Comedocarcinoma

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Ductal carcinoma in situ
Comedocarcinoma
Histopatologia de um comedocarcinoma com muita necrose (colorido de violeta no centro do ducto mamário).
Classificação e recursos externos
CID-10 D05.1
CID-ICD-O 8501/3
CID-11 1065619898
MeSH D002285
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Comedocarcinoma ou carcinoma ductal in situ tipo comedo é um tipo de lesão pré-maligna dos ductos mamários que deve ser removido por seu risco elevado de tornar-se um câncer de mama invasivo. É diagnosticado com uma mamografia como uma ou várias massas calcificadas e muitos restos celulares que podem obstruir a passagem de leite. Geralmente exige radioterapia e cirurgia. Com o tratamento a mortalidade é menor a 2%.[1]

Histologia[editar | editar código-fonte]

É um tipo de carcinoma intraductal in situ de alto grau nuclear caracterizado pela presença de material de necrose de coagulação central e de restos celulares nos ductos mamários. [2]

Carcinomas ductal tipo comedo possuem tipicamente uma grande matriz extracelular de proteínas, uma lâmina basal alterada, e também uma matriz de colágeno mais solta e desorganizada. Em geral, verifica-se um aumento da celularidade estromal em carcinomas da mama tipo comedo, incluindo a presença de fibroblastos, linfócitos, histiócitos e pequenos vasos sanguíneos. Os espaços intercelulares entre grandes células mioepiteliais laterais que fazem fronteira com a lâmina basal são frequentemente expandidos quando comparados com os carcinomas intraductais de outros tipos. Algumas destas características pode desempenhar algum papel em seu aparente "maior potencial infiltrante".[3]

Tratamento[editar | editar código-fonte]

Não responde a terapia anti-estrógeno, como tamoxifeno, portanto geralmente se usa radioterapia para preparar para uma remoção cirúrgica (lumpectomia). A cirurgia precisa de uma margem um pouco maior por seu maior potencial invasivo. O risco de recorrência em 5 anos é de 8% após tratamento com radioterapia e lumpectomia, mas o prognóstico é muito positivo com menos de 2% de mortalidade em 10 anos após o diagnóstico.[3]

Referências

  1. Kelly TA, Kim JA, Patrick R, Grundfest S, Crowe JP. Axillary lymph node metastases in patients with a final diagnosis of ductal carcinoma in situ. Am J Surg 2003; 186:368–70 [PMID 14553852]
  2. https://mastologia.wordpress.com/2008/06/07/carcinoma-intraductal-da-mama-i/
  3. a b http://breast-cancer.ca/comed-carc/