Fábio Raunheitti

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Fábio Raunheitti
Nascimento 11 de setembro de 1928
Nova Iguaçu
Morte 22 de dezembro de 2005 (77 anos)
Cidadania Brasil
Ocupação político

Fábio Raunheitti (Nova Iguaçu, 11 de setembro de 1928 — ?, 23 de dezembro de 2005) foi um advogado, tabelião e político brasileiro. Exerceu o mandato de deputado federal na época e por isso foi um dos signatários na Constituição de 1988.[1] Foi eleito deputado duas vezes pelo PTB no estado do Rio de Janeiro e permaneceu no Congresso Nacional entre os anos de 1987 e 1994.[2]

Após a formação em direito, na Universidade Federal Fluminense, no ano de 1952, Fábio se tornou tabelião e ocupou durante três anos, 1968 a 1970, o cargo de secretário de Educação e Cultura no Rio de Janeiro. Nos anos seguintes, entre 1975 e 1976, foi presidente da Fundação Educacional de Nova Iguaçu e anos depois fundou e foi dirigente da Sociedade de Ensino do mesmo município.[1]

Em 1987 se elegeu pela primeira vez como deputado federal e foi reeleito em outubro de 1990, para um segundo mandato. Em 1996 retornou à vida pública como vice-prefeito de Nova Iguaçu. O advogado possuiu 16 processos indexados contra ele na Justiça.[3]. Em 2005, aos 77 anos, o político faleceu.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascimento e família[editar | editar código-fonte]

Fábio Raunheitti nasceu em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, no dia 11 de setembro do ano de 1928. Filho de José Raunheitti e Dulcélia de Moura Raunheitt, o carioca viu seu irmão Darcílio Aires se tornar deputado federal em 1975, cargo que também seria alcançado por Fábio.[4]

Seu irmão morreu no ano de 1986 e Fábio herdou suas bases políticas, algo que seria importante em sua futura eleição.

Casou-se com Lígia Gonçalves Raunheitti, mulher com quem teve quatro dos seus seis filhos. O mais velho, que também se chama Fábio, elegeu-se deputado estadual pelo Rio de Janeiro, no ano de 1998.

Em 2005, o político, tabelião e advogado Fábio Raunheitti, faleceu.[5]

Vida acadêmica e profissional[editar | editar código-fonte]

Fábio Raunheitti cursou direito na Universidade Federal Fluminense, em Niterói, no Rio de Janeiro, entre os anos de 1948 e 1952. Ele entrou para a OAB e neste mesmo ano de sua formação, o advogado se tornou substituto do tabelião, no 5º distrito, em Nova Iguaçu.[6]

Alguns anos depois, em 1968, Raunheitti passou a ser secretário de Educação e Cultura de Nova Iguaçu, cargo que ocupou até 1970. Em 15 de janeiro de 1969, fundou a primeira instituição de Ensino Superior da Baixada Fluminense, a Sociedade de Ensino Superior de Nova Iguaçu, atualmente Universidade Iguaçu -(UNIG). De 1975 até 1976, o então político foi presidente da Fundação Educacional do mesmo município e ao mesmo tempo foi o responsável pela Companhia Municipal de Desenvolvimento, função que manteve até o ano de 1982.[1]

Primeiro mandato[editar | editar código-fonte]

Nas eleições em 1986, Fábio Raunheitti concorreu e foi eleito pelo PTB para quatro anos com o mandato de deputado federal. Durante o período em que participou do governo foi Titular na Subcomissão de Orçamento e Fiscalização Financeira, esteve na Comissão do Sistema Tributário e também na Comissão de Orçamento e Finanças. Além disso, era suplente na Subcomissão da Educação, Esportes e Cultura, na de Ciência e Tecnologia e também na de Comunicação.[1]

Por participar do governo durante o período, foi um dos signatários da Constituição de 1988.[7]

Segundo mandato[editar | editar código-fonte]

Em 1990, novamente pelo PTB, Fábio Raunheitti foi reeleito e assumiu o cargo no ano seguinte. Mas em 1992, teve sua acensão política frustrada, pois perdeu a disputa para Altamir Gomes na prefeitura do município de Nova Iguaçu.[8].[9]

Opiniões políticas[editar | editar código-fonte]

Durante seus mandatos, Raunheitti participou de algumas sessões importantes para o Brasil. O advogado e político foi favorável ao sistema de presidencialismo, votou a favor do mandato de cinco anos para José Sarney e foi a favor da legalização do jogo do bicho e do aviso prévio proporcional.

Além disso, foi contra a descriminalização do aborto e também a um fundo que seria criado em apoio à reforma agrária.[1]

Acusações e problemas com a Justiça[editar | editar código-fonte]

Em 1994, Fábio Raunheitti foi acusado por repassar verbas do MEC para a Sesni, que era dirigido por ele e mais tarde se chamaria Universidade Iguaçu.[10] A Comissão de Constituição e Justiça da Câmera o considerou culpado e por isso recomendou a cassação do político.[1].[11]

Referências

  1. a b c d e f «Fábio Raunheitti». CPDOC. Consultado em 2 de janeiro de 2018 
  2. «Câmara dos Deputados». Portal da Câmara. Consultado em 23 de setembro de 2018 
  3. «Espólio de Fábio Raunheitti | Escavador». Escavador. Consultado em 24 de setembro de 2018 
  4. Unirio. «Deputados Federais RJ». Unirio. Consultado em 26 de setembro de 2018 
  5. Unirio. «Dissertacao Allofs-Batista». Unirio. Consultado em 26 de setembro de 2018 
  6. «Fábio Raunheitti». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 26 de setembro de 2018 
  7. Jornal Estado de São Paulo, Estadão (1 de fevereiro de 1987). «"Brasil escreve sua nova constituição"». Estadão 
  8. «Lista de prefeitos de Nova Iguaçu». Wikipédia, a enciclopédia livre. 20 de setembro de 2018 
  9. «Sacoleiros do ensino - ISTOÉ Independente». ISTOÉ Independente. 18 de abril de 2001 
  10. «RESOLUÇÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 63, DE 1994 - Publicação Original - Portal Câmara dos Deputados». www2.camara.leg.br. Consultado em 26 de setembro de 2018 
  11. «Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro TJ-RJ - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO : REEX 00485282420158190038 RIO DE JANEIRO NOVA IGUACU 4 VARA CIVEL». Jusbrasil