Batalha de Tessalônica (1040 - II)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Batalha de Tessalônica.
Batalha de Tessalônica
Guerras bizantino-búlgaras

Depois de seu fracassado ataque à Tessalônica, o exército búlgaro, comandando por Alusiano, bate em retirada.
Data Outono de 1040
Local Tessalônica, Grécia
Coordenadas 40° 39' N 22° 54' E
Desfecho Vitória bizantina
Beligerantes
Primeiro Império Búlgaro Império Búlgaro Império Bizantino Império Bizantino
Comandantes
Primeiro Império Búlgaro Alusiano Império Bizantino Desconhecido
Forças
40 000 Desconhecida
Baixas
15 000 Desconhecidas
Tessalônica está localizado em: Grécia
Tessalônica
Localização de Tessalônica no que é hoje a Grécia

A Batalha de Tessalônica (português brasileiro) ou Batalha de Salonica (português europeu) (em búlgaro: Битка при Солун; em grego: Μάχη της Θεσσαλονίκης) foi travada no outono de 1040 perto da cidade de Tessalônica, na moderna Grécia, entre as forças rebeldes búlgaras e o exército bizantino, terminando em vitória bizantina.

Origem do conflito[editar | editar código-fonte]

As notícias sobre as vitórias da Revolta de Pedro Deliano, que irrompeu no início de 1040 em Belgrado, logo alcançaram a Armênia, onde muitos nobres búlgaros foram reassentados depois da queda do Primeiro Império Búlgaro em 1018. O mais influente deles era Alusiano, o segundo filho do último imperador da Bulgária João Vladislau (r. 1015-1018). Vestido como um mercenário, ele seguiu para Constantinopla e, de lá, conseguiu chegar à Bulgária, apesar dos estritos controles.

A batalha[editar | editar código-fonte]

Sua chegada significou ainda mais tensões no campo rebelde, pois Alusiano também poderia reivindicar o trono, mas ele manteve sua linhagem em segredo até que conseguisse encontrar aliados. Pedro II Deliano recebeu o primo de braços abertos, apesar de saber que ele poderia ser um potencial candidato à sua coroa. Ele deu-lhe um exército de 40 000 para que ele atacasse Tessalônica, a segunda maior cidade bizantina.

Alusiano se mostrou um general incapaz: quando ele chegou na cidade, atacou o exército bizantino sem antes descansar as tropas. Os búlgaros não conseguiram lutar de forma efetiva e acabaram derrotados, sofrendo pesadas perdas - 15 000 morreram ali mesmo. Alusiano fugiu do campo de batalha e deixou suas forças para trás.

Consequências[editar | editar código-fonte]

A catástrofe em Tessalônica piorou as relações entre Pedro e Alusiano, pois Pedro desconfiava que Alusiano, envergonhado pela derrota, fosse traí-lo, mas nada fez. Alusiano decidiu então agir primeiro e, depois de uma festa no início de 1041, cegou o imperador. Alusiano ainda tentou seguir com a revolta, mas foi derrotado novamente e decidiu mudar de lado, abandonando seu exército novamente, pelo que foi ricamente recompensado.

Mesmo cego, Pedro II Deliano enfrentou os bizantinos com o que restava do exército medieval búlgaro, mas foi derrotado na obscura Batalha de Ostrovo no final de 1041 e sua revolta foi finalmente esmagada.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]