João José de Alcântara

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João José de Alcântara (Portalegre, Elvas 6 de março de 1827 - 7 de outubro de 1895) foi o 1º conde de Alcântara e um político português, líder do Partido Regenerador e deputado do reino, bem como lavrador, proprietário e regente agrícola na região de Elvas.

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Biografia[editar | editar código-fonte]

Grande parte da sua infância foi passada na cidade de Elvas, em pleno Alentejo, local onde estudou letras. Corria o ano de 1867 teve a iniciativa de criar um jornal a que deu o nome de "Sentinela da Fronteira", tendo esta publicação teve um cariz tido como liberal e radical. [3]

Corria ainda o ano de 1867, e após ter estado algum tempo a exercer o cargo de deputado municipal, é eleito para as cortes na cidade de Lisboa pelo círculo representativo de Portalegre, como representante Partido Regenerador.

Foi igualmente um defensor dos ideias monárquicos, para o que teve apoio da classe política de Elvas em meados do Século XIX, dada a influência que tinha na capital Portuguesa e nos meios políticos e parlamentares.

Relações familiares[editar | editar código-fonte]

Foi filho do tenente de infantaria José Maria de Alcântara e de Felicidade Perpétua da Silveira de Abreu.

Casou-se com Adelaide Teolinda Calado e, após a morte desta, em segunda núpcias com Júlia Rosa da Cunha.

Do primeiro casamento teve:

  1. Felicidade Perpétua de Abreu de Alcântara, casada com Afonso Botelho Correia do Amaral, com quem teve: Júlio de Abreu Alcântara Botelho que, contrariando as ideologias do seu avô, foi um dos vultos da Primeira República em Elvas, tendo sido o primeiro cidadão elvense a hastear a bandeira da República na actual Casa da Cultura, então sede da Câmara Municipal de Elvas, a 5 de Outubro de 1910.[4][5]

Títulos[editar | editar código-fonte]

Foi agraciado com o título de Visconde de Alcântara criado por força de decreto datado de 26 de dezembro de 1878, pelo rei D. Luís I de Portugal. [6]

Já no reinado de D. Carlos I de Portugal, este título foi elevado à categoria de Conde de Alcântara por força de decreto datado de 6 de maio de 1890[6].

Após a morte do primeiro titular, a representação genealógica do título viria a passar para a sua filha Felicidade Perpétua de Abreu de Alcântara e, com a morte desta, ao seu neto Júlio de Abreu de Alcântara Botelho (Elvas, Ajuda, Salvador e Santo Ildefonso 4 de Janeiro de 1880 - Elvas 24 de Setembro de 1930). [5]

Júlio de Abreu de Alcântara Botelho casou duas vezes, a primeira com a sua prima D. Maria Adriana Picão de Abreu, e a segunda com D. Maria Aurora Cipriano de Almeida. Não tendo tido descendência de nenhum dos casamentos, a representação genealógica viria a ser transmitida pelo lado colateral a seu primo Manuel Vicente de Abreu (falecido em Elvas, Ajuda, Salvador e Santo Ildefonso, 23.01.1933), filho de Manuel Joaquim de Abreu e de D. Ana Teodora do Carmo Picão.[7]. Actualmente, é representante do título, já extinto por ter sido concedido em vidas, José Manuel Serra Picão de Abreu, neto do citado Manuel Vicente de Abreu.


Referências

  1. Nobreza de Portugal e Brasil - 3 vols, Direcção de Afonso Eduardo Martins Zuquete, Editorial Enciclopédia, 2ª Edição, Lisboa, 1989, vol. 2-pg. 217.
  2. Raízes e Memórias, Instituto Português de Genealogia, Lisboa, 17-pg. 91
  3. "À Sombra do Aqueduto - Roteiro Antigo de Elvas" - 1ª série - Eurico Gama - Elvas - 1955
  4. Fidalgos e Morgados de Vila Real e seu Termo, Júlio A. Teixeira, J.A. Telles da Sylva, 2ª Edição, Lisboa, 1990, vol. I-pg. 140.
  5. a b Elementos para um Dicionário de Geografia e História portuguesa, a qual trata de factos atinentes ao concelho de Elvas e aos extintos concelhos de Barbacena, Vila Boim e Vila Fernando" - Tomo A (Alcântara, Viscondes de) - Vitorino de Almada - Elvas - 1901
  6. a b Nobreza de Portugal e Brasil - 3 vols", Direcção de Afonso Eduardo Martins Zuquete - Editorial Enciclopédia, 2ª Edição, Lisboa, 1989.
  7. "Raízes e Memórias" - Instituto Português de Genealogia, Lisboa