Benedito Geraldo Ferraz Gonçalves

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Se procura pelo historiador brasileiro, veja Geraldo Ferraz de Sá Torres Filho.
Benedito Geraldo Ferraz Gonçalves
Nascimento 1905
Campos Novos Paulista
Morte 15 de setembro de 1979
Santos
Cidadania Brasil
Cônjuge Pagu
Ocupação jornalista, escritor, crítico literário, romancista
O casal Geraldo Ferraz e a pintora Wega Nery

Benedito Geraldo Ferraz Gonçalves, publicamente conhecido como Geraldo Ferraz (Campos Novos Paulista, 1905Santos, 15 de setembro de 1979), foi um escritor, jornalista e crítico literário brasileiro. Fez parte do movimento modernista junto com Oswald de Andrade e Raul Bopp, participando como secretário da Revista de Antropofagia em 1929.

Publicou seu primeiro ensaio em 1927[1]

Em 1933 fundou o jornal O Homem Livre e, juntamente com Mário Pedrosa, Patrícia Galvão, Hilcar Leite e Edmundo Moniz, participou do jornal a Vanguarda Socialista durante os anos de 1940-46, foi também fundador do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo [2].

Casou-se em 1940 com Patrícia Rehder Galvão (Pagu) com quem teve um filho, Geraldo Galvão Ferraz. [3][1]. Viveu com ela até 1962, ano em que Pagu morreu. Em 1963, conheceu a desenhista e pintora Wega Nery (1912-2007), sendo seu companheiro até sua morte, em 1979. Além de ser um dos incentivadores da pintora, também escreveu o livro "Wega Liberta em Arte", publicado em 1974, sobre a produção artística de Wega.

Trabalhou nos jornais A Tribuna de Santos, O Estado de S. Paulo, Folha da Noite e Diário da Noite. Fundou e foi secretário do Correio da Tarde.

Adaptação ao cinema[editar | editar código-fonte]

Em 1978 teve seu romance Doramundo adaptado para o cinema numa premiada versão. Com direção de João Batista de Andrade, o filme mostra a mudança provocada na rotina e no comportamento dos habitantes de uma pequena cidade ferroviária do interior de São Paulo por uma sucessão de mortes estranhas. A Companhia que explora a estrada de ferro resolve intervir temendo a repercussão jornalística dos acontecimentos. O roteiro teve a versão inicial feita por Vladimir Herzog.

Obras[editar | editar código-fonte]

  • A Famosa Revista - Romance 1945 (em colaboração com Patrícia Galvão). Ed. América
  • Doramundo - Romance 1956. Capa e ilustrações Lívio Abramo. Centro de Estudo Fernando Pessoa de Santos
  • Depois de Tudo- Biografia 1983. Paz e Terra
  • O Empolgante Caso do Romance Policial. Abril Cultural
  • Guernica Poema Vozes do Quadro de Picasso - Poesia. Editora: Massao Ohno, 1962.
  • Km 63 - Conto - 1979
  • Retrospectiva - Figuras Raízes e Problemas da Arte Contemporânea. Cultrix, 1975.
  • Viva Pagu : Fotobiografia de Patrícia Galvão Lúcia Mª Teixeira Furlani & Geraldo Galvão Ferraz. Editora: Imesp,2010.
  • Warchavchik e a introdução da nova arquitetura no Brasil: 1925 a 1940 Editora: Museu de Arte de São Paulo, 1965. Prefácio de P. M. Bardi
  • Wega Liberta em Arte - (1954-1974). 1975, Ed São Paulo.
  • 50 Xilogravuras Lasar Segall. Miranda, Murilo/ Ferraz, Geraldo/Drummond de Andrade. Ed. Record,1967

Referências

  1. a b Itaú Cultural. «Geraldo Ferraz». Consultado em 25 de maio de 2023 
  2. «Geraldo Ferraz: a imprensa como plataforma de lançamento». Consultado em 5 de setembro de 2012 
  3. «Pagu e Geraldo Ferraz». UNICAMP. Consultado em 25 de maio de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]