Estação Ferroviária de Tondela

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Tondela
Linha(s): Linha do Dão (PK 20,383)
Coordenadas:
Mapa
40° 31′ 31,21″ N, 8° 04′ 03,92″ O
Município: border link=TondelaTondela
Inauguração: 24 de novembro de 1890 (há 133 anos)
Encerramento: 1990 (há 33 anos)

Apeadeiro de Tondelinha|Estação Ferroviária de Tonda A Estação Ferroviária de Tondela foi uma interface de caminhos de ferro da Linha do Dão, que servia a cidade de Tondela, no distrito de Viseu, em Portugal.

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Linha do Dão § História

Construção e inauguração[editar | editar código-fonte]

Em 1 de Junho de 1890, chegou o primeiro comboio a Tondela, que tinha partido de Santa Comba Dão.[1] A Linha do Dão foi inaugurada no dia 24 de Novembro de 1890,[2] e entrou ao serviço no dia seguinte, pela Companhia Nacional de Caminhos de Ferro.[3]

Mapa da Rede do Vouga e das linhas próximas em 1944, incluindo a estação de Tondela na linha de Viseu a S. C. Dão

Século XX[editar | editar código-fonte]

Em 8 de Março de 1908, foi organizado um comboio especial de Santa Comba Dão até Viseu, para um comício republicano naquela cidade; quando o comboio parou em Tondela, foi recebido na gare por mais de um milhar de pessoas e pela banda filarmónica, que tocou a Marselhesa.[4]

Em 1913, existiam serviços de diligências ligando a estação a Tondela e Campo de Besteiros.[5]

Em 10 de Agosto de 1926, a Companhia Nacional e a Companhia do Vouga organizaram comboios rápidos de luxo entre Santa Comba Dão, onde ligavam com os rápidos da Beira Alta, e as Termas de São Pedro do Sul, passando por Tondela, Viseu e São Pedro do Sul.[6]

Em 1933, a Companhia Nacional instalou as ligações telefónicas entre Viseu, Tondela e Santa Comba Dão, e realizou obras nesta estação, tendo modificado o primeiro piso do edifício, construído uma marquise sobre a gare de passageiros, e instalou iluminação eléctrica.[7] Em meados de 1937, foram organizados comboios especiais entre Sernada do Vouga e Tondela, devido ao Congresso Eucarístico que se realizou nesta localidade.[8] Em 1 de Janeiro de 1939, a Companhia Nacional extinguiu 3 comboios especiais que se faziam no segundo e quarto Domingo de cada mês para coincidir com a feira em Tondela, uma vez que este evento passou a ser realizado nas Segundas Feiras, podendo os utentes dessa forma utilizar os comboios regulares.[9] Nesse ano, esta interface foi alvo de várias obras de reparação.[10]

Transição para a CP e encerramento[editar | editar código-fonte]

Em 1 de Janeiro de 1947, a Companhia Nacional foi integrada na Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[11] A Linha do Dão foi encerrada em 1990[12] e transformada na Ecopista do Dão em 2007-2011.[carece de fontes?]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. NONO, Carlos (1 de Junho de 1948). «Efemérides Ferroviárias» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 60 (1451). p. 329-330. Consultado em 14 de Fevereiro de 2015 
  2. NONO, Carlos (1 de Novembro de 1949). «Efemérides ferroviárias» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 62 (1485). p. 655-656. Consultado em 14 de Fevereiro de 2015 
  3. TORRES, Carlos Manitto (16 de Março de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 71 (1686). p. 133-140. Consultado em 14 de Fevereiro de 2015 
  4. AMARO et al, p. 51
  5. «Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 27 de Fevereiro de 2018 
  6. «Viagens e Transportes» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 39 (928). 16 de Agosto de 1926. p. 255. Consultado em 1 de Março de 2016 
  7. «O que se fez nos Caminhos de Ferro em Portugal no Ano de 1933» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1106). 16 de Janeiro de 1934. p. 49-52. Consultado em 14 de Fevereiro de 2015 
  8. «Caminhos de Ferro Portugueses» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 49 (1189). 1 de Julho de 1937. p. 337. Consultado em 14 de Fevereiro de 2015 
  9. «Linhas Portuguesas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 51 (1226). 16 de Janeiro de 1939. p. 90. Consultado em 14 de Fevereiro de 2015 
  10. «O que se fez em Caminhos de Ferro no ano de 1939» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 52 (1249). 1 de Janeiro de 1940. p. 35-40. Consultado em 14 de Fevereiro de 2015 
  11. AGUILAR, Busquets de (1 de Junho de 1949). «A Evolução História dos Transportes Terrestres em Portugal» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 62 (1475). p. 383-393. Consultado em 14 de Fevereiro de 2015 
  12. REIS et al, p. 150

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • AMARO, António; MARQUES, Jorge (2010). Viseu. Roteiros Republicanos. Col: Colecção Roteiros Republicanos. Matosinhos: Quidnovi - Edição e Conteúdos, S. A. e Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República. 127 páginas. ISBN 978-989-554-738-8 
  • REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Ícone de esboço Este artigo sobre uma estação, apeadeiro ou paragem ferroviária é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.