Hino Nacional da Mauritânia

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نشيد وطني موريتاني
Português:  Hino Nacional da Mauritânia
Hino Nacional da Mauritânia

Hino nacional da  Mauritânia
Composição Rageh Daoud
Adotado 2017
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Hino Nacional da Mauritânia (em árabe: نشيد وطني موريتاني) é o título do atual hino nacional da Mauritânia, que foi adotado após emendas constitucionais ao final de 2017. Teve sua melodia composta por Rageh Daoud. Este hino substituiu o hino anterior que foi utilizado entre 1960 e 2017.

Hino atual[editar | editar código-fonte]

Música[editar | editar código-fonte]

A melodia do atual hino é de Rageh Daoud.

Letra (primeira estrofe e refrão)[editar | editar código-fonte]

Versão original em árabe Transliteração

بلاد الأباة الهداة الكرام
وحصن الكتاب الذي لا يضام
أيا موريتان ربيع الوئام
وركن السماحة ثغر السلام

سنحمي حماك ونحن فداك
ونكسو رباك بلون الأمل
وعند نداك نلبي أجل

Bilāda l-ubāti l-hudāti l-kirām
Wa-ḥisna l-kitābi l-ladhī lā yudām
Ayā Mūrītāni rabī'i al-uyām
Wa-rukna s-samāḥati thaġra s-salām

Sanaḥmī ḥimāki wa-naḥnu fidāki
Wa-naksū rubāki bilauni l-amal
Wa-'einda nidāki nulabbī ajal

Hino antigo (1960–2017)[editar | editar código-fonte]

Música[editar | editar código-fonte]

O ritmo incomum e altamente complexo, conhecido como fatchou, torna o hino extremamente difícil de ser cantado; por este motivo, o hino frequentemente é citado como instrumental, omitindo-se os versos tradicionais.

Não há como determinar a data exata de sua criação. Presume-se, pelo seu texto, que data originalmente do período imediatamente posterior à conversão da região ao islamismo, que se deu entre os séculos VIII e XI.

O primeiro presidente e primeiro-ministro da Mauritânia, Moktar Ould Daddah (que foi derrubado posteriormente, num golpe de estado, em 1978), pediu ao maestro do serviço de radiotransmissão francês, Tolia Nikiprovetzki, que escolhesse uma melodia básica para o novo hino. Nikiprovetzki escolheu, entre inúmeras canções e lamentos populares tradicionais ("griots aos mortos"), a peça - que já continha os versos tradicionalmente utilizados, e introduziu um arranjo moderno, com fanfarras e salvas, porém mantendo o estilo rítmo tradicional mauritano.

Letra[editar | editar código-fonte]

Considerado como um dos hinos mais incomuns do mundo,[1][2] o seu texto baseia-se num antigo poema de Baba Ould Cheikh Sidiya, escrito durante um período de intensa produção cultural, em que foram feitas diversas obras relevantes de poesia árabe. O autor se inspirou, para escrevê-lo, nos diversos conflitos que ocorreram entre as diversas seitas ou confrarias surgidas simultaneamente à conquista da região pelos árabes que trouxeram o islamismo.

Versão original em árabe Transliteração Tradução em português


كن للاله ناصرا وأنكر المناكرا
وكن مع الحق الذي يرضاك منك دائرا
ولا تعد نافعا سواه أو ضائرا
واسلك سبيل المصطفى ومت عليه سائرا
وكن لقوم احدثوا في أمره مهاجرا
قد موهوا بشبه واعتذروا معاذرا
وزعموا مزاعما وسودوا دفاترا
واحتنكوا أهل الفلا واحتنكوا الحواضرا
وأورثت أكابر بدعتها أصاغرا
وإن دعا مجادل في أمرهم إلى مرا<
فلا تمار فيهم إلا مراء ظاهرا

Kun lil-ilāhi nāṣirā / wa-ankiri-l-manākirā
Wa-kun ma‘a-l-ḥaqqi-l-ladhī / yarḍāhu minka dā’irā
Wa-lā ta‘udd nāfi‘ā / siwāhu au ḍā’irā
Wa-sluk sabīla-l-muṣṭafā / wa-mut ‘alaihi sā’irā
Fa-mā kafā awwalanā / a-laisa yakfī-l-ākhirā
Wa-kun li-qaumin aḥdathū / fī amrihi muhājirā
Qad mawwahū bi-šibhin / wa-‘tadharū mu‘ādhirā
Wa-za‘amū muzā‘imā / wa-sawwadū dafātirā
Wa-ḥtanakū ahla-l-falā / wa-ḥtanakū-l-ḥawāḍirā
Wa-aurathat akābira / bid‘atuhā aṣāghirā
Wa-in da‘ā majādila / fī amrihim ilā mirā
Fa-lā tumāri fīhim / illā mirā’a ẓāhirā

Seja um ajudante de Deus, e censure o que é proibido
E siga a lei que Ele quer que você siga
Não considere ninguém útil ou prejudicial, exceto Ele
E caminhe pelos passos do escolhido, e morra enquanto o fizer!
Pois o que for bom para o primeiro de nós também será bom para o último
E abandone as pessoas que fazem o mal em relação a Deus
Eles O deturparam, tornando-O comum, utilizando-se de todo tipo de desculpas
Fizeram alegações ousadas, e enegreceram livros
Deixaram que nômades e sedentários passassem por experiências amargas
E legaram os grandes pecados de suas inovações [doutrinárias]
E se um desses discordantes o chamar para discordar de suas afirmações
Não discorde dele então, mas só o faça através da discórdia externa

Referências

  1. "And the winning anthem is...", Alex Marshall in The Guardian, 11 de agosto de 2008.
  2. Mauritania - NationalAnthems.info

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Ragozat, Ulrich, Die Nationalhymnen der Welt, Verlag Herder, Freiburg/D, 1982, citado em NationalAnthems.us

Ligações externas[editar | editar código-fonte]