Dolly Ennor

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Dolly Ennor
Informação geral
Nome completo Dorothy Margaret Ennor
Também conhecido(a) como Jeanette MacDonald brasileira
Nascimento 25 de agosto de 1900
Local de nascimento São Paulo, São Paulo
Brasil
Morte 20 de janeiro de 1977 (76 anos)
Local de morte São Paulo, São Paulo
Brasil
Nacionalidade brasileira
Gênero(s) MPB
Ocupação(ões) Cantora
Extensão vocal Soprano
Gravadora(s) RCA Victor do Brasil

Dorothy Margaret Ennor (São Paulo, 25 de agosto de 1900 – São Paulo, 20 de janeiro de 1977), mais conhecida pelo pseudônimo Dolly Ennor, foi uma cantora de música popular brasileira.[1] Sua extensão vocal era de soprano.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Dolly Ennor era filha de um inglês com uma maranhense, parte da alta sociedade paulista. Aos sete anos de idade os pais a enviaram para estudar na Inglaterra, onde também aprendeu canto e piano. Mais tarde, fez a opção pela carreira artística contrariando a família. Nunca se casou, apesar de ter noivado várias vezes.[1]

Anos 20: Início da carreira[editar | editar código-fonte]

As primeiras apresentações públicas de Dolly Ennor ocorreram em 1924, no Teatro Municipal de São Paulo, com a Sociedade Dramática de Ópera de São Paulo, e na inauguração da Rádio Cruzeiro do Sul, em São Paulo. Em 1927, Dolly ingressou na Rádio Educadora Paulista utilizando seu nome verdadeiro e, em 1929, passou a atuar em companhias de operetas em teatros paulistas e a cantar em concertos.[1]

Dolly gravou seu primeiro e único disco em 1930, pela RCA Victor do Brasil,[3] com acompanhamento da Orquestra Victor Paulista de Salão.[1] No selo deste disco seu nome aparece como Dorothy Ennor.[1] O disco tem apenas duas canções, "Oh! Ma Rose Marie" e "Chant indien",[1] ambas interpretações de músicas da opereta "Rose Marie", de Rudolf Friml e Herbert Stothart, originalmente cantadas na voz de Jeanette MacDonald.[4] Dolly Ennor foi chamada pelos fãs de a "Jeanette MacDonald brasileira".[1]

Anos 30[editar | editar código-fonte]

Em 1935 estreou na Rádio Transmissora do Rio de Janeiro, na qual atuou até fins de julho de 1936. Ainda no Rio de Janeiro cantou em diversos eventos juntamente com outros cantores famosos, entre eles Silvinha Melo. Quando retornou a São Paulo em fins de 1936, veio com Silvinha Melo para atuar na Rádio Educadora Paulista.[1]

Entre 1937 e 1938, Dolly atuou novamente no Rio de Janeiro (na Rádio Clube e na Rádio Cruzeiro do Sul), de novo em São Paulo (Rádio Cruzeiro do Sul paulista), em Pernambuco (Rádio Clube de Pernambuco), novamente em São Paulo (Rádio Cruzeiro do Sul), e, por fim, volta ao Rio de Janeiro, a fim de fazer parte do programa "Variedades Esso", apresentado por Renato Murce na Rádio Sociedade Nacional do Rio de Janeiro e na Rádio Tupi de São Paulo,[1] sob o patrocínio da Standard Oil Company of Brazil,[5] no qual atuou até 1939, juntamente com Gastão Formenti, Lauro Borges, Dilermando Reis e Rogério Guimarães.[1]

Anos 40 e 50[editar | editar código-fonte]

Em 1940, Dolly retornou definitivamente à São Paulo, atuando por vários anos na Rádio Difusora paulista. No começo da década de 1950, chegou a se apresentar na televisão sendo entrevistada por Hebe Camargo, mas encerrou sua carreira.[1]

Discografia[editar | editar código-fonte]

  • 1930 - Oh! Ma Rose Marie/Chant indien

Referências

  1. a b c d e f g h i j k http://www.dicionariompb.com.br/dolly-ennor
  2. «Correio Paulistano (SP) - 1930 a 1939 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 5 de junho de 2018 
  3. Lacerda, Bruno Renato (2009). Arranjos de Guerra-Peixe para a orquestra da Rádio Nacional do Rio de Janeiro (dissertação de Mestrado). São Paulo: Programa de Pós-Graduação em Música - UNESP. p. 55. Consultado em 4 de julho de 2017 
  4. Rose-Marie (1936), consultado em 4 de julho de 2017 
  5. Baum, Ana (2004). Vargas, agosto de 54: a história contada pelas ondas do rádio. [S.l.]: Editora Garamond. p. 137. ISBN 9788576170310 
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