Ismael de Lima Coutinho: diferenças entre revisões

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O Prof. Rosalvo do Valle comprou a biblioteca do Prof. Ismael Coutinho como diretor do Instituto de Letras e PARA a Universidade, estando até hoje disponível no campus do Gragoatá. *Informação dada pelo mesmo
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Depois de trabalhar, assim como o pai, no comércio (em Santo Antônio de Pádua), fez exames parcelados no Ginásio Municipal de Santo Antônio de Pádua e no Liceu de Campos ([[Campos dos Goytacazes|Campos dos Goitacazes]] – RJ) e dedicou parte de sua juventude à vida religiosa, no [http://www.ssjniteroi.org.br Seminário São José] (Niterói). Bacharelou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mas se tornou conhecido como professor, dedicando-se ao ensino de Letras em todos os seus níveis, além de ter contribuído na administração pública do município de [[Niterói]] e do estado do [[Estado do Rio de Janeiro|Rio de Janeiro]].
Depois de trabalhar, assim como o pai, no comércio (em Santo Antônio de Pádua), fez exames parcelados no Ginásio Municipal de Santo Antônio de Pádua e no Liceu de Campos ([[Campos dos Goytacazes|Campos dos Goitacazes]] – RJ) e dedicou parte de sua juventude à vida religiosa, no [http://www.ssjniteroi.org.br Seminário São José] (Niterói). Bacharelou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mas se tornou conhecido como professor, dedicando-se ao ensino de Letras em todos os seus níveis, além de ter contribuído na administração pública do município de [[Niterói]] e do estado do [[Estado do Rio de Janeiro|Rio de Janeiro]].


O acervo de sua produção acadêmica foi entregue pela família ao professor Rosalvo do Valle, seu substituto na [http://www.proac.uff.br/letras/ Universidade Federal Fluminense], que comprou a sua biblioteca particular.
O acervo de sua produção acadêmica foi entregue pela família ao professor Rosalvo do Valle, seu substituto na [http://www.proac.uff.br/letras/ Universidade Federal Fluminense], que comprou para a Universidade a sua biblioteca particular.
Com exceção de seus Pontos de Gramática Histórica, sua obra permanece inédita ou dispersa em diversos periódicos.
Com exceção de seus Pontos de Gramática Histórica, sua obra permanece inédita ou dispersa em diversos periódicos.
Em [[Santo Antônio de Pádua (Rio de Janeiro)|Santo Antônio de Pádua]], viveu até os dezessete anos; ficou oito anos no [http://www.ssjniteroi.org.br Seminário São José] (Niterói) e, só depois, se dedicou profissionalmente ao magistério e à administração pública.
Em [[Santo Antônio de Pádua (Rio de Janeiro)|Santo Antônio de Pádua]], viveu até os dezessete anos; ficou oito anos no [http://www.ssjniteroi.org.br Seminário São José] (Niterói) e, só depois, se dedicou profissionalmente ao magistério e à administração pública.

Revisão das 00h45min de 15 de junho de 2015

Ismael de Lima Coutinho (12/05/1900 – 24/07/1965), professor e filólogo brasileiro.

Biografia

Nasceu em Santo Antônio de Pádua (RJ), a 12/05/1900 e faleceu em São João da Boa Vista (SP), a 24/07/1965. E seus pais eram José Coutinho de Carvalho, modesto comerciante, e Amélia Mascarenhas de Lima Coutinho.

Casou-se a 22/05/1929, em Aparecida do Norte (SP), com Catarina Tavares de Lacerda, que passou a se chamar Catarina Tavares Coutinho, com a qual teve vários filhos.

Sua obra-mestra é a Gramática Histórica que intitulou Pontos de Gramática Histórica, da qual há numerosas edições, tendo sido publicada pela Livraria Acadêmica, pela editora Ao Livro Técnico.

Depois de trabalhar, assim como o pai, no comércio (em Santo Antônio de Pádua), fez exames parcelados no Ginásio Municipal de Santo Antônio de Pádua e no Liceu de Campos (Campos dos Goitacazes – RJ) e dedicou parte de sua juventude à vida religiosa, no Seminário São José (Niterói). Bacharelou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mas se tornou conhecido como professor, dedicando-se ao ensino de Letras em todos os seus níveis, além de ter contribuído na administração pública do município de Niterói e do estado do Rio de Janeiro.

O acervo de sua produção acadêmica foi entregue pela família ao professor Rosalvo do Valle, seu substituto na Universidade Federal Fluminense, que comprou para a Universidade a sua biblioteca particular. Com exceção de seus Pontos de Gramática Histórica, sua obra permanece inédita ou dispersa em diversos periódicos. Em Santo Antônio de Pádua, viveu até os dezessete anos; ficou oito anos no Seminário São José (Niterói) e, só depois, se dedicou profissionalmente ao magistério e à administração pública.

Para maiores detalhes sobre Ismael de Lima Coutinho, veja o artigo de Rosalvo do Valle, Ismael de Lima Coutinho: o homem e a obra, onde estão disponibilizados links para outros pontos de interesse em sua biobibliografia. Ismael Coutinho foi membro e fundador da Academia Brasileira de Filologia, em que ocupou a cadeira número 15. Ocupou a cadeira 42 na Academia Fluminense de Letras e pertenceu à Sociedade Brasileira de Romanistas.

Entre as muitas homenagens que lhe foram prestadas após a sua morte, consta a que lhe fez o município de Niterói, dando ao Instituto de Educação de Niterói o nome de Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho.

Neste ano de 2011, em eleição virtual disputadíssima, o Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos escolheu Ismael de Lima Coutinho para ser o homenageado do ano no XV Congresso Nacional de Linguística e Filologia, que ocorrerá de 22 a 26 de agosto, no Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Obras

Livros e teses

A crase. Tese de livre escolha, apresentada à Congregação do Liceu de Humanidades de Campos (RJ), para concurso à 1ª Cadeira de Português. Rio de Janeiro: Tipografia Aurora, H. Santiago, 1928.

Andria, de Terêncio. [1965], tese incompleta [e inédita].

As criações internas do idioma. Tese sorteada para o concurso à 1ª Cadeira de Português do Liceu de Humanidades de Campos (RJ). Rio de Janeiro: Tipografia Aurora, H. Santiago, 1928.

Método de análise lógica. Rio de Janeiro: Tipografia Aurora, H. Santiago, 1927.

Pontos de gramática histórica. Niterói: Papelaria e Livraria Acadêmica, 1936.

Pontos de gramática histórica. 1. ed. São Paulo: Cia. Ed. Nacional, 1938.

Pontos de gramática histórica. 2. ed. melh. São Paulo: Cia. Ed. Nacional, 1941.

Pontos de gramática histórica. 3. ed. Rio de Janeiro: Acadêmica, 1954.

Pontos de gramática histórica. 4. ed. Rio de Janeiro: Acadêmica, 1958.

Pontos de gramática histórica. 5. ed. rev. e aum. Rio de Janeiro: Acadêmica, 1962.

Pontos de gramática histórica. 6. ed. org. e apres. Rosalvo do Valle, Rio de Janeiro: Acadêmica, 1967.

Pontos de gramática histórica. 7. ed. rev., org. e pref. Carlos Eduardo Falcão Uchôa. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1976.


Artigos, recensões, prefácios e respostas a críticas

A desinência do acusativo do singular do indo-europeu. Romanitas, ano II, Vol. 2, Rio de Janeiro, 1964, p. 41-45.

A propósito de minha Gramática Histórica. Revista Brasileira de Filologia, vol. 1, tomo 1, junho, Livraria Acadêmica, Rio de Janeiro, 1955, p. 27-51.

Consultório linguístico. Ideal, Revista mensal de Ciências, Artes, Letras, Mundanismo etc. Publicada sob os auspícios dos Professores do Colégio Brasil, de Niterói (RJ), jul., ago. e set.-out. 1931.

Desfazendo um equívoco. O Município, 03/02/1924 e em Confluência, nº 20, 2000, p. 36-37.

Dois vocábulos aparentados. Revista Filológica, nº 10, setembro, Rio, 1941, p. 15-17.

Em torno de uma derivação. O Município, 24/02/1924.

Em torno de uma pronúncia. O Município, 10/02/1924.

Estremunhado. Editado e comentado por Rosalvo do Valle. Confluência: Revista do Instituto de Língua Portuguesa. nº 21 - 1º semestre de 2001. Rio de Janeiro, 2001, p. 119-122.

Motivos frágeis. O Município, 03/02/1924.

Nótulas de linguagem. Nova Geração, Órgão dos corpos docente e discente do Liceu “Nilo Peçanha” e Escola Normal de Niterói, ano 1, número 1, 1931, p. 3-4.

Os estudos gramaticais latinos. Confluência, nº 20, 2000, p. 38-44.

Os gramáticos latinos. Anuário da Faculdade Fluminense de Filosofia, Niterói (RJ), 1954, p. 111-118.

Os gramáticos latinos. Revista de Portugal, XXX, 1965.

Prefácio. In: LESSA, Luís Carlos. O modernismo brasileiro e a língua portuguesa. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1966, p. VI-IX. O prefácio está datado de 17/12/1964.

Prefácio. In: SILVA NETO, Serafim da. Bíblia medieval portuguesa – I Histórias d’abreviado Testamento Velho, segundo Meestre das historias scolasticas. Texto apurado por Serafim da Silva Neto. Rio de Janeiro: INL, 1958, p. 5-9.

Recensão crítica: “Albert Blaise – Manuel du latin Chrétien, Strasbourg, 1955, 221 págs. in 8º”. Revista Brasileira de Filologia, vol. 2, tomo I, junho. Livraria Acadêmica, Rio de Janeiro, 1956, p. 127-129.

Recensão crítica: “Angelo Monteverdi – Manuele di avviamento agli studi romanzi: Le lingue romanze, casa ed. Francesco Vallardi, Millano, 1952, in 8º, 256 ps”. Revista Brasileira de Filologia, vol. I, tomo 2, dez., Acadêmica, Rio de Janeiro, 1955, p. 217-219.

Réplica oportuna. Revista Filológica, ano II, maio, nº 6, Rio, 1941, p. 46-54.

Resposta a um crítico (II). Revista Filológica, ano II da II fase, 1º sem. Rio de Janeiro, 1956, p. 43-56.

Resposta a um crítico. Revista Filológica, nº 4, ano I da II fase, ago. e set., Rio de Janeiro, 1955, p. 45-58.

Sugestões metodológicas para a execução do ensino de português. Escola Secundária, nº 11, dez. 1959.

Revista da CADES (Campanha do Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário), MEC, Rio de Janeiro, 1959, p. 54-64.

Um vocábulo de difícil etimologia. Revista Filológica, nº 11, outubro, Rio, 1941.

Uma achega etimológica. In: Miscelânea de estudos em honra de Antenor Nascentes, Rio, 1941, p. 61-64.

Alguns trabalhos inéditos

A vida amorosa de Horácio: conferência lida na Sociedade Brasileira de Romanistas. 1964.

Aula inaugural de período letivo sobre o conceito de Gramática, seu lugar no ensino da língua e a melhor orientação a seguir. [sem data].

Bosquejos (1919-1922) - Poesia

Consultório linguístico. [sem data].

Em torno de uma origem. [sem data].

História de uma palavra. [sem data].

Notas sobre a etimologia de “escorregar”, “estro” e “escalfar”. [ sem data].

O “z” no antigo latim. 1964.

Parassíntese. [sem data].

Parricida. [sem data].

Recensão crítica de Desfile de Cigarras, poesias de A. Tavares de Lacerda, Editora Pongetti, Rio. [sem data].

Recensão crítica de Fontes do latim vulgar, de Serafim da Silva Neto, 1ª edição, ABC, Rio, 1938. [sem data].

Recensão crítica: “Gladstone Chaves de Melo. Iniciação à filologia portuguesa, Organização Simões, 1951, Rio”, 1952.

Resposta, incompleta, a José Pedro Machado. [sem data].

Silhuetas (1922-1925) - Poesias

Sobre a diferenciação linguística entre Brasil e Portugal. [sem data].

Fontes

CONTI, Matilde Slaibi. Discurso de posse da Doutora Matilde Slaibi Conti na Academia Niteroiense de Letras. Disponível em: <http://www.nagib.net/variedades_artigos_texto.asp?tipo=41&area=3&id=433>. Acesso em: 21-01-2011.

HOMENAGEM a Ismael de Lima Coutinho. Confluência: Revista do Instituto de Língua Portuguesa. nº 20 - 2º semestre de 2000. Rio de Janeiro, 2000, p. 7.

SILVA, José Pereira da (Org.). Espólio de Ismael Coutinho. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2011.

VALLE, Rosalvo do. Ismael de Lima Coutinho: o Homem e a Obra. Confluência: Revista do Instituto de Língua Portuguesa. nº 20 - 2º semestre de 2000. Rio de Janeiro, 2000, p. 9-35.

VALLE, Rosalvo do. Notas e comentários: Um inédito do Prof. Ismael de Lima Coutinho: Estremunhado. Confluência: Revista do Instituto de Língua Portuguesa. nº 21 - 1º semestre de 2001. Rio de Janeiro, 2001, p. 118-122.