Tiroteio da Escola Sigma: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
formatação e correção de ano de publicação de fonte +correções semiautomáticas (v0.57/3.1.56/0.1)
relatos diferentes equiparados pela fontes serem igualmente confiáveis, sem WP:PESO.
Linha 20: Linha 20:


== Desenrolar dos fatos ==
== Desenrolar dos fatos ==
E. R., segundo colegas informaram, fora por cerca de um mês ridicularizado publicamente por suas colegas Vanessa Carvalho Batista e Natasha Silva Ferreira (as duas com quinze anos de idade) após a perda de pontos durante uma gincana da Escola Sigma — um colégio particular no bairro de classe média da capital baiana da [[Praia de Jaguaribe]]; a partir de então o relacionamento com ambas foi deteriorando e ele já teria comentado sua intenção de tirar-lhes a vida.<ref name=uol>{{citar web|URL=https://noticias.uol.com.br/inter/reuters/2002/10/28/ult27u27985.jhtm |título=Estudante mata duas colegas dentro de escola em Salvador |autor=Reuters |data=28/10/2010 |publicado=Notícias UOL |acessodata=26/10/2002 |arquivodata=10/11/2015 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20151210032102/https://noticias.uol.com.br/inter/reuters/2002/10/28/ult27u27985.jhtm}}</ref> Numa outra versão, ele teria ficado indignado por ter obtido apenas dois pontos numa prova que valia cinco e as duas meninas teriam sido quem lhe deram essa pontuação, surgindo ali a inimizade entre eles; o colégio particular atendia duzentos e cinquenta alunos ao todo, cursando os ensinos fundamental e médio.<ref name=folha>{{citar web|URL=https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u61747.shtml |título=Arma usada por estudante para matar colegas pertencia a seu pai |autor=Luiz Francisco |data=28/10/2002 |publicado=Folha de S.Paulo |acessodata=26/10/2020 |arquivodata=4/11/2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20171104084809/https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u61747.shtml }}</ref>
E. R., segundo colegas informaram, fora por cerca de um mês ridicularizado publicamente por suas colegas Vanessa Carvalho Batista e Natasha Silva Ferreira (as duas com quinze anos de idade) após a perda de pontos durante uma [[gincana]] da Escola Sigma — um colégio particular no bairro de [[classe média]] da capital baiana da [[Praia de Jaguaribe]]; a partir de então o relacionamento com ambas foi deteriorando e ele já teria comentado sua intenção de tirar-lhes a vida.<ref name=uol>{{citar web|URL=https://noticias.uol.com.br/inter/reuters/2002/10/28/ult27u27985.jhtm |título=Estudante mata duas colegas dentro de escola em Salvador |autor=Reuters |data=28/10/2010 |publicado=Notícias UOL |acessodata=26/10/2002 |arquivodata=10/11/2015 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20151210032102/https://noticias.uol.com.br/inter/reuters/2002/10/28/ult27u27985.jhtm}}</ref> Numa outra versão, ele teria ficado indignado por ter obtido apenas dois pontos numa prova que valia cinco e as duas meninas teriam sido quem lhe deram essa pontuação, surgindo ali a inimizade entre eles; o colégio particular atendia duzentos e cinquenta alunos ao todo, cursando os ensinos fundamental e médio.<ref name=folha>{{citar web|URL=https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u61747.shtml |título=Arma usada por estudante para matar colegas pertencia a seu pai |autor=Luiz Francisco |data=28/10/2002 |publicado=Folha de S.Paulo |acessodata=26/10/2020 |arquivodata=4/11/2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20171104084809/https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u61747.shtml }}</ref>


Na manhã da segunda-feira, 28 de outubro, E. R. chegara atrasado ao colégio, cujas aulas tiveram início às 8 h;{{Nota de rodapé|Embora este artigo tenha se baseado na matéria da Reuters, esta informa que as aulas teriam se iniciado às 7:15 e o crime ocorrido às 7:30 - horários improváveis na Bahia, razão pela qual seguiu-se aqui os horários informados pela ''Folha de S.Paulo''.}} fora então advertido pela professora de matemática de que deveria apresentar uma tarefa feita em casa ao que ele, respondendo-lhe, dissera que havia trazido o dever e, então, tirou da mochila um revólver de calibre 38 que pegara da coleção do padrasto,{{Nota de rodapé|Novamente segundo a ''Folha de S.Paulo'' a arma pertencia ao pai do rapaz, não padrasto. Ainda segundo esse jornal o rapaz "recebeu um exercício para fazer dentro da sala de aula", contrariando a referência usada.}} um perito da polícia civil.<ref name=uol/>
Na manhã da segunda-feira, 28 de outubro, E. R. chegara atrasado ao colégio, cujas aulas tiveram início às 7h15min, fora então advertido pela professora de matemática de que deveria apresentar uma tarefa feita em casa ao que ele, respondendo-lhe, dissera que havia trazido o dever e, então, tirou da mochila um revólver de calibre 38.<ref name=uol/>{{Nota de rodapé|A origem da arma é controversa nas fontes. Segundo a Reuters,<ref name=uol/> ele pegara da coleção do padrasto, um perito da polícia civil. Já a ''Folha de S.Paulo'' noticiou que a arma pertencia ao pai do rapaz.<ref name=folha/>}} Noutro relato, o rapaz "recebeu um exercício para fazer dentro da sala de aula".<ref name=folha/>


Ele a seguir efetuou quatro tiros: um deles acertou Vanessa Batista no crânio, que teve morte instantânea;{{nota de rodapé|Segundo a ''Folha de S.Paulo'' o tiro teria acertado o peito da vítima. Após isso o menor teria caminhado seis metros em direção à outra garota e então alvejado-a.<ref name=folha/>}} os três restantes foram dirigidos a Natasha Ferreira que, gravemente ferida, foi mais tarde socorrida; o adolescente então se dirigiu até a quadra da escola onde ficou, bastante nervoso e ameaçando se matar, até a chegada da Polícia Militar que, levando um seu irmão de 21 anos para negociar sua rendição, ele veio finalmente a ser detido.<ref name=uol/>
Às 7h30min, ele efetuou quatro tiros. Um deles acertou Vanessa Batista, que teve morte instantânea.{{nota de rodapé|O local alvejado em Vanessa Batista é controversa. Pela Reuters, ela foi acertou o crânio;<ref name=uol/> pela ''Folha de S.Paulo'', o tiro teria acertado o peito da vítima.<ref name=folha/>}} Após isso o menor teria caminhado seis metros em direção à outra garota, Natasha Ferreira, e então alvejado-a.<ref name=folha/> Natasha Ferreira foi gravemente ferida com três tiros e foi mais tarde socorrida. O adolescente então se dirigiu até a quadra da escola onde ficou, bastante nervoso e ameaçando se matar, até a chegada da [[Polícia Militar da Bahia|Polícia Militar]] que, levando um seu irmão de 21 anos para negociar sua rendição, ele veio finalmente a ser detido.<ref name=uol/>


Natasha, baleada na cabeça, pulmão e pescoço, foi levada em estado grave para o [[Hospital Roberto Santos]]{{nota de rodapé|Segundo a ''Folha de S.Paulo'' ela teria sido levada ao [[Hospital São Rafael]], onde veio a óbito.<ref name=folha/>}} de onde, à falta de neurologista, foi transferida para o [[Hospital Geral do Estado]] onde faleceu no mesmo dia, às 13h e 30 min ao passo que Vanessa, após ter suas córneas doadas à Central de Transplantes, foi sepultada também na segunda-feira, no [[Cemitério Jardim da Saudade]].<ref name=uol/>
Natasha, baleada na cabeça, pulmão e pescoço, foi levada em estado grave para o [[Hospital Roberto Santos]] de onde, à falta de neurologista, foi transferida para o [[Hospital Geral do Estado]] onde faleceu no mesmo dia, às 13h30min. Noutro relato, ela teria sido levada a o [[Hospital São Rafael]], onde veio a óbito.<ref name=folha/> E Vanessa, após ter suas córneas doadas à Central de Transplantes, foi sepultada também na segunda-feira, no [[Cemitério Jardim da Saudade]].<ref name=uol/>


== Consequências ==
== Consequências ==
E. R., após ser detido, foi levado pela polícia militar até a Delegacia do Adolescente Infrator (DAI), cuja delegada de plantão Vera Rocha tomou-lhe um depoimento preliminar no qual o adolescente não revelou os motivos de sua ação.<ref name=uol/> {{Nota de rodapé|Ainda a ''Folha de S.Paulo'' diz que a delegada responsável pelo inquérito se chamava Lígia Costa.<ref name=folha/>}} A seguir ele foi encaminhado à Promotoria da Infância e da Juventude, onde ficou à disposição da Justiça que, num prazo máximo de 45 dias deveria definir qual a medida punitiva.<ref name=folha/>
E. R., após ser detido, foi levado pela polícia militar até a Delegacia do Adolescente Infrator (DAI) para um depoimento preliminar no qual o adolescente não revelou os motivos de sua ação.<ref name=uol/>{{Nota de rodapé|A ''Folha de S.Paulo'' diz que a delegada responsável pelo inquérito se chamava Lígia Costa.<ref name=folha/> A Reuters noticiou que a delegada de plantão da DAI era Vera Rocha.<ref name=uol/>}} A seguir, ele foi encaminhado à Promotoria da Infância e da Juventude, onde ficou à disposição da Justiça que, num prazo máximo de 45 dias deveria definir qual a medida punitiva.<ref name=folha/>


No mesmo dia o colégio emitiu uma nota onde informava a expulsão do atirador e a suspensão das aulas no turno vespertino para que os estudantes e professores pudessem ir ao sepultamento da aluna Vanessa.<ref name=folha/>
No mesmo dia o colégio emitiu uma nota onde informava a expulsão do atirador e a suspensão das aulas no turno vespertino para que os estudantes e professores pudessem ir ao sepultamento da aluna Vanessa.<ref name=folha/>

Revisão das 10h54min de 31 de outubro de 2020

Tiroteio da Escola Sigma
Local Escola Sigma, Jardim Imperador, Jaguaribe, Bahia, Brasil
Data 28 de outubro de 2002 (21 anos)
8h30min (UTC−3)
Tipo de ataque tiroteio contra escola, assassinato em massa, feminicídio
Arma(s) revólver calibre 38
Mortes 2
Feridos 0
Responsável(is) E. R. (17)
Motivo resposta a suposto bullying

O tiroteio da Escola Sigma foi um caso de tiroteio em estabelecimento de ensino ocorrido na cidade de Salvador, capital da Bahia, no dia 28 de outubro de 2002. O menor de dezessete anos, identificado com as iniciais E. R., disparou contra duas de suas colegas levando-as ao óbito, vindo depois a se entregar.

Desenrolar dos fatos

E. R., segundo colegas informaram, fora por cerca de um mês ridicularizado publicamente por suas colegas Vanessa Carvalho Batista e Natasha Silva Ferreira (as duas com quinze anos de idade) após a perda de pontos durante uma gincana da Escola Sigma — um colégio particular no bairro de classe média da capital baiana da Praia de Jaguaribe; a partir de então o relacionamento com ambas foi deteriorando e ele já teria comentado sua intenção de tirar-lhes a vida.[1] Numa outra versão, ele teria ficado indignado por ter obtido apenas dois pontos numa prova que valia cinco e as duas meninas teriam sido quem lhe deram essa pontuação, surgindo ali a inimizade entre eles; o colégio particular atendia duzentos e cinquenta alunos ao todo, cursando os ensinos fundamental e médio.[2]

Na manhã da segunda-feira, 28 de outubro, E. R. chegara atrasado ao colégio, cujas aulas tiveram início às 7h15min, fora então advertido pela professora de matemática de que deveria apresentar uma tarefa feita em casa ao que ele, respondendo-lhe, dissera que havia trazido o dever e, então, tirou da mochila um revólver de calibre 38.[1][nota 1] Noutro relato, o rapaz "recebeu um exercício para fazer dentro da sala de aula".[2]

Às 7h30min, ele efetuou quatro tiros. Um deles acertou Vanessa Batista, que teve morte instantânea.[nota 2] Após isso o menor teria caminhado seis metros em direção à outra garota, Natasha Ferreira, e então alvejado-a.[2] Natasha Ferreira foi gravemente ferida com três tiros e foi mais tarde socorrida. O adolescente então se dirigiu até a quadra da escola onde ficou, bastante nervoso e ameaçando se matar, até a chegada da Polícia Militar que, levando um seu irmão de 21 anos para negociar sua rendição, ele veio finalmente a ser detido.[1]

Natasha, baleada na cabeça, pulmão e pescoço, foi levada em estado grave para o Hospital Roberto Santos de onde, à falta de neurologista, foi transferida para o Hospital Geral do Estado onde faleceu no mesmo dia, às 13h30min. Noutro relato, ela teria sido levada a o Hospital São Rafael, onde veio a óbito.[2] E Vanessa, após ter suas córneas doadas à Central de Transplantes, foi sepultada também na segunda-feira, no Cemitério Jardim da Saudade.[1]

Consequências

E. R., após ser detido, foi levado pela polícia militar até a Delegacia do Adolescente Infrator (DAI) para um depoimento preliminar no qual o adolescente não revelou os motivos de sua ação.[1][nota 3] A seguir, ele foi encaminhado à Promotoria da Infância e da Juventude, onde ficou à disposição da Justiça que, num prazo máximo de 45 dias deveria definir qual a medida punitiva.[2]

No mesmo dia o colégio emitiu uma nota onde informava a expulsão do atirador e a suspensão das aulas no turno vespertino para que os estudantes e professores pudessem ir ao sepultamento da aluna Vanessa.[2]

Notas

  1. A origem da arma é controversa nas fontes. Segundo a Reuters,[1] ele pegara da coleção do padrasto, um perito da polícia civil. Já a Folha de S.Paulo noticiou que a arma pertencia ao pai do rapaz.[2]
  2. O local alvejado em Vanessa Batista é controversa. Pela Reuters, ela foi acertou o crânio;[1] pela Folha de S.Paulo, o tiro teria acertado o peito da vítima.[2]
  3. A Folha de S.Paulo diz que a delegada responsável pelo inquérito se chamava Lígia Costa.[2] A Reuters noticiou que a delegada de plantão da DAI era Vera Rocha.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h Reuters (28 de outubro de 2010). «Estudante mata duas colegas dentro de escola em Salvador». Notícias UOL. Consultado em 26 de outubro de 2002. Cópia arquivada em 10 de novembro de 2015 
  2. a b c d e f g h i Luiz Francisco (28 de outubro de 2002). «Arma usada por estudante para matar colegas pertencia a seu pai». Folha de S.Paulo. Consultado em 26 de outubro de 2020. Cópia arquivada em 4 de novembro de 2017