José de Meneses Toste

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José de Meneses Toste
Nascimento Açores
Cidadania Portugal
Alma mater

José de Meneses Toste (Angra do Heroísmo, 19 de maio de 1827Lisboa, ?) foi bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, alto funcionário público e político. Foi administrador do concelho de Almada, guarda-mor e secretário do Tribunal da Relação de Lisboa. Membro destacado do Partido Histórico, foi deputado às Cortes em diversas legislaturas, sempre eleito pelo círculo de Angra do Heroísmo.[1][2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Natural de São Bento, Angra do Heroísmo, filho de José Pedro Toste, natural da Ribeirinha, e de sua esposa Maria Cândida de Meneses. Formou-se em 1858 bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra. Ingressou no funcionalismo público em Lisboa. Entre outros cargos, foi administrador do concelho de Almada, guarda-mor do Tribunal da Relação de Lisboa (1867) e secretário daquele tribunal (1871).[1] A família paterna era originária da Ribeirinha e a materna das Lajes. O pai, depois de viúvo, foi sacerdote e pároco de São Bento.[3]

Foi eleito deputado nas listas do Partido Histórico em representação do círculo de Angra do Heroísmo nas legislaturas de 1861-1864, 1865, 1865-1868, 1868-1869, 1870-1871 e 1871-1874.[1]

Sem grande participação na política nacional, dedicou-se à representação dos interesses do seu círculo e dos restantes círculos açorianos, tendo participado na elaboração de diversas propostas para financiamento de obras públicas nos Açores. Também se dedicou às questões dos transportes e comunicações para o arquipélago, nomeadamente na propositura e discussão de contratos para a instalação de um cabo submarino que ligasse as ilhas ao exterior e da concessão das linhas de transporte marítimo de passageiros entre Lisboa e os Açores. Foi o proponente da criação da comarca judicial da Praia da Vitória.[1]

Foi agraciado com a comenda da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa a 30 de março de 1870.

Notas

  1. a b c d Nota biográfica na Enciclopédia Açoriana.
  2. Maria Filomena Mónica (coord.), Dicionário Biográfico Parlamentar (1834-1910), vol. III, p. 924. Lisboa, Assembleia da República, 2006.
  3. Jorge Forjaz e António Mendes, Genealogias da ilha Terceira, vol. IX, p. 480. Lisboa, Dislivro, 2007.

Referências[editar | editar código-fonte]

  • Alfredo Luís Campos, Memória da Visita Régia à Ilha Terceira. Imprensa Municipal, Angra do Heroísmo, 1903, p. 369.
  • Jorge Forjaz e António Mendes, Genealogias da ilha Terceira, vol. IX, p. 480. Lisboa, Dislivro, 2007.
  • Vítor Luís Gaspar Rodrigues, A geografia eleitoral dos Açores de 1852 a 1884, pp. 58-94. Ponta Delgada, Universidade dos Açores, 1985.