Antonio Luis Gagni

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Antonio Luis Gagni
Nascimento 1897
São Paulo
Cidadania Brasil
Ocupação pintor, ceramista, artista visual
Assinatura

Antonio Luis Gagni (São Paulo, São Paulo, 1897) foi um pintor, azulejista, ceramista e artista plástico brasileiro. Trabalhou em obras para o Museu Republicano de Itu e para o Museu Paulista, contratado pelo o então diretor da instituição Afonso d'Escragnolle Taunay.[1][2]

No Museu de Itu, foi o responsável por produzir os painéis de azulejos que se encontram no saguão de entrada da instituição, no átrio e na escada interior, e retratam momentos históricos brasileiros, como cenas que representam o movimento bandeirista, a Independência do Brasil e a instauração da República.[3][4] Para estas criações, Gagni utilizou-se de aquarelas de Miguelzinho Dutra como base.

Ao longo de sua carreira, Gagni participou de várias exposições coletivas, como o 2º Salão de Belas Artes de Piracicaba, em 1954, e o Salão Paulista de Belas Artes, nos anos de 1939, 1948, 1949, 1951, 1952, 1954 e 1957.[5]

Gagni também foi responsável por produzir azulejos para a Prefeitura Municipal de Itu (atual Casa do Barão, da USP), para a Prefeitura de Barra Bonita e para a Escola Prática de Agricultura (atual Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP). A Pinacoteca de São Paulo atualmente guarda quatro cerâmicas do artista.[6]

Crítica[editar | editar código-fonte]

O painel de azulejos no Museu de Itu, realizado em 1942, foi descrito por Taunay: “notam-se no fundo do quadro os toscos edifícios do arraial que desponta, a igreja de Nossa Senhora da Candelária, em cuja fachada está a sineta da convocação dos fiéis à missa e de rebate dos bons vassalos para as ocasiões do serviço d'El Rei, e as singelas casinhas cobertas de palha dos moradores. Ainda no mesmo plano, duas árvores gigantescas, colossais jataís que ainda duraram muito e cuja lembrança longamente viveu na memória dos ituanos. Em frente à igrejinha, sogro e genro, Domingos Fernandes e Cristóvão Diniz observam a execução do trabalho que acabam de encomendar aos seus servos: o chantamento do primeiro e tosco cruzeiro da nova povoação. Pelas portas das palhoças e pelo Largo, brancos e índios assistem à piedosa cerimônia. No listão da moldura que enquadra a composição, lê-se: Itu, boca do Sertão. E realmente naquela época (1610) era o novo povoado o núcleo civilizado mais distante do litoral existente em todo o Brasil (cerca de 160 quilômetros). Domina o quadro a cruz da Ordem de Cristo, sobre cujo braço vertical se estampa o círio aceso, atributo simbólico da Senhora da Candelária”.[7]

Exposições[editar | editar código-fonte]

O artista participou de exposições individuais e coletivas:[8]

  • Salão Paulista de Belas Artes (6. : 1939 : São Paulo, SP);[9]
  • 14º Salão Paulista de Belas Artes; [10]
  • Salão Paulista de Belas Artes (15 : 1949 : São Paulo, SP);[11]
  • Salão Paulista de Belas Artes (16. : 1951 : São Paulo, SP);[12]
  • 17º Salão Paulista de Belas Artes;[13]
  • 2º Salão de Belas Artes de Piracicaba;[14]
  • 19º Salão Paulista de Belas Artes;[15]
  • Salão Paulista de Belas Artes (21. : 1957 : São Paulo, SP).[16]

Galeria[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. BREFE, Ana Claudia Fonseca (2005). O museu paulista: Affonso de Taunay e a memória nacional, 1917-1945. São Paulo: Unesp 
  2. «Antonio Luis Gagni». Google Arts & Culture. Consultado em 25 de março de 2020 
  3. «A história contada em azulejos». Revista Espaço Aberto. 2013. Consultado em 25 de março de 2020 
  4. Bens imóveis tombados ou em processo de tombamento da USP. [S.l.]: Universidade de São Paulo. Comissão de Patrimônio Cultural. 1999 
  5. «Antonio Luis Gagni». Enciclopédia Itaú Cultural. 23 de fevereiro de 2017. Consultado em 25 de março de 2020 
  6. «Das aquarelas aos azulejos». Revista Campo & Cidade. Consultado em 25 de março de 2020 
  7. «Patrimônio: Lazer & Turismo - Revista Eletrônica - UNISANTOS» 
  8. Cultural, Instituto Itaú. «Antonio Luis Gagni» 
  9. Cultural, Instituto Itaú. «Salão Paulista de Belas Artes (6. : 1939 : São Paulo, SP)» 
  10. Cultural, Instituto Itaú. «14º Salão Paulista de Belas Artes» 
  11. Cultural, Instituto Itaú. «Salão Paulista de Belas Artes (15 : 1949 : São Paulo, SP)» 
  12. Cultural, Instituto Itaú. «Salão Paulista de Belas Artes (16. : 1951 : São Paulo, SP)» 
  13. Cultural, Instituto Itaú. «17º Salão Paulista de Belas Artes» 
  14. Cultural, Instituto Itaú. «2º Salão de Belas Artes de Piracicaba» 
  15. Cultural, Instituto Itaú. «19º Salão Paulista de Belas Artes» 
  16. Cultural, Instituto Itaú. «Salão Paulista de Belas Artes (21. : 1957 : São Paulo, SP)»