Garota de programa

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Uma cabine telefónica em Londres com anúncios de acompanhantes.

Garota ou garoto de programa ou acompanhante é um trabalhador sexual que não trabalha num prostíbulo, nem nas ruas, embora possa trabalhar para uma agência de acompanhantes.[1]

Embora a prostituição seja considerada a profissão mais antiga do mundo, apenas recentemente o conceito de garota ou garoto de programa passou a fazer parte deste contexto. Existem diversas zonas de prostituição, onde uma call girl ou um call boy pode atuar, mas, normalmente, acompanhantes trabalham de forma diferente. Para ser atendido, o cliente deve combinar o encontro, por telefone. Acompanhantes frequentemente anunciam seus serviços na seção de classificados de jornais e na Internet, apesar de um intermediário (como uma agência de acompanhantes) poder estar envolvido na sua promoção; menos frequentemente, há o envolvimento de proxenetas.[2]

Internet[editar | editar código-fonte]

Atualmente a maioria das agências de acompanhantes independentes possuem os seus próprios websites,[3] ou utilizam as redes sociais e sites especializados para divulgar seu trabalho. A internet tornou-se no principal meio através do qual os clientes encontram a garota ou garoto que desejam.[4][5][6] Existem diversos sites na internet nos quais é possível contratar o serviços de uma acompanhante com muita facilidade. Exemplo de sites desse tipo são: https://recantoluxuria.com/ ; https://garotacomlocal.com/acompanhantes/ e https://www.lindas.com.br/acompanhantes/De um modo geral, um ensaio fotográfico do(a) acompanhante é fornecida e, por vezes, o tipo de serviços sexuais que o acompanhante está disposto a oferecer. Algumas agências também propõem um preço mais elevado por determinado tipo de profissionais, como gêmeas, antigas atrizes pornô, modelos, dominatrixes ou submissas.

No Brasil[editar | editar código-fonte]

No Brasil, dada a dimensão de um País com mais de 200 milhões de pessoas[7] e com mais de 8 milhões de quilômetros quadrados, os sites de acompanhantes normalmente têm actuação regional. Os maiores sites de acompanhantes estão concentrados nas capitais, onde estão residem os clientes mais abastados e dispostos a pagar mais pelos serviços.

Acompanhantes de luxo no Brasil são bem conhecidos e, eventualmente, são celebridades, como Raquel Pacheco, mais conhecida pelo pseudônimo de Bruna Surfistinha. O tema já é tão comum que diversos canais de TV exibiram filmes, séries e documentários sobre garotas de programa, com diversas histórias de pessoas que se tornaram acompanhantes. A série O Negócio, produzida no Brasil, ficou mundialmente conhecida por contar a história de garotas de programa de luxo que se destacaram em sua atividade.

Em Portugal[editar | editar código-fonte]

A expressão acompanhantes ou acompanhantes de luxo é usualmente utilizada em Portugal para descrever os trabalhadores do sexo na Internet ou as usualmente chamadas garotas ou garotos de programa, no Brasil. Acompanhantes, em Portugal, são profissionais do sexo, normalmente independentes de qualquer proxeneta e que se promovem via Internet através de sites especializados (e outros canais digitais).

Em Portugal, porque o território geográfico é muito pequeno e tem aproximadamente apenas 10 milhões de pessoas,[8] os sites de divulgação dos serviços de acompanhantes são, normalmente, de abrangência nacional, e os principais focos dos anúncios desses sites são as cidades de Lisboa, Setúbal, Leiria, Porto, Aveiro e Braga, bem como o sul de Portugal. No verão é comum ver acompanhantes ocuparem grande parte da zona do Algarve, sobretudo as cidades de Quarteira e Faro.

Em Portugal, o mercado de Internet, onde acompanhantes anunciam os seus serviços, é hoje em dia bastante fraturado. Divide-se principalmente em três categorias. A primeira inclui os sites "VIP", cujos acompanhantes são certificados mediante sessões fotográficas presenciais. A segunda categoria abrange sites de anúncios de convívio erótico, que não oferecem qualquer tipo de certificação presencial dos conteúdos promovidos, embora usem técnicas para detectar fotos falsas nos anúncios. Por fim, na terceira categoria, enquadram-se todos os sites de classificados horizontais, ou seja sites que listam desde categorias de imobiliário até à venda de automóveis e onde se incluem também as categorias de convívio entre adultos. [carece de fontes?]

O inicio da censura a acompanhantes na Internet[editar | editar código-fonte]

No início de 2018, profissionais do sexo que anunciam e divulgam os seus serviços na Internet tiveram um duro revés. Após uma sequência de duas votações no senado e a subsequente passagem a efeito do "FOSTA - SESTA", que excluíram a prostituição e a promoção de serviços sexuais do artigo 230 do "Communications Decency Act", acompanhantes dos EUA passaram a ter muitas dificuldades em anunciar na Internet. O famoso site de anúncios Backpage,[9] muitos sites de convívio, fóruns de discussão e redes sociais começaram a censurar os conteúdos relativos a esses serviços.[10]

A nova adenda apenas abrange acompanhantes, serviços de Internet ou telecomunicações que residam ou operem nos EUA. Contudo até ao presente dia não se sabe que tipo de impacto esta decisão nos EUA poderá ter para o resto do mundo, nomeadamente para as acompanhantes que operam no Brasil e em Portugal.[10] Apesar de a lei ser apenas para os Estados Unidos, redes sociais atualizaram sua política no mundo todo. Assim, Twitter e Instagram passaram a banir de suas plataformas as contas associadas a profissionais do sexo. Em junho de 2020, as garotas de programa do Brasil responderam aos banimentos subindo a #éTrabalhoDignoTambém, que teve apoio da ex-garota de programa Inês Brasil.[11]

Atualmente o serviço de acompanhantes é muito consumido na internet, principalmente de forma local nas grande cidades, tais como Feira de Santana/BA, São Paulo/SP, Salvador/BA, Camaçari/Ba, Campinas/SP, Vitória da Conquista/BA, Porto Seguro/BA, Teixeira de Freitas/BA, Itabuna/BA, Lauro de Freitas/BA, Guarulhos/SP, Santo André/SP, Osasco/SP, Araçatuba/SP, Niterói/RJ, Rio de Janeiro/RJ, Maceió/AL

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Lindas». Site referência. 28 de novembro de 2023. Consultado em 28 de novembro de 2023 
  2. Taylor, Diane (11 de maio de 2000). «Nice and sleazy does it» (em inglês). The Guardian.co.uk. Consultado em 29 de junho de 2012 
  3. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome BBC
  4. Richtel, Matt (17 de junho de 2008). «Sex Trade Monitors a Key Figure's Woes» (em inglês). The New York Times.com. Consultado em 29 de junho de 2012 
  5. Johnson, M. Alex (20 de janeiro de 2006). «A consumer guide to prostitutes is a click away» (em inglês). MSNBC.com. Consultado em 29 de junho de 2012 
  6. Johnson, M. Alex (11 de abril de 2010). «Several comfortable steps ahead of the law» (em inglês). MSNBC.com. Consultado em 29 de junho de 2012 
  7. countrymeters.info. «População do Brasil 2018». countrymeters.info. Consultado em 19 de abril de 2018 
  8. countrymeters.info. «População de Portugal 2018». countrymeters.info. Consultado em 19 de abril de 2018 
  9. «Backpage». Wikipedia (em inglês). 19 de abril de 2018 
  10. a b «A FOSTA-SESTA, o fecho do Backpage e o futuro das Acompanhantes - Blog». Blog. 13 de abril de 2018 
  11. «Inês Brasil pede fim do banimento de garotas de programa do Twitter». Blog. 21 de julho de 2020 
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Call girl», especificamente desta versão.


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