Costa Miranda

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Costa Miranda
Nascimento 1818
Morte 1878
Cidadania Brasil
Ocupação pintor

Joaquim Inácio da Costa Miranda Júnior ou apenas Costa Miranda (Pernambuco, 1818Rio de Janeiro após 1878) foi um pintor, desenhista e professor brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Foi um dos primeiros alunos de Debret e Grandjean de Montigny na Academia Imperial de Belas Artes. Na mesma academia, terminados os estudos, tornou-se, por concurso, professor substituto de Desenho. Em 1835 foi transferido para a cadeira de Pintura Histórica e, em 1839, para a de Paisagem. Em 1848 Joaquim Inácio da Costa Miranda Júnior foi nomeado catedrático de Desenho na vaga de Manuel Joaquim de Melo Corte Real. Onze anos depois seria jubilado.

No Liceu de Artes e Ofícios[editar | editar código-fonte]

Deixando a Academia, em 1870 foi convidado para ministrar aulas no Liceu de Artes e Ofícios, onde lecionou por oito anos a disciplina Desenho de Figura. O Liceu tinha um corpo docente composto de competentes professores e conhecidos e respeitados cidadãos que viviam na Corte. Ali estavam Agostinho José da Mota, Vitor Meireles, Castagneto, Luigi Stallone, Ângelo Agostini, François-René Moreaux, Manuel Antônio de Almeida e Carlos de Laet.

Portanto, em muito boa companhia encontrava-se o discípulo de Debret. Costa Miranda era considerado um bom professor. Teve muitos alunos que se tornaram famosos, destacando-se entre todos, pela qualidade da obra que deixou, o baiano Rodolfo Amoedo.

Desligando-se do Liceu por aposentadoria, recebeu da diretoria daquela instituição um ofício, datado de 1878, em que se lhe reconhecia os méritos e se lhe agradecia pelos bons serviços prestados.

Participação nas Exposições Gerais e obras[editar | editar código-fonte]

Participou das Exposições Gerais de Belas Artes dos anos de 1841 e 1850 expondo retratos.

São raras as suas obras, o que pode sugerir que tenha produzido pouco. Sabe-se que desenhou a Princesa Isabel, usando a técnica do bico-de-pena. O trabalho, tanto pode ter permanecido no acervo da Família Real ou no Museu Imperial, quanto leiloado com outros bens pertencentes ao Imperador ou a seus familiares.

Após 1878 não se tem mais notícias de Costa Miranda. A partir de então, não há dados sobre sua vida, onde morou, até quando viveu e onde foi enterrado. Presumem os seus biógrafos que faleceu no Rio de Janeiro pouco tempo após ter deixando a docência.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • FREIRE, Laudelino. Um século de pintura. Rio de Janeiro: Tip. Röhe, 1916.
  • BRAGA, Teodoro. Artistas pintores no Brasil. São Paulo: São Paulo Edit., 1942.
  • LEVY, Carlos Roberto Maciel. Exposições gerais da Academia Imperial e da Escola Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1990.