Jihad
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Jiade[1][2] ou Jihad[3][4] (em árabe: جهاد; romaniz.: jihād) é um conceito essencial da religião islâmica e significa "empenho", "esforço". Pode ser entendida como uma luta, mediante vontade pessoal, de se buscar e conquistar a fé perfeita. Aquele que segue a Jihad é conhecido como Mujahid.
Há duas formas de atualmente de entender a Jihad, a " Maior" e a "Menor", mas só uma está presente no Alcorão, a " Jihad Maior". A "Jihad Maior", é descrita como uma luta do indivíduo consigo mesmo, pelo domínio da alma; e a outra: a "Jihad Menor", é descrita como um esforço que os muçulmanos fazem para levar a teoria do Islã a outras pessoas. Esta divisão só surge, porém, no século XI num livro de al-Khatib al-Baghdadi que transmite aquele referido dito de Maomé. Ou seja: antes deste período apenas havia uma jihad e essa, de acordo com os textos fundacionais do Islão, era a "Jihad Menor" como se pode ver na surah 4:95 do Alcorão. Com efeito, nenhuma das quatro escolas de jurisprudência sunitas, nem a tradição xiita, se referem à "Jihad Maior". Mas não só: nenhuma das seis maiores colecções de hadith (Sahih Bukhari; Sahih Muslim; Dawud; al-Sughra; Tirmidhi e Ibn Majah), que a seguir ao Corão são os textos mais importantes para a formação identitária e teológica do Islão, se referem, nas 200 vezes que se reportam a jihad, à "Jihad Maior", mas apenas à jihad de luta exterior e conquista. Ou seja: dizer que a verdadeira jihad é uma luta interior é, não só, uma posição herética face àquelas escolas ortodoxas de jurisprudência, mas ir contra as próprias palavras do profeta muçulmano Maomé que, por exemplo, disse:
- «Está escrito que Amr bin Abasah disse: “fui ter com Maomé e perguntei: ‘Oh mensageiro de Alá, qual é a melhor jihad? Maomé disse: ‘A de um homem cujo sangue é derramado e o seu cavalo é ferido’”» (Sunan Ibn Majah 2794)
- «Está escrito segundo a autoridade de Abu Huraira que Maomé disse: ‘Aquele que morreu mas não lutou no caminho de Alá nem expressou alguma determinação por lutar, morreu como morrem os hipócritas» (Sahih Muslim 2:4696)
Bandeiras
A Jihad carrega consigo suas bandeiras com a escrita da Shahadah o primeiro dos cinco pilares do Islã, defendendo que não há deuses senão Alá.
São duas as bandeiras da Jihad, a mais comum Al-Raya, também escrita como Ar-Rayah e comumente chamada de Bandeira da Jihad é a mais usada por grupos jihadistas modernos, a bandeira branca, Al-Liwa não muito é referenciada pois essa refere-se ao Califado e não exatamente ao ato ou grupos em prol da Jihad.
Ver também
Referências
- ↑ Alves, Adalberto (2013), «jiade», Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa, ISBN 9789722721790, Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Instituto Camões, p. 578, consultado em 31 de maio de 2014
- ↑ Correia, Paulo (Primavera de 2015). «Designações de entidades ligadas à Alcaida» (PDF). a folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809
- ↑ «Dicionário Priberam (de Portugal)»
- ↑ «Dicionário Aulete (do Brasil)»
Bibliografia
- KHADDURI, Majid. War and peace in the law of Islam. Baltimore: Johns Hopkins University, 1958.
- MORABIA, Alfred. Le gihad dans l’Islam médiéval. Paris: Albin Michel, 1993.
- MELIS, Nicola. Trattato sulla guerra. "Il Kitab al-gihad di Molla Hüsrev". Cagliari: Aipsa, 2002.
- MELIS, Nicola. Il concetto di ğihād, in P. Manduchi (a cura di), Dalla penna al mouse: Gli strumenti di diffusione del concetto di gihad. Milão: Franco Angeli, 2006, pp. 23–54.
- MELIS, Nicola. A Hanafi treatise on rebellion and ğihād in the Ottoman age (XVII c.), in Eurasian Studies, Istituto per l’Oriente/Newnham College, Roma-Cambridge, Volume II; Number 2 (dezembro 2003), pp. 215–226.
- PETERS, Rudolph. Islam and colonialism: The doctrine of Jihad in modern history. "Religion and Society", Mouton, Haia, 1979.