Causas do aquecimento global

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Navegação no histórico de edições: ← ver edição anterior (dif) ver edição seguinte → (dif) ver última edição → (dif)

Para mais informações, veja o artigo Aquecimento global

O sistema climático terrestre muda em resposta a variações em fatores externos incluindo variações na sua órbita em torno do Sol[1][2][3], erupções vulcânicas[4], e concentrações atmosféricas de gases do efeito estufa. As causas detalhadas do aquecimento recente continuam sendo uma área ativa de pesquisa, mas o consenso científico[5][6] identifica os níveis aumentados de gases estufa devido à atividade humana como a principal causa do aquecimento observado desde o início da era industrial. Essa atribuição é mais clara nos últimos 50 anos, para os quais estão disponíveis os dados mais detalhados. Contrastando com o consenso científico, outras hipóteses foram avançadas para explicar a maior parte do aumento observado na temperatura global. Uma dessas hipóteses é que o aquecimento é resultado principalmente da variação na atividade solar.[7][8][9]

Nenhum dos efeitos produzidos pelos fatores condicionantes é instantâneo. Devido à inércia térmica dos oceanos terrestres e à lenta resposta de outros efeitos indiretos, o clima atual da Terra não está em equilíbrio com o condicionamento que lhe é imposto. Estudos de compromisso climático indicam que ainda que os gases estufa se estabilizassem nos níveis do ano 2000, um aquecimento adicional de aproximadamente 0,5 °C ainda ocorreria.[10]

Gases de efeito estufa na atmosfera

O efeito estufa foi descoberto por Joseph Fourier em 1824 e investigado quantitativamente pela primeira vez por Svante Arrhenius em 1896. Consiste no processo de absorção e emissão de radiação infravermelha pelos gases atmosféricos de um planeta, resultando no aquecimento de sua superfície e atmosfera. Os gases estufa criam um efeito estufa natural, sem o qual a temperatura média da Terra seria cerca de 30°C mais baixa, tornando-a inabitável para a vida como a conhecemos[11]. Portanto, os cientistas não “acreditam” ou “se opõem” ao efeito estufa; o debate consiste na discussão de quais gases contribuem para este efeito, através de mecanismos de retroalimentação positiva ou negativa. Na Terra, os gases que mais contribuem para o efeito estufa são o vapor de água, que causa de 36 a 70% do efeito natural (não incluindo nuvens); O dióxido de carbono (CO2), que causa de 9 a 26%; o metano (CH4), causando entre 4 e 9%; e o ozônio, que causa entre 3 e 7%.[12][13] A questão que se coloca é saber como a intensidade do efeito estufa varia quando a atividade humana aumenta as concentrações atmosféricas de alguns gases de efeito estufa.

As concentrações atmosféricas de CO2 e CH4 aumentaram em 31% e 149%, respectivamente, acima dos níveis pré-industriais, desde 1750. Estes níveis são consideravelmente mais altos do que em qualquer período nos últimos 650.000 anos, o período em que é possível extrair informações confiáveis dos testemunhos de gelo.[14] Utilizando-se de evidências geológicas menos diretas, acredita-se que níveis tão altos de CO2 só estiveram presentes na atmosfera há 20 milhões de anos.[15]

Aproximadamente três quartos das emissões antropogênicas de CO2 para a atmosfera durante os últimos 20 anos são devidas à queima de combustíveis fósseis. O resto das emissões são devidas predominantemente às mudanças no uso da terra, especialmente o desmatamento.[16] A atual concentração de gás carbônico na atmosfera é de aproximadamente 383 partes por milhão (ppm) em volume.[17] Os níveis futuros de CO2 devem ser ainda maiores devido à ocorrência contínua dos motivos mencionados anteriormente. A taxa de aumento irá depender de fatores econômicos, sociológicos, tecnológicos e naturais incertos, mas está limitada, em última análise, pela disponibilidade total de combustíveis fósseis. O “Relatório Especial de Cenários de Emissão” (Special Report on Emissions Scenarios, originalmente), do IPCC, prevê vários cenários futuros possíveis para a concentração de CO2, variando entre 541 e 970ppm para o ano de 2100[18]. As reservas de combustível fóssil são suficientes para alcançar este patamar e continuar as emissões além de 2100, se carvão, areias betuminosas ou hidratos de metano forem extensivamente utilizados[19]. Efeitos como a liberação de metano, devido ao derretimento do permafrost (possíveis 70 biliões de toneladas só na Sibéria ocidental), podem levar a uma intensificação adicional do efeito estufa[20], não incluída no modelo climático do IPCC.

Feedbacks

Os efeitos de agentes externos no clima são complicados por vários processos cíclicos e auto-alimentados, chamados de Feedbacks. Um dos mais pronunciados desses processos está relacionado com a evaporação da água. O CO2 injetado na atmosfera ocasiona o aquecimento da mesma e da superfície da Terra. O aquecimento leva a mais evaporação de água, e, como o vapor d’água é um gás estufa, isso leva a mais aquecimento, o que por sua vez causa mais evaporação de água, e assim por diante, até ser alcançado um novo equilíbrio dinâmico, com aumento da umidade e da concentração de vapor d’água, levando a um aumento no efeito estufa muito maior do que aquele devido apenas ao aumento da concentração de CO2. Esse efeito só pode ser revertido muito lentamente, visto que o CO2 tem um tempo médio de vida na atmosfera muito longo.Um feedback ainda sujeito a pesquisa e debate é o ocasionado pelas nuvens. Vistas de baixo, as nuvens emitem radiação infravermelha de volta à superfície, aquecendo a mesma[21]. Vistas de cima, elas refletem a luz do sol e emitem radiação infravermelha para o espaço, resfriando o planeta. O aumento da concentração global de vapor d’água pode ou não causar um aumento na cobertura de nuvens mundial média. Portanto, o papel efetivo das nuvens ainda não está bem definido; no entanto, seus efeitos são menos relevantes apenas que os do vapor d’água, e, nos modelos do IPCC, elas contribuem para o aquecimento<. Outro feedback relevante é a relação gelo-albedo[22]. A taxa aumentada de CO2 na atmosfera eleva a temperatura da Terra e leva ao derretimento do gelo próximo aos pólos. Com o derretimento do gelo, terra ou mar aberto ocupam seu lugar. Ambos são, em média, substratos com menor capacidade de reflexão que o gelo, e, portanto, absorvem mais radiação solar. Isso causa ainda mais aquecimento, gerando mais derretimento de gelo, e o ciclo continua. O feedback positivo (pró-aquecimento) devido à liberação de CO2 e CH4 com o derretimento do permafrost é mais um mecanismo que contribui para o aquecimento. Além disso, a liberação de metano devido ao descongelamento de fundos oceânicos é mais um mecanismo a ser considerado. A capacidade oceânica de absorção de carbono diminui com o aquecimento, porque os baixos níveis de nutrientes na zona mesopelágica limitam o crescimento de algas, favorecendo o desenvolvimento de espécies fitoplânctonicas menores, que não são tão boas absorventes de carbono[23].

Variação Solar

Estudos recentes parecem indicar que a variação da radiação solar, potencialmente ampliada pela ação do feedback das nuvens, poderá ter contribuído em cerca de 45–50% para o aquecimento global ocorrido entre 1900 e 2000, e em 25-35% entre 1980 e 2000. Foram publicados artigos de autoria de dois pesquisadores da universidade Duke, nos EUA, segundo os quais os modelos climáticos vigentes superestimam o efeito relativo dos gases estufa, comparados com o efeito da luz solar; eles dizem ainda que os efeitos de cinzas vulcânicas e aerossóis foram subestimados[24]. Ainda assim, eles concluem que, mesmo considerando o fator solar, a maior parte do aquecimento global nas últimas décadas é atribuível aos gases estufa. Outros pesquisadores são mais radicais, diminuindo fortemente a importância de fatores antropogênicos no aquecimento global. Os defensores da teoria da responsabilidade das emissões antropogênicas, durante a era industrial, afirmam que a variação da radiação foi de 2,4W/m², dos quais, como foi indicado pelo IPCC 2001, 0,6W/m² durante os últimos 20 anos. Ora, (1) entre 2000 e 2004, a variação da radiação solar, estimada por satélites de órbita baixa, foi de 2,06W/m² - Wielicki et al.: (2)Pincker et al. registraram, entre 1983 e 2001, que a variação da radiação solar absorvida pela Terra foi de 2,7W/m²; (3)Wild et al. registraram, por medições terrestres, que a variação da radiação absorvida foi de 4,4W/m²! Embora haja desencontros nos números apresentados, pode-se admitir o valor mais baixo para as variações entre 1983 e 2001 de 2,7W/m². Admitindo-se uma variação média obtida entre 2000 e 2004 no valor de 1,5W/m², atinge-se o valor de 4,2W/m². Tal valor é muito alto quando comparado com os números do IPCC, de 0,6W/m² nos últimos 20 anos. Dessa forma, a influência do efeito estufa no aquecimento global deixa de ser significativa e, da mesma forma, as contramedidas para combatê-lo (Protocolo de Quioto) tornam-se desnecessárias e danosas ao desenvolvimento humano.

Para além da variação da irradiação solar, a variação do campo magnético solar poderá estar na origem de aquecimento à superfície da Terra pela sua influência na quantidade de radição cósmica que atinge o planeta. Uma equipa do Centro Espacial Nacional Dinamarquês encontrou evidência experimental de que a radiação cósmica proveniente da explosão de estrelas pode promover a formação de nuvens na baixa atmosfera[25]. Como, durante o século XX, o campo magnético do Sol, que protege a Terra da radiação cósmica, mais do que duplicou em intensidade, o fluxo de radiação cósmica foi menor. Isso poderá ter reduzido o número de nuvens de baixa altitude na Terra, que promovem um arrefecimento da atmosfera. Os electrões libertados no ar pela passagem da radiação cósmica, composta por partículas atómicas que vêm da explosão das estrelas, ajudam à formação dos núcleos de condensação sobre os quais o vapor de água condensa para fazer nuvens. Este pode ser um factor muito importante, e até agora descurado, na explicação do aquecimento global durante o último século. Foi durante o período quente da Idade Média, quando o Sol estava tão activo como hoje, que os Viking começaram a colonizar a Groenlândia. Nessa altura, a Grã-Bretanha era um país produtor de vinho. No século XVII, quando se deu a Pequena Idade do Gelo, a actividade magnética solar diminuiu muito e as manchas solares quase desapareceram completamente, durante cerca de 150 anos. E, nessa altura, os Vikings abandonaram a Groenlândia, cuja vegetação passou de verdejante a tundra. A Finlândia perdeu um terço da sua população e a Islândia metade. O porto de Nova Iorque gelou e podia-se ir a pé da ilha de Manhattan à de Staten Island. No início do século XIX, houve uma diminuição menor da actividade magnética solar que foi acompanhada também de um arrefecimento que durou só 30 anos. O carbono-14 radioactivo e outros átomos raros produzidos na atmosfera pelas partículas cósmicas fornecem um registo de como as suas intensidades variaram no passado e explicam a alternância entre períodos frios e quentes durante os últimos 12000 anos. Sempre que o Sol era fraco e a radiação cósmica forte, seguiram-se condições frias, como a mais recente, na Pequena Idade do Gelo de há 300 anos. Considerando escalas de tempo mais longas, encontra-se uma explicação credível para as variações de maior amplitude do clima da Terra.

Recuperação do planeta depois da Pequena Era Glacial

A recessão dos glaciares e da calote polar do Ártico não são fenómenos recentes. Já ocorrem desde 1800, ou mesmo antes disso. E data da mesma altura o aumento de temperatura global a uma taxa quase constante (de cerca de +0.5°C/100 anos), que começou por isso antes do rápido aumento de CO², iniciado por volta de 1940. Isso pode significar que este aquecimento quase linear é natural, podendo ser apenas a recuperação do planeta depois da Pequena Era Glacial, que ocorreu entre o século XIII e XVII.[26].

  1. Berger, A.; et al. (2005-12-10). «On the origin of the 100-kyr cycles in the astronomical forcing». Paleoceanography. 20 (4). PA4019  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda);
  2. Genthon, C.; et al. (1987-10-01). «Vostok Ice Core - Climatic response to CO2 and orbital forcing changes over the last climatic cycle». Nature. 329 (6138): 414–418  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda);
  3. Alley, Richard B.; et al. (2002). «A northern lead in the orbital band: north-south phasing of Ice-Age events». Quaternary Science Reviews. 21 (1-3): 431–441  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda);
  4. Robock, Alan, and Clive Oppenheimer, Eds., 2003: Volcanism and the Earth’s Atmosphere, Geophysical Monograph 139, American Geophysical Union, Washington, DC, 360 pp.
  5. =13619 «Joint science academies' statement: The science of climate change» Verifique valor |url= (ajuda) ( ASP). Royal Society. 2001-05-17. The work of the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) represents the consensus of the international scientific community on climate change science  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda)
  6. «Rising to the climate challenge». Nature. 449 (7164): 755. 18 de outubro de 2007  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda)
  7. Svensmark, Henrik (2007). «Cosmoclimatology: a new theory emerges» (PDF). Astronomy & Geophysics. 48 (1): 18-24. doi:10.1111/j.1468-4004.2007.48118.x 
  8. Forster, Piers; et al. (2007-02-05). «Changes in Atmospheric Constituents and in Radiative Forcing» ( PDF). Climate Change 2007: The Physical Science Basis. Contribution of Working Group I to the Fourth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Intergovernmental Panel on Climate Change. pp. 188–193  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda)
  9. Bard, Edouard; Frank, Martin (2006-06-09). «Climate change and solar variability: What's new under the sun?» (PDF). Earth and Planetary Science Letters. 248 (1-2): 1-14  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda);
  10. Meehl, Gerald A.; et al. (2005-03-18). «How Much More Global Warming and Sea Level Rise» (PDF). Science. 307 (5716): 1769–1772. doi:10.1126/science.1106663  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda);
  11. «Living with Climate Change – An Overview of Potential Climate Change Impacts on Australia. Summary and Outlook» (PDF). Australian Greenhouse Office. December 2002. Consultado em 18 de abril de 2007  Verifique data em: |data= (ajuda)
  12. Kiehl, J. T.; Kevin E. Trenberth (1997). «Earth's Annual Global Mean Energy Budget» (PDF). Bulletin of the American Meteorological Society. 78 (2): 197-208  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda);
  13. =142 «Water vapour: feedback or forcing?» Verifique valor |url= (ajuda). RealClimate. 6 Apr 2005  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda); Verifique data em: |ano= (ajuda)
  14. Neftel, A., E. Moor, H. Oeschger, and B. Stauffer. (1985). "Evidence from polar ice cores for the increase in atmospheric CO2 in the past two centuries". Nature 315:45-47.
  15. Pearson, Paul N.; Palmer, Martin R. (2000-08-17). «Atmospheric carbon dioxide concentrations over the past 60 million years». Nature. 406 (6797): 695–699. doi:10.1038/35021000 
  16. «Summary for Policymakers». Climate Change 2001: The Scientific Basis. Contribution of Working Group I to the Third Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Intergovernmental Panel on Climate Change. 2001-01-20  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda)
  17. Tans, Pieter. «Trends in Atmospheric Carbon Dioxide – Mauna Loa». National Oceanic and Atmospheric Administration  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda)
  18. Prentice, I. Colin; et al. (20 de janeiro de 2001). «3.7.3.3 SRES scenarios and their implications for future CO2 concentration». Climate Change 2001: The Scientific Basis. Contribution of Working Group I to the Third Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Intergovernmental Panel on Climate Change  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda)
  19. «4.4.6. Resource Availability». IPCC Special Report on Emissions Scenarios. Intergovernmental Panel on Climate Change  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda)
  20. Sample, Ian (2005-08-11). «Warming Hits 'Tipping Point'». The Guardian  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda)
  21. Soden, Brian J.; Held, Isacc M. (2005-11-01). «An Assessment of Climate Feedbacks in Coupled Ocean–Atmosphere Models» (PDF). Journal of Climate. 19 (14): 3354–3360  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda);
  22. Stocker, Thomas F.; et al. (20 de janeiro de 2001). «7.5.2 Sea Ice». Climate Change 2001: The Scientific Basis. Contribution of Working Group I to the Third Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Intergovernmental Panel on Climate Change  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda)
  23. Buesseler, K.O., C.H. Lamborg, P.W. Boyd, P.J. Lam, T.W. Trull, R.R. Bidigare, J.K.B. Bishop, K.L. Casciotti, F. Dehairs, M. Elskens, M. Honda, D.M. Karl, D.A. Siegel, M.W. Silver, D.K. Steinberg, J. Valdes, B. Van Mooy, S. Wilson. (2007) "Revisiting carbon flux through the ocean's twilight zone." Science 316: 567-570.
  24. Marsh, Nigel; Henrik, Svensmark (2000). «Cosmic Rays, Clouds, and Climate» (PDF). Space Science Reviews. 94 (1–2): 215–230. doi:10.1023/A:1026723423896  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda);
  25. Danish National Space Center
  26. Global Warming and the Little Ice Age