Constantino Maniaces

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Constantino Maniaces
Nacionalidade Império Bizantino
Etnia Armênia
Ocupação Oficial cortesão
Título
Religião Cristianismo
Soldo de ouro do imperador Teófilo (r. 827–842)
Soldo cunhado durante a regência de Teodora e Teoctisto. O imperador Miguel III, o Ébrio (r. 842–867) está a esquerda

Constantino Maniaces (em latim: Κωνσταντῖνος Μανιάκης; fl. c. 830–866) foi um oficial cortesão sênior bizantino de meados do século IX. Inicialmente um refém bizantino, logo adquiriu a confiança imperial e ascendeu na hierarquia cortesã sendo nomeado para postos seniores como de drungário da guarda, patrício e logóteta do dromo. Além disso, esteve envolvido nos eventos cortesões do momento, como a execução de Teoctisto e as intrigas em torno dos patriarcas João VII Gramático e Fócio.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Maniaces foi provavelmente descendente de uma família nobre armênia. Veio para a corte bizantina no reinado do imperador Teófilo (r. 829–842) como parte da delegação de príncipes armênios, e foi deixado na capital bizantina, Constantinopla, como um refém. Sua inteligência e qualidades físicas logo marcaram-o, e ele rapidamente ganhou a confiança de Teófilo e ascendeu na hierarquia cortesã. Pelo fim do reinado de Teófilo, foi drungário da guarda. Manteve o posto após a morte de Teófilo, e em 843 reforçou a deposição do patriarca João VII Gramático, que mais tarde falsamente acusou Maniaces de torturá-lo.[1][2]

Sua influência na corte imperial foi alta durante a regência da imperatriz Teodora e Teoctisto, bem como depois, durante o reinado único de Miguel III, o Ébrio (r. 842–867). Posteriormente ascendeu ao posto de patrício e logóteta do dromo ("logóteta postal"), o último em 866-867 de acordo com Rodolphe Guilland. Após a queda de Teoctisto em 855, arquitetada pelo irmão de Teodora, Bardas, Maniaces tentou em vão salvar Teoctisto da execução. Maniaces foi um dos apoiantes de Basílio I, o Macedônio (r. 867–886) durante seus primeiros dias na corte imperial. De acordo com José Genésio e outros cronistas bizantinos, Maniaces esteve relacionado com o futuro imperador, que também foi de ascendência armênia. Maniaces foi também um oponente firme do patriarca Fócio e consequentemente um amigo e aliado de Inácio I, o rival de Fócio, mesmo tendo auxiliado-o durante a prisão deste último por ordens de Bardas. Durante o assassinato de Bardas por Basílio I, o Macedônio em abril de 866, Constantino protegeu Miguel III durante o tumulto subsequente. Ele foi um dos parceiros de Miguel III no passatempo favorito do imperador, corrida de bigas, e é mencionado pela última vez nas corridas realizadas em 1 de setembro de 866 no hipódromo do palácio de São Mamas.[1][2]

Família[editar | editar código-fonte]

Tradicionalmente, Constantino Maniaces foi identificado como pai de Tomás, um patrício e logóteta no começo do século X, e como pai ou avô do historiador Genésio, mas a pesquisa mais recente levantada por Karlin-Hayter e Tadeusz Wasilewski minou esta hipótese.[3]

Referências

  1. a b Winkelmann 2000, p. 578.
  2. a b Guilland 1967, p. 569.
  3. Winkelmann 2000, p. 578, 579.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Guilland, Rodolphe (1967). Recherches sur les Institutions Byzantines, Tome I. Berlim: Akademie-Verlag