HD 316285

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HDE 316285
Dados observacionais (J2000)
Constelação Sagittarius
Asc. reta 17h 48m 14.03884s [1]
Declinação −28° 00′ 53.1283″[1]
Magnitude aparente +9.60 [2]
Características
Cor (U-B) +0.61[2]
Cor (B-V) +1.67[2]
Variabilidade cLBV[3]
Astrometria
Mov. próprio (AR) −0.09±1.64[1]
Mov. próprio (DEC) −5.18±1.12[1]
Paralaxe 0.79 ± 1.29
Distância
1,900 [3] pc
Magnitude absoluta −8.4[4]
Detalhes
Raio 75 [4] R☉
Luminosidade 275,000 [5] L☉
Temperatura 15,000 K
Outras denominações
V4375 Sagittarii, HD 316285, HIP 87136, CD −27°11944, SAO 185776, GCRV 67373, MWC 272, AAVSO 1741-27B

HDE 316285 é uma estrela supergigante azul na constelação de Sagitário . É uma candidata a variável luminosa azul e fica a cerca de 6.000 anos-luz de distância na direção do centro galáctico.

Descoberta[editar | editar código-fonte]

HD 316285 foi identificada em 1925 como uma estrela incomum com linhas P Cygni em seu espectro, linhas com componentes de emissão e absorção compensados por um deslocamento doppler. [6] Foi inicialmente classificada como uma estrela Be, embora agora seja conhecida por ser uma supergigante e a classe das estrelas Be exclua as supergigantes. [7] Foi incluída no catálogo do Observatório Mount Wilson de estrelas B e A com linhas brilhantes de hidrogênio (MWC) como entrada 272. [8] Em 1956, foi relatado que a emissão se devia a uma atmosfera em expansão, e não aos discos circunstelares de estrelas Be menos evoluídas. [9] Em 1972, descobriu-se que tinha um excesso de infravermelho, uma emissão excepcionalmente alta em comprimentos de onda infravermelhos devido à poeira quente circundante. [10]

Em 1961, HD 316285 foi catalogada como nebulosa planetária Bl3-11, [11] embora essa classificação tenha sido rapidamente posta em dúvida. [12] [13]

Variabilidade[editar | editar código-fonte]

HD 316285 está listada no Catálogo Geral de Estrelas Variáveis como uma estrela Be variável com um alcance de cerca de um décimo de magnitude. [14] O International Variable Star Index classifica essa estrela como uma variável S Doradus [15] e é considerada uma candidata a variável azul luminosa.

Propriedades[editar | editar código-fonte]

O espectro mostra que HD 316285 tem apenas 1,5 vezes mais hidrogênio do que hélio e níveis elevados de carbono, nitrogênio e oxigênio, portanto, pode ser identificada como uma estrela altamente evoluída. Foi calculado que a estrela está perdendo massa à taxa de M☉ a cada quatro mil anos através de seu vento estelar. [4]

HD 316285 foi identificada como uma possível candidata a supernova tipo II-b ou tipo IIn, em modelagens computacionais de estrelas de 20 a 25 vezes a massa do sol. Foi demonstrado que essas supernovas podem explodir diretamente de estrelas em uma fase LBV após passarem um tempo como uma supergigante vermelha. [16]

Uma possível estrela companheira foi relatada com base em uma saída helicoidal de material aparentemente originado de HD 316285. Isso seria causado por um jato sendo torcido em forma de espiral pelo movimento orbital. [17]

Referências

  1. ↑ a b c d Van Leeuwen, F. (2007). «Validation of the new Hipparcos reduction». Astronomy and Astrophysics. 474 (2). 653 páginas. Bibcode:2007A&A...474..653V. arXiv:0708.1752Acessível livremente. doi:10.1051/0004-6361:20078357 
  2. ↑ a b c Ducati, J. R. (2002). «VizieR Online Data Catalog: Catalogue of Stellar Photometry in Johnson's 11-color system». CDS/ADC Collection of Electronic Catalogues. 2237: 0. Bibcode:2002yCat.2237....0D 
  3. ↑ a b Nazé, Y.; Rauw, G.; Hutsemékers, D. (2012). «The first X-ray survey of Galactic luminous blue variables». Astronomy & Astrophysics. 538: A47. Bibcode:2012A&A...538A..47N. arXiv:1111.6375Acessível livremente. doi:10.1051/0004-6361/201118040 
  4. ↑ a b c Hillier, D. J.; Crowther, P. A.; Najarro, F.; Fullerton, A. W. (1998). «An optical and near-IR spectroscopic study of the extreme P Cygni-type supergiant HDE 316285». Astronomy & Astrophysics. 340: 483–96. Bibcode:1998A&A...340..483H 
  5. ↑ van Genderen, A. M. (2001). «S Doradus variables in the Galaxy and the Magellanic Clouds». Astronomy & Astrophysics. 366 (2): 508–31. Bibcode:2001A&A...366..508V. doi:10.1051/0004-6361:20000022 
  6. ↑ Merrill, P. W. (1925). «Two stellar spectra of the P Cygni type». Astrophysical Journal. 61. 418 páginas. Bibcode:1925ApJ....61..418M. doi:10.1086/142900 
  7. ↑ Merrill, P. W.; Humason, M. L.; Burwell, C. G. (1925). «Discovery and Observations of Stars of Class Be». Astrophysical Journal. 61. 389 páginas. Bibcode:1925ApJ....61..389M. doi:10.1086/142899 
  8. ↑ Merrill, Paul W.; Burwell, Cora G. (1933). «Catalogue and Bibliography of Stars of Classes B and a whose Spectra have Bright Hydrogen Lines». Astrophysical Journal. 78. 87 páginas. Bibcode:1933ApJ....78...87M. doi:10.1086/143490 
  9. ↑ Merrill, Paul W. (1956). «Stars with expanding atmospheres». Vistas in Astronomy. 2. 1375 páginas. Bibcode:1956VA......2.1375M. doi:10.1016/0083-6656(56)90065-4 
  10. ↑ Kleinmann, S.; Kuhi, L. V. (1972). «Mass Loss and Infrared Excesses in Hot Stars». Publications of the Astronomical Society of the Pacific. 84. 766 páginas. Bibcode:1972PASP...84..766K. doi:10.1086/129377 
  11. ↑ Blanco, V. M. (1961). «A catalogue of Half emission objects in the galactic center region». Contr. from the Bosscha Observ. Lembang. 13. 1 páginas. Bibcode:1961CoBos..13....1B 
  12. ↑ Vorontsov-Veliaminov, B. A.; Kostiakova, E. B.; Dokuchaeva, O. D.; Arkhipova, V. P. (1975). «Planetary nebulae near the galactic center». Soviet Astronomy. 19. 163 páginas. Bibcode:1975SvA....19..163V 
  13. ↑ Frew, D. J.; Bojicic, I. S.; Parker, Q. A. (2013). «A catalogue of integrated Halpha fluxes for 1258 Galactic planetary nebulae». Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. 431: 2–26. Bibcode:2013MNRAS.431....2F. arXiv:1211.2505Acessível livremente. doi:10.1093/mnras/sts393 
  14. ↑ Samus, N. N.; Durlevich, O. V.; et al. (2009). «VizieR Online Data Catalog: General Catalogue of Variable Stars (Samus+ 2007-2013)». VizieR On-line Data Catalog: B/gcvs. Originally Published in: 2009yCat....102025S. 1. Bibcode:2009yCat....102025S 
  15. ↑ Watson, C. L. (2006). «The International Variable Star Index (VSX)». The Society for Astronomical Sciences 25th Annual Symposium on Telescope Science. Held May 23–25. 25. 47 páginas. Bibcode:2006SASS...25...47W 
  16. ↑ Groh, J. H.; Meynet, G.; Ekström, S. (2013). «Massive star evolution: luminous blue variables as unexpected supernova progenitors». Astronomy & Astrophysics. 550. 4 páginas. Bibcode:2013A&A...550L...7G. arXiv:1301.1519Acessível livremente. doi:10.1051/0004-6361/201220741. L7 
  17. ↑ Lau, R. M.; Hankins, M. J.; Herter, T. L.; Morris, M. R.; Mills, E. A. C.; Ressler, M. E. (2016). «An Apparent Precessing Helical Outflow from a Massive Evolved Star: Evidence for Binary Interaction». The Astrophysical Journal. 818. 117 páginas. Bibcode:2016ApJ...818..117L. arXiv:1512.07639Acessível livremente. doi:10.3847/0004-637X/818/2/117 
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