Sociedade participativa: diferenças entre revisões

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'''Sociedade participativa''' (ou ''participatiesamenleving'' no termo original em neerlandês) é um conceito de [[sociedade]] criado nos [[Países Baixos]] durante o segundo gabinete do primeiro-ministro [[Mark Rutte]] que consiste na limitação de responsabilidade do Estado em relação ao financiamento do cuidado em saúde dos cidadãos holandeses idosos e/ou incapacitados em clínicas residenciais especializadas ou em cuidados domiciliares. Em 1 de janeiro de 2015, o acesso a esse tipo de cuidado tornou-se restrito a cidadãos que não possam assumir responsabilidade sobre suas vidas e o entorno e que não possuam familiares em condições de serem cuidadores<ref>[http://www.rijksoverheid.nl/nieuws/2013/07/09/kabinet-overheidsparticipatie-bij-doe-democratie.html ''Kabinet: overheidsparticipatie bij doe-democratie''] Rijksoverheid, 9 juli 2013</ref>. Na prática, isso transfere do Estado para as famílias holandesas a responsabilidade pelo cuidado de milhares de pessoas. É uma palavra de introdução recente e ainda não apresenta uma [[definição]] fixa, apenas uma [[conotação]] de caráter político que sinaliza uma crise no [[estado de bem-estar social]] holandês.
'''Sociedade participativa''' (ou ''participatiesamenleving'' no termo original em neerlandês) é um conceito de [[sociedade]] criado nos [[Países Baixos]] durante o segundo gabinete do primeiro-ministro [[Mark Rutte]] que consiste na limitação de responsabilidade do Estado em relação ao financiamento do cuidado em saúde dos cidadãos holandeses idosos e/ou incapacitados em clínicas residenciais especializadas ou em cuidados domiciliares. Em 1 de janeiro de 2015, o acesso a esse tipo de cuidado tornou-se restrito a cidadãos que não possam assumir responsabilidade sobre suas vidas e o entorno e que não possuam familiares em condições de serem cuidadores<ref>[http://www.rijksoverheid.nl/nieuws/2013/07/09/kabinet-overheidsparticipatie-bij-doe-democratie.html ''Kabinet: overheidsparticipatie bij doe-democratie''] Rijksoverheid, 9 de julho de 2013</ref>. Na prática, isso transfere do Estado para as famílias holandesas a responsabilidade pelo cuidado de milhares de pessoas. É uma palavra de introdução recente e ainda não apresenta uma [[definição]] fixa, apenas uma [[conotação]] de caráter político que sinaliza uma crise no [[estado de bem-estar social]] holandês.


== Origem ==
== Origem ==

Revisão das 14h00min de 8 de janeiro de 2015

Sociedade participativa (ou participatiesamenleving no termo original em neerlandês) é um conceito de sociedade criado nos Países Baixos durante o segundo gabinete do primeiro-ministro Mark Rutte que consiste na limitação de responsabilidade do Estado em relação ao financiamento do cuidado em saúde dos cidadãos holandeses idosos e/ou incapacitados em clínicas residenciais especializadas ou em cuidados domiciliares. Em 1 de janeiro de 2015, o acesso a esse tipo de cuidado tornou-se restrito a cidadãos que não possam assumir responsabilidade sobre suas vidas e o entorno e que não possuam familiares em condições de serem cuidadores[1]. Na prática, isso transfere do Estado para as famílias holandesas a responsabilidade pelo cuidado de milhares de pessoas. É uma palavra de introdução recente e ainda não apresenta uma definição fixa, apenas uma conotação de caráter político que sinaliza uma crise no estado de bem-estar social holandês.

Origem

O primeiro uso da expressão nos Países Baixos ocorreu em 1991, num outro contexto e com um significado totalmente dissociado do atual, pelo então líder do partido trabalhista Wim Kok. Entretanto, foi apenas após o primeiro discurso televisionado do Rei Guilherme Alexandre dos Países Baixos, em 2013, no qual ele alertara a sociedade neerlandesa para a proximidade da nova legislação, que o termo se tornou popular[2][3].

Crítica

Imediatamente após o discurso surgiu na internet e na mídia um debate sobre o conceito de sociedade participativa[4]. Houve a sugestão de que esse é um termo revelador sobre a falência das instituições estatais e a instalação forçada de um sistema de classes que inexistia no que se refere ao cuidado de pessoas idosas ou incapacitadas[5].

Desdobramentos

Em novembro de 2013 a palavra 'participatiesamenleving' (termo original para 'sociedade participativa' em neerlandês) foi escolhida no congresso da Sociedade Nossa Língua ('Genootschap Onze Taal') como a palavra do ano 2013 nos Países Baixos[6].

Ver também


Referências