João Bosco Penido Burnier

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
João Bosco Burnier SJ
Nome completo João Bosco Penido Burnier
Nascimento 11 de junho de 1917
Juiz de Fora
Morte 11 de outubro de 1976
Goiânia
Nacionalidade Brasil Brasileiro
Ocupação Jesuíta

Padre João Bosco Burnier (Juiz de Fora, 11 de outubro de 1976 - Goiânia, 11 de outubro de 1976) foi um sacerdote Jesuíta, vitima inocente da ditadura.

Biografia

João Bosco Burnier foi um sacerdote Jesuíta que nasceu em dia 11 de junho de 1917, em Juiz de Fora (MG), quinto filho numa família de nove irmãos.

Dois de seus oito irmãos também se dedicaram à vida religiosa: frei Martinho, dominicano, e monsenhor Vicente Burnier, o primeiro sacerdote surdo do Brasil, que ficou conhecido como um dos padres mais atuantes da Pastoral dos Surdos.

Padre

Estudou em Roma, na Pontifícia Universidade Gregoriana, onde concluiu a graduação em teologia. Lá, foi ordenado sacerdote, em 1946, complementando a formação na Espanha. Nomeado assistente para a América Latina da Companhia de Jesus, retornou ao Brasil em 1954, designado vice-provincial da região de Minas, Goiás e Espírito Santo.

Participou da fundação do Colégio dos Jesuítas, em Juiz de Fora, respondeu pelos cargos de mestre de noviços e diretor espiritual dos juniores. Os anos de sua vida madura foram dedicados à Missão de Diamantino/MT, servindo junto aos índios beiços-de-pau e bacairis, quando participou da coordenação regional do CIMI (Conselho Indigenista Missionário).

A morte

Faleceu tragicamenete em 12 de outubro de 1976, em Goiânia (GO), vitima de um policial que o baleou na tarde de 11 de outubro, em Ribeirão Cascalheira (MT), quando esse junto com Dom Pedro Casaldáliga intercendia em favor de duas mulheres presas que eram torturadas[1].

Segundo Dom Pedro, as mulheres eram ameaçadas com um caititu bravo que poderia despedaçá-las.

O assassino foi o soldado Ezy Ramalho Feitosa que lhe deu um soco, uma coronhada e um tiro de bala dundum.

Com 33 anos de atraso, o Governo Federal admitiu, no início de dezembro de 2009, através do trabalho da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, que o assassinato do Padre Burnier, foi provocado pelo regime militar.

O reconhecimento oficial da culpa do Estado na morte, repara um erro histórico e abre caminho para a indenização dos familiares de Burnier.

Referências

Ligação Externa