Kadanuumuu

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Kadanuumuu ("Grande Homem" no idioma Afar) é o apelido de KSD-VP-1/1. Trata-se de um fóssil parcial de Australopithecus afarensis, de 3,58 milhões de anos, descoberto na região de Afar, Etiópia, em 2005, por uma equipe liderada por Yohannes Haile-Selassie, curador de antropologia física do Museu de História Natural de Cleveland, e divulgado em 2010 pela revista Proceedings of the National Academy of Sciences.[1] Com base na análise esquelética, acredita-se que o fóssil mostre conclusivamente que a espécie era totalmente bípede.[2][3] Segundo Haile-Selassie: "Esse indivíduo era totalmente bípede e capaz de caminhar como os humanos modernos. Como resultado da descoberta, podemos dizer com confiança que a Lucy e seus parentes eram quase tão eficientes como nós ao andar sobre as duas pernas e que o alongamento de nossas pernas ocorreu antes, em nossa história evolutiva, do que achávamos".[4]

Com mais de um metro e meio de estatura, Kadanuumuu é muito mais alto que o famoso fóssil "Lucy" da mesma espécie descoberta na década de 1970 e é aproximadamente 400.000 anos mais velho.[2] Entre outras características, a escápula de Kadanuumuu (parte da omoplata), a mais antiga descoberta até hoje para um hominídeo, é comparável à dos humanos modernos, sugerindo que a espécie era mais terra do que baseada em árvores. Nem todos os pesquisadores concordam com esta conclusão.[5]

Referências

  1. «Descoberto esqueleto de australopiteco mais antigo que Lucy». Estado de S. Paulo. Consultado em 18 de fevereiro de 2020 
  2. a b Rex Dalton. «Africa's next top hominid: Ancient human relative could walk upright.». Nature 
  3. «"Arqueólogos acreditam que fóssil seja o "tataravô" de Lucy"». Gazeta do Povo. Consultado em 18 de fevereiro de 2020 
  4. «"Antepassado de Lucy é descoberto na Etiópia». Fapesp. Consultado em 18 de fevereiro de 2020 
  5. Ker Than. «"Lucy" Kin Pushes Back Evolution of Upright Walking?». National Geographic