Hospital de Cumura

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Hospital de Cumura
Hospital de Cumura
Primórdios da "Leprosaria da Guiné", na primeira metade do século XX.
Nome completo Hospital de Hanseníase da Guiné-Bissau
Localização Cumura, Prabis, Biombo, Guiné-Bissau
Fundação 1945 (79 anos)
Sistema de saúde Sistema Nacional de Saúde da Guiné-Bissau
Financiamento Governo da Guiné-Bissau
Tipo Parceria Público-Privada
Rede hospitalar Nacional e Católica
Site hcumura.com
Coordenadas 11° 49′ 51″ N, 15° 41′ 12″ O
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O Hospital de Cumura, também chamado de Hospital de Hanseníase da Guiné-Bissau (nome oficial) e Hospital do Mal de Hansen de Cumura, é um hospital localizado no bairro de Cumura, na cidade-sector de Prabis, nos arredores de Bissau, na Guiné-Bissau. É hoje uma referência no tratamento da lepra (mal de Hansen), na Guiné-Bissau, e na África Ocidental, muito embora atenda em outras especialidades.

Sus estruturas e pessoal estão sob administração da "Missão Católica de São Francisco de Assis", entidade católica pertencente à Ordem dos Frades Menores, recebendo financiamento do Governo da Guiné-Bissau e de outras entidades.[1]

Foi criado inicialmente como leprosaria na primeira metade do século XX.

História[editar | editar código-fonte]

A cerca de 14 km de Bissau, o governador Sarmento Rodrigues decidiu instalar, em 1945, a "Leprosaria da Guiné", destinada a concentrar doentes leprosos. A sua construção estava incluída no Plano de Fomento da Guiné. As missões católicas ofereceram o seu apoio na gestão da leprosaria. Em 1951 a "Aldeia dos Leprosos de Cumura" foi entregue à responsabilidade dos Serviços de Saúde da Guiné.

A "Leprosaria de Cumura", como era comumente chamada, foi aberta oficialmente a 22 de abril de 1952 (embora já operasse desde 1945), com 261 doentes. A aldeia, que compunha a leprosaria, tinha 18 palhotas e, com o tempo, tornou-se o que hoje é o bairro de Cumura.[2]

Os doentes recebiam assistência sanitária, social e espiritual, com catequese.[2]

Após a alteração da designação de lepra para mal de Hansen, a leprosaria passou a designar-se Hospital-Colónia de Cumura.[2]

Em 1969 o hospital recebeu o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, sendo construídos edifícios definitivos com capacidade de acolher 140 doentes.[2]

Após a independência da nação, a instituição ganhou a denominação de Hospital de Hanseníase da Guiné-Bissau.

Referências

  1. História do hospital de Cumura. Hospital de Cumura. 2020.
  2. a b c d Costa, Luís (2019). Leprosaria de Cumura: história, etnografia e fotografia – intercepções. Coimbra: Departamento de Ciências da Vida e Antropologia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra / Centro em Rede de Investigação em Antropologia.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]