Discussão:História de Alfenas

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CUIDADO COM O PLURAL DOS NOMES PRÓPRIOS[editar código-fonte]

(Flexão numérica: Plural de nomes próprios)

A Grámatica Portuguesa é belíssima e muito rica. O próprio texto do artigo já nos ensina muito bem:

"Continuando com Napoleão Mendes de Almeida, o autor observa no inciso 2, que nos nomes compostos, só um elemento do composto varia quando só ele é variável: o Pires de Camargo, os Pires de Camargo; o Oliveira Pires, os Oliveiras Pires. Tal é o caso do sobrenome Martins Alfena ! Ora, Martins já está no plural, portanto não pode variar, restando a flexão numérica apenas ao nome Alfena. Portanto diz-se os MARTINS ALFENAS ou a FAMÍLIA MARTINS ALFENA, ou os ALFENAS ou a FAMÍLIA ALFENA. Esta é a norma culta da língua Portuguesa, que os antigos tanto prezavam. Portanto não procede a afirmação contida em Pioneiros Desconhecidos : "Os Martins Alfena (sic) também foram pioneiros. Trouxeram o seu nome da Alfena portuguesa. Aqui foi-lhe acrescentado um ‘S’, que tornou o nome mais elegante e mais sonoro" (cf. AYER, Aspásia Vianna Manso Vieira – Pioneiros Desconhecidos –Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais – Volume XX – Imprensa Oficial-BH-MG – 1986 - p. 96)."

  • "Comentando o Comentário": Ao ler o comentário acima, fica nítido que Ayer não tinha conhecimento profundo da Gramática Portuguesa.

O usuário Gabriel6195g cometeu diversos atos de vandalismo no dia 06/02/2010, no artigo "História de Alfenas", basta rever as suas edições. Trocando diversos nomes e sobrenomes nas suas edições, inclusive substituindo-os por palavras chulas e ofensivas. Há de haver um administrador que o bloqueie!!!

PROCEDÊNCIA DA FAMÍLIA MARTINS ALFENA[editar código-fonte]

O periódico da cidade de Alfenas chamado "Jornal dos Lagos", em sua edição de sábado, 09/04/2011, na página 8, traz uma reportagem intitulada "Alfena de Portugal", tratando da elevação daquela localidade portuguesa da condição de vila à de cidade.
Muito boa a reportagem, exceto pelo fato de informar que: "Há tempos o atual secretário de Administração Daniel de Carvalho vem pesquisando a Alfena portuguesa. Ele tenta descobrir se os Martins que vieram para Alfenas são de lá"! Não há o que descobrir! Isto já foi muito pesquisado e estudado e, realmente, a família Martins Alfena é a mesma família Martins Borralho, procedente da localidade portuguesa de Alfena, que ao vir para o Brasil acrescentou o nome de seu lugar de origem ao seu sobrenome.
A título de conhecimento, eis o tronco e algumas figuras importantes para a História de Alfenas:

TRONCO: Manuel Antônio e de Isabel Martins Borralho casaram-se em 12 de novembro de 1694, na freguesia de São Vicente de Alfena, Concelho de Valongo, Distrito, Comarca e Diocese do Porto, na província de Douro Litoral, Portugal Foram pais de:

  • F 1- Francisco Martins Borralho batizado em 4 de outubro de 1707, na freguesia de São Vicente de Alfena. Junto com seu irmão José, veio para o Brasil na primeira metade do século XVIII, onde se instalou em Aiuruica-Minas Gerais e cerca de 1738 casou com Sebastiana Francisca Maciel, com quem teve 10 filhos, dentre eles:
    • N-1 Alferes José Martins Alfena que foi um dos primeiros moradores de Alfenas, tendo sido batizado em 4 de agosto de 1739, em Aiuruoca,. Em 21 de agosto de 1775 na Matriz do Pilar, São João del Rei, casou-se com Josefa Barbosa Amaral Magalhães, nascida em São João del Rei, filha de João Peixoto do Amaral e de Ana Barbosa Magalhães Silveira. Estabeleceu a fazenda Boa Vista, em Alfenas.
    • N-2 Francisco Martins Alfena foi batizado em 19 de março de 1743, em Aiuruoca, onde em 25 de janeiro de 1761 casou-se com Joana de Sousa, nat. de Prados, f.a de João Rodrigues Pugas e de Catarina de Sousa. Faleceu em Serranos-MG, em janeiro de 1774, pelo que não foi para a região da futura cidade de Alfenas, com seus irmãos e primos. Dentre seus filhos:
      • B-1 Dorotéia Maria de Jesus, tutelada do tio José Martins Borralho, que se casou com Antônio José Ramos, filho de Bento de Siqueira Leme (dono de parte da Fazenda Boa Vista) e de Francisca Leme da Silva.
    • N-3 Tenente Joaquim Martins Borralho que foi um dos primeiros moradores de Alfenas, tendo sido batizado em 4 de fevereiro de 1745 em Aiuruoca. Em 27 de janeiro de 1773, na Capela do Turvo, filial de Aiuruoca, casou-se com Ana Joaquina Pereira, nascida em São João del Rei e falecida em 1850 em Alfenas, filha de Manuel Pereira dos Santos e de Isabel Pereira.
    • N-4 João Martins Alfena que foi um dos primeiros moradores de Alfenas, tendo sido batizado em 29 de junho de 1749 em Aiuruoca. Em 1798, já residia em Alfenas, sendo ainda solteiro e morador na Fazenda Boa Vista. Casou-se com Ana Custódia da Silveira, falecida em 20 de fevereiro de 1824 em Alfenas, f.a do Capitão João Peixoto do Amaral e de Ana Barbosa de Magalhães.
      • B-1 Delfina Custódia da Silveira nascida cerca de 1799 em Campanha, falecida em Alfenas, com testamento datado de 13 de setembro de 1843, onde reconhece os filhos tidos com o Padre Venâncio José de Siqueira, com quem teve uma “sociedade”, conforme declara no testamento. Dentre estes:
        • T-1 Cônego José Carlos Martins nascido a 01 de fevereiro de 1815, em Alfenas; falecido a 07 de fevereiro de 1904, em Alfenas. Por 19 anos, coadjutor e, depois, Pároco de Alfenas, por mais 47 anos.
    • N-5 Antônio Martins Maciel batizado em 12 de junho de 1762 em Aiuruoca, era solteiro em 1798 e morador em Alfenas, então pertencente a Cabo Verde.
  • F 2- José Martins Borralho José Martins Borralho, batizado em 28 de fevereiro de 1716, na freguesia de São Vicente de Alfena, Concelho de Valongo. Junto com seu irmão Francisco, veio para o Brasil na primeira metade do século XVIII, onde se instalou em Aiuruica-Minas Gerais. Cerca de 1745, casou-se com Teodora Barbosa de Lima, nascida em Lorena, filha do Sargento-mor Francisco Barbosa de Lima e de Francisca Leite de Moraes. Pais, dentre outros de:
    • N-1 Francisco Martins Barbosa, batizado em 1 de agosto de 1765, em Aiuruoca. Em Cabo Verde, casou-se com Ana Gertrudes de Oliveira, nascida na Campanha, filha de José de Moraes Góes e de Inês Domingues de Lima. Teve, dentre outros :
      • B -1 Manuel Martins Barbosa nascido em 30 de setembro, no atual território de Alfenas, e batizado em 7 de outubro de 1787, em Cabo Verde, que foi C.c. Ana Joaquina
    • N-2 Capitão Joaquim Martins Borralho, nascido antes de 1769 em Aiuruoca, e falecido a 23 de maio de 1827, foi um dos primeiros moradores de Alfenas, tendo sido proprietário das fazendas: Pedra Branca (junto ao ribeirão do mesmo nome), Serra Azul e Rio Pardo, em Alfenas. Em 20 de fevereiro de 1786, em Aiuruoca, casou-se com Maria Francisca da Silva, nascida neste lugar, em 15 de agosto e batizada em 24 de agosto de 1767, filha de Pedro Silva e de Francisca Vieira.

DÚVIDAS: Dificuldade com a Paleografia ou registro intencional? Pedra Branca?[editar código-fonte]

Pesquisando várias publicações sobre a História de Alfenas, num dos artigos da Prefeitura Municipal de Alfenas (http://epidemiologia.alfenas.mg.gov.br/download/historia_alfenas.pdf) encontrei a seguinte citação de Aspásia Vianna Manso Vieira Ayer: “O Padre Venâncio teria feito o pedido no intuito de homenagear o casal João Martins Alfena Menel e sua esposa Tereza Joaquina Menel. A homenagem seria uma forma de agradecimento pelo fato do casal ter criado o menino José, exposto em sua casa no dia 3 de fevereiro de 1815”. Porém, em todas as obras genealógicas sobre o assunto, principalmente a de Eduardo Dias Roxo Nobre (A Sociedade do Padre Venâncio… Uma vocação familiar. In Revista da ASBRAP, Nº 5 –RUMOGRAF – Indaiatuba-SP – 1998) encontra-se que “José Carlos Martins e seus irmãos foram expostos na casa de seus tios maternos João Martins Alfena e Teresa Joaquina Maciel, ambos irmãos de sua mãe, Delfina Custódia da Silveira”, com a ressalva de que “foram criados pela mãe, com a tutela dos tios" (irmãos dela). Portanto, João e Teresa eram irmãos entre si e não casados um com o outro. Mas, fica uma dúvida: Aspásia Vianna Manso Vieira Ayer não teria conseguido ler os registros com letras antigas (paleográficos) ou teria intencionalmente modificado o sobrenome “Maciel” para “Menel”, para não informar que o Cônego José Carlos pertencia (de sangue) à família Martins Alfena? No mesmo artigo da Prefeitura de Alfenas encontra-se a citação: “a julgar pelo tom apaixonado da autora, quem nos garante que ela, assim como o Padre Venâncio, não estaria agindo movida por seus interesses pessoais”. Outra dúvida: teria havido manipulação por parte de Ayer quanto ao nome “Pedra Branca” da “Fazenda Pedra Branca” (localizada em Alfenas e de propriedade do Capitão Joaquim Martins Borralho cf. http://www.projetocompartilhar.org/DocsMgGL/joaquimmartinsborralho1827.htm) e da “Sesmaria da Pedra Branca” (localizada em Campos Gerais e de propriedade de Domingos Vieira e Silva) ?

FONTES DAS INFORMAÇÕES?[editar código-fonte]

Cada vez que vejo uma análise dos textos de Aspásia, fico espantado. Trata-se de um gênio criativo, de um espírito poético sonhador, ou de alguém que fez alterações intencionais? Refiro-me à informação sobre os pais de Domingos Vieira da Silva. É impressionante como o pai - Francisco Vieira da Silva - virou o “fidalgo português Domingos Vieira” e a mãe - Catarina Luís - se tornou “Maria da Silva, portuguesa também de nobre estirpe”. Também os lugares de nascimento foram trocados. Para o pai, a Freguesia de Brito, em Guimarães, passou a ser “Vieira do Minho”; já para a mãe, Guimarães passou a ser a freguesia de Silva, que a autora chamou de “Distrito de Silva” e afirmou ficar no Concelho de Braga, sendo que esta freguesia fica no Concelho de Barcelos. Quanto ao local de nascimento de Domingos Vieira da Silva, que Aspásia registra como “Vieira e Silva”, apesar de todos os documentos grafarem “DA Silva” a autora informa que ele “nasceu no Distrito do Concelho de Braga”, quando na verdade ele nasceu em na freguesia de Brito, Concelho de Guimarães. Pesquisada também a afirmação de que Domingos era “ligado a Funchal, na Ilha da Madeira por tradição familiar”, nada foi encontrado. Fica-me uma dúvida atroz: podemos confiar nas outras informações de Aspásia Vianna Manso Vieira Ayer? Teria ela criado também outros dados? O assunto me interessa e tenho procurado exaustivamente as fontes por ela referidas e, como afirmaram os historiadores da Prefeitura de Alfenas, posso confirmar que "... suas indicações bibliográficas não são precisas: muitas delas não nos permitem precisar as fontes em que se baseou e nem mesmo sua localização". A história se faz por métodos científicos, com preocupação com a verdade, com a imparcialidade, com o método, com a análise crítica de causas e consequências, tempo e espaço.

A PRÓPRIA OBRA DE ASPÁSIA RESPONDE[editar código-fonte]

Ao leitor acima, que tem dúvida sobre as "FONTES DAS INFORMAÇÕES", recomendo ler a própria obra de Aspásia. Em “Pioneiros Desconhecidos”, ela transcreve o escritor austríaco Stefan Zweig, que faleceu no Brasil. No livro “Maria Antonieta. Retrato de um personagem central” (ed. 1932, pag. 233), aquele autor escreve: “Onde cessa a pesquisa rigidamente ligada à constatação ‘de visu’, começa a arte livre e alada da visão psicológica; onde falta a paleografia, deve-se chamar a psicologia cujas verossimilhanças conquistadas pela via da lógica são frequentemente mais verdadeiras que a própria verdade nua dos atos e dos fatos. Se não tivéssemos senão documentos, a história seria pobre, estreita e cheia de lacunas. O que é evidente e manifesto é reino da ciência, e o que é impreciso e se presta à manifestação e esclarecimentos é zona pertencente à arte da alma; onde não basta a interpretação de papéis, restam ainda possibilidades infinitas ao psicólogo. O sentimento revela muitas vezes mais um homem do qualquer instrumento”. (AYER, Aspásia Vianna Manso Vieira – Pioneiros Desconhecidos –Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais – Volume XX – Imprensa Oficial-BH-MG – 1986. Pag. 81). A discípula parece ter seguido à risca as orientações do mestre! Em inúmeras partes de suas obras, Aspásia faz divagações, suposições e interrogações. Caso houvesse se embrenhado no campo do romance ou da novela, teria tido enorme sucesso. Quanto à pergunta do leitor sobre quem teria sido Aspásia; lendo suas obras,podemos tranquilamente responder: sim, era um gênio criativo e tinha um espírito poético sonhador. Se fez alterações intencionais, impossível responder, pois estaríamos usando de seu próprio “recurso psicológico”. Falando sobre a capela primitiva de Alfenas, Aspásia escreve: “Chegou o dia da cumieira (sic) ficar pronta. Cobertas de folhas de palmito (ou de palmeira?) hoje, quem sabe? Houve festa à noite em redor da fogueira e bum-bam-bum-bam dos instrumentos improvisados ou não e a cantoria dos negros varando a noite. O lugar era solitário, mas belo: dos quatro cantos do planalto avistavam-se grandes distâncias: ao norte, a beleza do sol poente; a oeste, a distância sem fim dos horizontes e a beleza sem par das serras azuis no encontro do céu com a terra: a bela vista!” (cf. "A Igreja na História de Alfenas – A Fundação de Pedra Branca" – Imprensa Oficial-BH-MG – 1991. Pag. 19) Falando sobre o telhado da capela, em “Pioneiros Desconhecidos”, Aspásia se indaga: ”era de adobe, paredes de pau a pique, coberta de capim (ou seria com cascas de Palmito?)...” (cf. AYER, Aspásia Vianna Manso Vieira – Pioneiros Desconhecidos –Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais – Volume XX – Imprensa Oficial-BH-MG – 1986 - p. 87). Nesta mesma página, divagando sobre o “sugestivo” nome “Pedra Branca”, ela diz: “Havia e ainda há ali um córrego que se chama Pedra Branca. Haveria pedras brancas em seu leito?”. Em referência ao orago, ela conjecturou: “Quem sabe seriam eles (Nossa Senhora das Dores e São José) os oragos da igreja que Domingos Vieira frequentava no velho Portugal?” Pesquisadas as freguesias de Guimarães e Braga, nenhuma foi achada com estes oragos. Em Braga houve a freguesia de São José de São Lázaro, mas trata-se de outro orago. Na freguesia de Brito, onde nasceu Domingos Vieira da Silva, o orago é São João. Porém, é necessário admitir que Aspásia escreveu uma grande verdade: “Contudo, o tempo é um grande fautor no clareamento da verdade e na evidência dos fatos. Lá vem o dia em que, das sombras que se fizeram e se ocultaram muitas coisas, a verdade emerge (sic): ou pela necessidade que ela tem de se mostrar à luz pelo esforço atávico de outros na busca das raízes, ou pela necessidade histórica de se fazer luz da incômoda situação de dados sem consistência, de acabar com as meias verdades baseadas em ‘tradições’ que não convencem”. (cf. AYER, Aspásia Vianna Manso Vieira – Pioneiros Desconhecidos –Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais – Volume XX – Imprensa Oficial-BH-MG – 1986 - p. 82).

Já diziam os romanos: "VULPES PILUM MUTAT, NON MORES"

Se ficou comprovado que Adilson de Carvalho está certo, esta Sra. Astúcia, digo Aspásia, fez as devidas correções no seu trabalho?