António Schiappa de Azevedo
António Schiappa de Azevedo | |
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Nome completo | António Bon de Sousa Schiappa de Azevedo |
Nascimento | 1870 Lisboa, Portugal |
Morte | 17 de dezembro de 1926 (56 anos) Funchal, Madeira, Portugal |
Nacionalidade | Português |
Ocupação | Regente florestal |
António Bon de Sousa Schiappa de Azevedo (Lisboa, 1870 — Funchal, 17 de dezembro de 1926) foi um grande impulsionador da reflorestação da ilha do Porto Santo e responsável pela preservação florestal da ilha da Madeira.
Biografia[editar | editar código-fonte]
António Bon de Sousa Schiappa de Azevedo nasceu em Lisboa em 1870, neto por via materna do tenente-general Pedro Paulo Ferreira de Sousa, primeiro barão de Pernes. Estabeleceu-se na ilha da Madeira em finais do século XIX, tendo-se casado com uma madeirense, filha do governador civil do Funchal José António de Almada.[1]
Formado em regência florestal, Schiappa de Azevedo desempenhou importantes funções silvícolas no então distrito do Funchal nos finais do século XIX e início do século XX. Na ilha da Madeira, foi responsável pela preservação florestal de áreas que se encontravam ameaçadas à época, entre as suas atuações conta-se a plantação de cedros (Cupressus macrocarpa) junto à ribeira das Cales. Já no Porto Santo, local de foco da sua intervenção, foi mentor e responsável pelos primeiros trabalhos de reflorestação da ilha, cuja situação florestal era bem mais grave evidenciando uma avançada erosão e desertificação.[1]
Em 1921, na ilha do Porto Santo, escolheu o cume do Pico do Castelo para iniciar o seu trabalho de reflorestação, armando o terreno e construindo muretes em pedra para suporte e sustentação da pouca terra que existia na encosta para assim conseguir arborizar. Foram introduzidas espécies exóticas que, pelo seu caráter rústico, têm maior resistência a fatores adversos, como o cedro (Cupressus macrocarpa), pinheiro-monterrei (Pinus radiata), pinheiro-de-alepo (Pinus halepensis) e o pinheiro-bravo (Pinus pinaster).[2] O processo de reflorestação foi continuado, após a sua morte, utilizando a metodologia de plantação por si desenvolvida.[1]
Schiappa de Azevedo faleceu no Funchal a 17 de dezembro de 1926. [1]
Homenagem[editar | editar código-fonte]
Foi colocada uma estátua com o busto de António Schiappa de Azevedo quase no cimo do Pico do Castelo, inaugurada a 12 de julho de 1957, em homenagem ao trabalho desenvolvido na reflorestação e no combate à desertificação da ilha do Porto Santo.[3][4]
Referências
- ↑ a b c d Manuel A. M. M. S. Filipe (10 de outubro de 2016). «Azevedo, António Bon de Sousa Schiappa de». Aprender Madeira. Consultado em 21 de março de 2019
- ↑ «Vereda do Pico Castelo». madeiraallyear.com. Consultado em 21 de março de 2019
- ↑ «História». Câmara Municipal do Porto Santo. Consultado em 21 de março de 2019
- ↑ «Pico do Castelo». visit-portosanto.com. Consultado em 21 de março de 2019