de Alonso II de Fonseca.

Durante os últimos 15 anos do reinado do Rei João permaneceu nela, e seguiu mantendo a graça do sucessor de João Henrique IV do que foi Capelão-Mor, chegando mesmo a bendizer seu matrimônio com Joana de Portugal em 1455. Mas poucos anos depois é recusado na Corte.

Em Setembro de 1460 enferma gravemente em Valladolid, que o leva em 3 de Setembro a fazer testamento.

Arcebispado de Santiago de Compostela[editar | editar código-fonte]

De 1460 a 1463 ocupou a sé de Compostela no lugar do seu sobrinho Alonso II de Fonseca, que permaneceu como administrador da sé em Sevilha, com a finalidade de pôr paz nos convulsos domínios do arcebispado compostelana. Mas no mesmo ano de 1463 seus inimigos na Corte, dirigidos por Juan Fernández Galindo, comendador da rainha, e Afonso de Velasco, conseguem expulsá-lo de ambas as mitras (Santiago e Sevilha), pelo que o rei ordena sua volta a Sevilha. Pouco mais tarde novas disposições reais tiravam ao arcebispo a posse do seu senhorio, perdendo muitas das suas rendas e sendo os seus partidários apresados.

A volta a Sevilha[editar | editar código-fonte]

A partir deste momento, o arcebispo optou por agir mais discretamente nas suas relações com a Corte e começou a afiançar o morgado familiar na vila de Coca (a vila de Toro era a casa primitiva da estirpe). Em 1467 a rainha Joana, esposa de Henrique IV, foi retida nesta vila por Alonso de Fonseca, seguindo instruções precisas do rei.

Na vila de Coca morreu em 1473, não sem antes vincular o futuro da sua família ao apóio à sucessão da futura Isabel a Católica

Precedido por
Lope de Barrientos
Bispo de Ávila
1445 - 1454
Sucedido por
Alonso Fernández de Madrigal, o Tostado
Precedido por
García Enríquez Osorio
Arcebispo de Sevilha
1454 - 1465
Sucedido por
Alonso de Fonseca e Acevedo
Precedido por
Alonso de Fonseca e Acevedo
Arcebispado de Santiago (administrador)
1460 - 1463
Sucedido por
Alonso de Fonseca e Acevedo
Precedido por
Alonso de Fonseca e Acevedo
Arcebispo de Sevilha
1469 - 1473
Sucedido por
Pedro Riario

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • (em galego) GARCÍA ORO, José e PORTELA SILVA, Mª José. Os Fonseca na Galicia do Renacimento. Da guerra ao mecenado.(2000). Série Trivium. Editorial Toxosoutos. ISBN 84-89129-92-4
  • (em castelhano) FRANCO SILVA, Alfonso. El Arzobispo de Sevilla Alonso de Fonseca el Viejo: Notas sobre su vida. Boletín de la Real Academia de la Historia (Espanha), ISSN 0034-0626, Tomo 196, Caderno 1, (1999) , pags. 43-92