Belchior da Rosa

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Belchior da Rosa
Nascimento Aproximadamente 1543
Reino de Portugal
Morte Data desconhecida
Olinda, Brasil Colônia
Nacionalidade Portugal Portugal
Progenitores Mãe: Susana Nunes
Pai: Álvaro Nunes
Cônjuge Antônia Soares
Filho(a)(s) João e Antônio (dentre outros)
Ocupação Senhor de Engenho

Belchior da Rosa (Porto, Reino de Portugal, 1543 - Olinda, Capitania de Pernambuco, em data desconhecida) foi um cristão-novo e um dos primeiros colonizadores portugueses a se tornarem senhores de engenho no Brasil.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho do médico portuense Álvaro Nunes e de Susana Nunes, Belchior chegou ao Brasil por volta de 1563, tornando-se senhor de engenho. De sua união com Antônia Soares, nasceram dois meninos e uma menina cujo nome se desconhece, mas que futuramente viria a se casar com Jorge Teixeira de Albuquerque, neto de Jerônimo de Albuquerque, de quem Belchior foi amigo e testamenteiro[1]. Quanto aos filhos homens, foram dois: João da Rosa, tabelião em Pernambuco; e Antônio da Rosa[2].

No dia 30 de outubro de 1593, compareceu diante do inquisidor Heitor Furtado de Mendonça, assumiu ser cristão-novo e declarou ter "cinquenta anos mais ou menos", residindo em Olinda há aproximadamente trinta anos[3]. Apesar de assumir ter origem judaica, nenhuma suspeita foi levantada contra Belchior, que chegou a ser procurador dos padres da Companhia de Jesus[4].

Descendentes[editar | editar código-fonte]

Os descendentes de Belchior da Rosa proliferaram por toda a Região Nordeste do Brasil. Em 2015, Portugal sancionou decreto-lei que concede naturalização portuguesa aos descendentes de Belchior da Rosa e outros sefarditas, como forma de reparação aos judeus que foram forçados à conversão[5][6].

Referências

  1. Cândido Pinheiro Koren de Lima. Albuquerque: A Herança de Jerônimo, O Torto (2012: Fundação Gilberto Freyre; pg. 17, 58, 85, 170, 184, 246, 335, 419, 439, 440, 509, 510, 548, 550, 558, 559). [S.l.: s.n.] ISBN 978-85-8519713-1 
  2. «Base de dados BRASILHIS: Belchior da Rosa». Consultado em 12 de julho de 2020 
  3. Heitor Furtado de Mendonça. Denunciações de Pernambuco (1984: Governo do Estado de Pernambuco, pg. 28). [S.l.: s.n.] 
  4. Eduardo Bezerra Neto (2016). «Revista do Instituto do Ceará (pg. 33-34)» (PDF). Consultado em 12 de julho de 2020 
  5. «Brasileiros comprovam descendência com judeus sefarditas e conseguem cidadania portuguesa». 10 de janeiro de 2019. Consultado em 12 de julho de 2020 
  6. «Decreto-Lei nº 30-A/2015». 27 de fevereiro de 2015. Consultado em 12 de julho de 2020