Atalaia da Cabeça Magra

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Atalaia da Cabeça Magra
Construção D. Dinis (séc. XIII)
Estilo gótico
Conservação Ruínas
Homologação
(IGESPAR)
IIP
(DL 1/86, DR 2 de 03-01-1986)
Aberto ao público Sim
Site IHRU, SIPA988
Site IGESPAR74664

A Atalaia da Cabeça Magra, também designada por Atalaia Magra ou Monumento da Atalaia Magra, é uma torre defensiva que funcionou como atalaia localizada no Monte da Atalaia, na freguesia de Moura (Santo Agostinho e São João Batista) e Santo Amador, no município de Moura, distrito de Beja, em Portugal.[1][2]

A Atalaia da Cabeça Magra encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1986.[2]

História[editar | editar código-fonte]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

No local, elevado e com boa visibilidade, encontraram-se vestígios de um castro da Idade do Ferro assim como de apropriações posteriores, nomeadamente romana[1].

A atalaia medieval[editar | editar código-fonte]

À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, a região foi conquistada em 1166 aos mouros por D. Afonso Henriques (1112-1185).

Sob o reinado de D. Dinis (1279-1325), por volta do final do século XIII, foi erguido um conjunto de quatro atalaias, vigiando este troço da fronteira com Castela: a Atalaia da Cabeça Gorda, a Atalaia da Cabeça Magra, a Atalaia de Alvarinho e a Atalaia de Porto Mourão. Observe-se que à época, na região, o mesmo soberano promovia a remodelação do Castelo de Moura, datando de 1290 a sua Torre de Menagem.

A Atalaia Magra ergue-se no alto de uma colina ocupada primitivamente por um castro da Idade do Ferro. Constitui-se numa simples torre de vigia isolada, que se comunicava visualmente com o Castelo de Moura e com as demais atalaias.

Os nossos dias[editar | editar código-fonte]

Hoje, devoluto e parcialmente em ruínas, única sobrevivente do conjunto, encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público por Decreto publicado em 3 de Janeiro de 1986.[3]

Características[editar | editar código-fonte]

Simples torre em alvenaria de pedra miúda, apresenta planta circular com cerca de quatro metros de diâmetro por doze metros de altura. A pouco mais de um metro do solo em seu muro rasga-se uma porta em arco ogival, no estilo gótico, primitivamente acedido, acredita-se, por escada de madeira removível. Os muros a Oeste apresentam ruína parcial. Nos remanescentes observam-se três pequenas janelas quadrangulares. O interior da torre era originalmente dividido em dois pavimentos, o inferior recoberto por abóbada de pedra e o superior por traves de madeira, hoje desaparecido. O acesso aos pavimentos faz-se por escada de pedra, em caracol.

A torre estaria originalmente inscrita num recinto muralhado, do qual restam apenas alguns vestígios.

Ao contrário da Atalaia Magra, as de Porto Mourão, da Cabeça Gorda e de Alvarinho apresentavam planta quadrangular.

Referências

  1. a b «DGPC | Pesquisa Geral». www.patrimoniocultural.gov.pt. Consultado em 5 de julho de 2020 
  2. a b Ficha na base de dados SIPA
  3. Atalaia da Cabeça Magra na base de dados Ulysses da Direção-Geral do Património Cultural
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Ver também[editar | editar código-fonte]