Batalha de Jowhar

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Batalha de Jowhar
Guerra na Somália (2006–2009)
Data 27 de dezembro de 2006
Local Jowhar, Somália
Desfecho Vitória das forças da Etiópia e do Governo Transicional Federal.
Beligerantes
União dos Tribunais Islâmicos
Milícias pró-islâmicas
Mujahideen estrangeiros
Somália Governo Transicional Federal
 Ethiopia[1][2][3]

Batalha de Jowhar foi uma batalha da Guerra da Somália em 2006 travada entre a União dos Tribunais Islâmicos (UTI) e milícias afiliadas contra as forças da Etiópia e do Governo Transicional Federal da Somália pelo controle da cidade de Jowhar. Começou em 27 de dezembro de 2006 durante a retirada das forças da União dos Tribunais Islâmicos que reagruparam-se perto de seu reduto de Jowhar. [4] Tornou-se a última grande cidade e reduto estratégico da União dos Tribunais Islâmicos a cair para as forças etíopes e do Governo Transicional Federal antes que esses últimos chegassem a Mogadíscio dois dias depois. [4]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Depois de não conseguir conter o avanço das forças etíopes e do Governo Transicional Federal na Batalha de Baidoa, a União dos Tribunais Islâmicos deu inicio ao que chamou de "recuo tático", partindo das linhas de frente em direção a Mogadíscio. Jowhar, uma grande cidade que havia sido tomada da Aliança para a Restauração da Paz e Contra o Terrorismo (ARPCT) em junho, tornou-se um reduto da União dos Tribunais Islâmicos e foi para onde muitos se retiraram. Centenas de refugiados civis fugiram de Jowhar em antecipação aos combates, aumentando as preocupações humanitárias criadas por enchentes, fome e doenças. [4][5]

Batalha[editar | editar código-fonte]

Relatos de Jowhar afirmavam que os combates começaram em 27 de dezembro na cidade de Jimbale. [4] Combatentes islamistas usaram canais de irrigação como fortificações de defesa da cidade em uma tentativa de deter uma retirada geral. Foi relatado ter sido tomado pelas forças etíopes e do Governo Transicional Federal em um ataque do alvorecer, usando artilharia, morteiros e metralhadoras pesadas. O ex-senhor da guerra e ex-governante de Jowhar, Mohammed Dheere, liderou o ataque. [6]

Às 10h da manhã, as forças islamistas foram retiradas da cidade. [7] Às 10h30, testemunhas informaram ter visto tropas etíopes fortemente armadas com tanques entrando no antigo reduto da UTI. As baixas eram desconhecidas naquele momento.[8] Alguns relatos afirmavam que os soldados da União dos Tribunais Islâmicos saíram sem lutar. Segundo uma testemunha, as forças islamistas retiraram-se da cidade antes que as tropas etíopes pudessem avançar.[6]

No entanto, os combates ainda podiam ser ouvidos em um acampamento militar ao sul de Jowhar. [6]

Resultado[editar | editar código-fonte]

A perda de Jowhar levou a União dos Tribunais Islâmicos a recuar ainda mais para Balad, em Shabeellaha Dhexe, a 30 quilômetros de Mogadíscio. Isso criou caos na cidade, de acordo com algumas fontes, incluindo pilhagens. [8]

Em seu retorno, o senhor da guerra Dheere declarou à multidão após a batalha: "Atacaremos Mogadíscio amanhã, a partir de duas direções." Ele referia-se ao avanço que estava ocorrendo na estrada principal entre Baidoa e Mogadíscio, onde sons de batalha ainda podiam ser ouvidos no vilarejo de Leego. Combates também são relatados em um acampamento militar ao sul de Jowhar.

Após a batalha em Jowhar, milhares de soldados etíopes e somalis alinhados ao governo, acompanhados de tanques, continuaram avançando para o sul em direção a Balad, a próxima grande cidade a caminho da capital (30 km ao norte de Mogadíscio); passando pela aldeia de Qalimow (40 km, 25 milhas ao norte de Balad), conforme relatado por um morador local. No final do dia, ocupariam Balad, onde a coluna fez uma parada para evitar causar vítimas civis em Mogadíscio. [9]

Referências

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Battle of Jowhar».