Língua roviana

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Roviana
Falado(a) em: Ilhas Salomão, Papua-Nova Guiné
Região: centro norte de Nova Geórgia
Total de falantes: 9.870 (1999)
Família: Austronésia
 Malaio-Polinésia
  Oceânica
   Salomônicas Noroeste
    Nova Geórgia – Ysabel
     Nova Geórgia
      Roviana–Kusaghe
       Roviana
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---
ISO 639-3: rug

A língua Roviana faz parte do ramo Salomônico Noroeste das línguas oceânicas, sendo falado na região das lagoas Roviana e Vonavona língua franca de caráter religioso na província Ocidental. Hoje vem sendo substituída pelo pidgin das Ilhas Salomão.

Estudos[editar | editar código-fonte]

Poucos estudos publicados sobre o Roviana incluem obras de: Ray (1926), Waterhouse (1949) e Todd (1978), que contém a sintaxe da língua, Corston-Oliver (1996 & 2002), que discute seu aspecto de língua ergativa, Todd (2000) e Ross (1988) sobre sua estrutura de frases.

Fonologia e Ortografia[editar | editar código-fonte]

Consoantes
Labial Alveolar Velar Glotal
Nasal m /m/ n /n/ ng /ŋ/
Plosiva sonora b /ᵐb/ d /ⁿd/ q /ɡ/
surda p /p/ t /t/ k /k/
Fricativa sonora v /β/ z /z/ g /ɣ/
surda s /s/ h /h/
Rótica r /r/
Lateral l /l/

O alfabeto latino usado pelo Roviana se compõe dessas letras acima e abaixo.

alofones: [h] ~ [ɦ] ([+sonora]) / V_V → /huhuβe/ [huɦuβe] ‘banhando’

[ŋ] ~ [ɲ] / _V [-posterior] → /ŋiɾa/ [ɲiɾa] ‘forte’

/r/ ligeiramente vibrante em sílabas não tônicas e fortemente vibrante nas tônicas.

Vogais
Anterior Posterior
Fechada i u
Medial e o
Aberta a

V → V: / V tônico

V → Ṽ / nasal

[a] ~ [ə] / _V → /leana/ [leəna]

Sílabas

(C)V

( C representa consoante isolada; V representa monotongo ou ditongo )

Ditongos

São cinco os ditongos: /ei/, /ai/, /ae/, /au/, /oi/

A maioria dos morfemas lexicais consistem em duas ou três sílabas. Os morfemas léxicos que consistem de quatro sílabas ou uma única sílaba são incomuns enquanto morfemas que consistem em mais de quatro sílabas nunca ocorreram.

Tonicidade

A tonicidade não é contrastiva.

(i) Raízes de uma sílaba, com exceção de preposições e artigos;

/ˈla/ ‘ir’, /ˈmae/ ‘vir’

(ii) Raízes de duas sílabas são tônicas na sílaba inicial;

/ˈzama/ ‘falar’, /ˈtalo/ ‘taro (planta)’

(iii) Raízes de mais de duas sílabas são tônicas na primeira e segunda sílabas;

/ˈeˈhara/ ‘sangue’, /ˈsiˈɡareti/ ‘cigarro’

O infixo de nominalização ⟨in⟩ ocorre dentro da primeira sílaba da raiz, sempre recebe tonicidade;

/ˈɣani/ ‘comer’, /ˈɣiˈnani/ ‘comida’

À todo material que precede a raiz (prefixos e material reduplicado) é atribuída tonicidade como se fosse uma única raiz.;

/ˈβari-ˈpera/ ‘lutar’, /ˈhabo-ˈhabotu-ana/ ‘cadeira’

O sufixo transitivo /-i/ toma tonicidade;

/ˈseke-ˈi-a/ ‘atinge ele/elat’

Outros sufixos, no entanto, não levam tonicidade e são ignorados na determinação da colocação da tonicidade. O material que segue a raiz não é tratado como uma unidade para fins de atribuição da tonicidade;

/ˈdoɣoˈr-i-ɣami/ ‘nos veja (EXClusivo)’

O sufixo /-ɣami/ não recebe tonicidade.

A tonicidade é atribuída independentemente a cada raiz em um composto:

/βetu/ + /lotu//ˈβetuˈlotu/ ‘igreja (‘oração’ + ‘casa’)’

Sintaxe[editar | editar código-fonte]

A ordem das palavras do Roviana é VSO (Verbo-Sujeito-Objeto).

Pronomes

Pessoa Absoluta Ergativa Focal Português
Primeira arau rau arau Eu,me, mim
gita gita gita Nós (incl)
gami gami gami Nós (excl)
Segunda agoi goi agoi Tu, você (sg)
gamu gamu gamu you(pl)
Terceira asa sa asda Ela, Ele
sarini ri arini Eles, Elas

Sufixos pronominais

1INC 1EXC 2 3
SG -qu -mu/-na
PL -da -mami -mia/-di

Esses sufixos se usam para posse direta e inalienável, tais como parentes e partes do corpo.

lima -na [mão -3SG] 'mão dele/dela'

tama -qu [pai -1SG] 'meu pair'

Possessor pré posto

1INC 1EXC 2 3
SG qua mua/nana
PL nada mami mia/dia

Esses sufixos se usam para posse direta e inalienável : nana hore [POSS: 3SG canoa] 'canoa dele/dela'

mia popoa [POSS: 2SG casa] 'casa deles/delas'

Possessor pós posto

1INC 1EXC 2 3
SG taqa tamu/tadi
PL tani tani/tami tani/tamu/tadi

Sufixos para segundo tipo de posses indiretas ou alienáveis:

Hie sa lose tanisa [Esta DEF quarto POSS:3PL] 'Este é/o quarto dela'

1INC 1EXC 2 3
SG gequ gemu/gena
PL gada gemami gemi/gedi

O possessivo para comida tem prefixo ge ou ga:

gemi ginani [POSS:2PL comida] 'tua comida'

1INC 1EXC 2 3
SG equ emu/ena
PL eda emami emi/edi

Marcador para desejo é o ou e:

equ puta [POSS:1SG dormir] 'Eu quero dormir'

Pronomes interrogativos

Pronome Português
esei quem
arisei quem (pl)
esei ri kara quem (de duas pessoas)
tesei de quem
sa/na sa o quê
sa sari o quê (pl)
savana qual
na sa ri kara qual (de duas coisas)

Pronomes indefinidos

Pronome Português
keke tie um homem
ke tie algum hpmem
isa si keke um outro
keke nana koburu um dos filhos dele/dela
kaiqa pule outros/alguns mais
ka visavisa/kaiqa alguns/poucos
loke tie nenhum
votiki zinama Língua diferente
loke toŋa nada

Pronomes demonstrativos

Pronome Ex. frase Português
hie/si hie/hiera sa tie hie/sa si hie? /hiera sa qua vetu este homem/o que é isso? /essa é minha casa
hoi/sana/asa asa sa vineki hoi/na tie sana/asa se Maria essa ali é a menina/aquele homem/aquela é Maria
hire/si hire hire mua buka/tamu goi si hire? esses são teus livros/are esses são teus?
hiroi hiroi mua buka aqueles são teus livros

Substantivos

Há duas classes de substantivos em Roviana. A 1ª inclui parentescos, partes do corpo e alguns nomes de locais, Usam pronomes pessoas com sufixos:

tinaqu - 'minha mãe'; mata-na - 'olhos dela/idele'

Os substantivos da 2ª classe com palavras possesivas separadas:

qua buka - 'meu livro'; nana vetu - 'casa dela/dele'

Nomes de locais são formados a partir de verbos com sufixo 'ana'. Indicam o local onde a ação ocorre:

habotu - 'sentar'; habo-habotu-ana - 'cadeira'

Substantivos formados a partir de verbos e adjetivos com o infixo /in/. Se o verbo ou adjetivo começa por vogal, o /in/ é prefixado:

ene - 'caminhar'; inene - 'jornada'

Quando um verbo ou adjetivo começa com consoante ele é afixado depois dessa primeira consoante:

kera - 'cantar'; kinera -'canção'

Substantivo pode ser formado pelas formas causativa ou recíproca do verbo:

gila -'saber'; vagila - 'mostrar'; vinagila-gila - 'um sinal'


Artigos

Os artigos em Roviana ficam antes do substantivo, marcando as frases nominais como comum ou própria. Os artigos podem ser definidos ou indefinidos.

O artigo indefinido é 'na':

na nana buka [INDEF POSS: 3SG livro] 'lum ivro dele/dela'

na pode ser também sa

sa hore 'a canoa'

'na' e 'sa' podem ser aplicados em substantivos plurais:

na tie habahuala-di [INDEF pessoas pobres POSS:3PL] 'as pessoas pobres'

O artigo definido é 'sa'

sa dia vetu [DEF POSS:3PL casa] ' A casa deles(a)'

Os artigos pessoais são o não-absolutivo 'e' e o absolutivo 'se'. E é geralmente usado para nomes próprios no caso subjetivo, 'se' no objetivo:

Dogoria rau se Nate rane sarere lahe. [Vi 1SG ABS Nate rane sarere lahe] 'Eu vi Nate sábado passado.'

Mais gramática[editar | editar código-fonte]

Complexas

Coordenativas

A coordenação é marcada pela conjunção de duas frases, pertencendo a conjunção à segunda frase;

ba ‘mas’

ke ‘então, assim’

me(ke) 'e' > me é muito mais comum em textos

na 'ou'

pude 'intencional'

tiqe 'então'

Gina tourism kamahire kote sage mae ba lopu ta-gilana.

talvez o turismo agora FUT ir.acima vem mas NEG PASS-saber

‘Talvez o turismo vá pegar, mas não sabemos.’

-Subordinação-

Três classes principais são cláusulas relativas, cláusulas de complemento e cláusulas adverbiais.

Relativas

Cláusulas relativas seguem a raiz N e são introduzidas pelo marcador de cláusula relativa invariável ‘sapu’. Essas só podem ser formados em A, S e O e no argumento nominal de uma cláusula sem verbo. Uma explicação mais detalhada está abaixo.

Complementares

Cláusulas complementares são introduzidas pelo subordinador sapu; caso contrário, não é diferente das cláusulas principais.

Cláusulas de complemento ocorrem após Vs de cognição, fala ou percepção, enquanto cláusulas subordinadas (com exceção de cláusulas relativas) ocorrem na posição de foco;

Lopu hiva-ni-a ri sapu tangin-i-a rau sa vineki.

NEG gostar-TR-3SG 3PL C segurar-TR-3SG 1SG DEF menina

"Eles não gostaram de mim segurando a menina." (Lit: "Eles não gostaram, eu estava segurando a manina")

As cláusulas de complemento são consideradas intermediárias entre cláusulas principais e subordinadas. Nos textos, as cláusulas complementares em Roviana são raras. A citação direta é mais frequente do que a subordinação a predicados mais elevados da informação, enquanto os modais epistêmicos (por exemplo, gina "talvez", tu "EMPH) são frequentemente usados em vez de subordinação a predicados mais elevados da cognição. (ergatividade)

Adverbiais

Cláusulas adverbiais ocorrem em posição de foco e nunca contêm novas menções nas posições centrais do argumento. Eles são introduzidos por um subordinador e seguidos pela partícula focal ‘si’, uma consequência de estar na posição de foco;

beto 'depois'

pude 'se'

totoso 'enquanto, quando'

Ke beto vagi ri sarina ⟨in⟩avoso si la buna-i-a ri sa vasina asa.

Então, depois de reunir 3PL DEF: PL ⟨ NOM⟩ sabe FOC ir bombardear-TR-3SG 3PL DEF lugar que

"Então, depois que eles reuniram todas as informações, eles foram e bombardearam aquele lugar."

A subordinação é extremamente limitada em Roviana. Cláusulas subordinadas nunca contêm outras cláusulas subordinadas, nem contêm cláusulas relativas. Da mesma forma, cláusulas relativas não contêm cláusulas subordinadas ou cláusulas relativas.

Ergatividade

O sujeito de um verbo intransitivo tem o mesmo marcador morfológico que um objeto direto, e um marcador morfológico diferente do sujeito de um V transitivo.

A- sujeito transitivo, O- objeto direto transitivo, S- sujeito intransitivo - respectivamente.

Se Roviana é uma língua ergativa ou não é argumentativa, no entanto, cláusulas relativas nesta linguagem podem ser categorizadas pela ergatividade, de modo que ela pode ser descrita como uma linguagem ergativa..

Relativas raiz cabeça N e são introduzidas por um marcador relativo invariante sapu. O co-referente do N na cláusula matriz nunca é evidente dentro da cláusula relativa. Esta característica pode estar de acordo com se o co-referente nocional dentro da cláusula relativa é A, S ou O.

Relativas em A

Cláusulas relativas em A usam a nominalização clausal. O nocional A não tem realização explícita. O verbo nominalizado em uma cláusula relativa em A traz um sufixo "NSUF", que também é usado para indexar o possuidor em possessivos;

sa huda noma-na

DEF árvore grande-3SG.NSUF

‘a arvore grande’

Quando o O na cláusula relativa é um N próprio, é marcado com o artigo ‘e’;

Hierana sa koreo sapu tupa-na e Zone.

este DEF menino REL socar-3SG.NSUF ART John

‘Este é o garoto que socou John.’

Relativas em S

Dado que o co-referente na cláusula relativa não tem realização explícita;

Hierana sa tie sapu kote taloa.

este DEF homem REL FUT ir embora

‘Este é o homem que está indo embora.’

Relativas em O

Em cláusulas relativas em O, A é declarado na cláusula relativa e a morfologia verbal completa é usada para indexar o O. Os sufixos nominais não são usados em cláusulas relativas em O;

Hierana sa koreo sapu tupa-i-a e Zone.

este DEF menino REL socar-TR-3SG.DO ART John

‘Este é o garoto que John deu um soco.’

No contexto de uma cláusula relativa que é, por definição, subordinada, e é encapsulada simplesmente como ART, uma vez que é usada com Ns apropriados, que são A ou O. Estes dois exemplos seguintes têm e; o primeiro está em A enquanto o segundo está em O.

Hierana sa koreo sapu tupa-na e Zone.

este DEF menino REL socar-3SG.NSUF ART John

‘Este é o garoto que socou John.’

Hierana sa koreo sapu tupa-i-a e Zone.

este DEF menino REL socar-TR-3SG.DO ART John

‘Este é o garoto em quem John deu um soco.’

-‘Quando’ -

Cláusulas’ 'quando' são introduzidas pelo subordinador ao 'tempo' ou à forma sincopada ‘totso’, mas elas não especificam a natureza precisa da relação temporal envolvida;

Totso koa goi pa korapa tropic si kaqu pezaku lamo si goi.

Tempo, ficar você.SG PREP em trópico FOC dever lavar mãos sempre ABS você.SG

‘Quando você fica nos trópicos, você deve sempre lavar as mãos’

Depois -

O evento de uma cláusula de "depois" é introduzido pelo subordinado ‘beto’ "terminar" e antecede temporariamente o evento da cláusula da matriz à qual ele está sintaticamente subordinado;

Ke beto vagiri sarina ⟨in⟩avoso si 1a buna-i-a ri sa

então termine reunindo eles DEF.PL ⟨NOM⟩ saber FOC ir bombardear-TR-3SG.DO ele.ERG DEF

vasina asa.

Lugar aquele

‘Então, depois que eles reuniram todas as informações, eles foram e bombardearam aquele lugar.’

-‘Contemporâneas’ cláusulas-

As cláusulas "contemporâneas" têm um aspecto imperfeito, geralmente acompanhado pela reduplicação do verbo, com o significado "Enquanto …-endo, -ando’ ou ‘As …-endo, -ando’;

En-ene ri la hoirana si tutuvi-a ri se Manue.

DUP-caminhar eles ir lá FOC encontrar 3SG.DO eles .ERG ABS gambá

‘Enquanto eles caminhavam, eles se encontraram com gambá’

-Condicionais-

Numa condicional, a prótase é uma cláusula subordinada. Tal como acontece com as cláusulas subordinadas, existe um sistema neutro de marcação de caso;

...ba pude gore vura mae sa si kote taloa si rau.

Mas se ir.abaixo sair vir it FOC FUT sair ABS I

‘...mas se der certo, vou sair.’

Amostra de texto[editar | editar código-fonte]

Pai Nosso

Tamamami pa mangauru, mani ta pamanae sa pozana hopena. Mamu mae koa bangara koa gami. Mami va tabei gami pa pepeso sarina mua zinama gua sapu va tabe guni ri pa mangauru si arini. Mu poni ni gami ginani koari hopeke rane. Mu taleoso ni gami koarina mami sinea, gua sapu taleoso ni gami saripu va sea mae koa gami. Mu va sare gami koarina tinoketoke ngingiradi. Mamu harupu va seu gami koe Setani. Be taleosoni gami sarina sinea pu tavete atuni rina tie koa gamu si kaqu taleosoni gamu tugo sa Tamasa pa mangauru.[1]

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. [1] Arquivado em 4 de março de 2016, no Wayback Machine. Chritus Rex.org

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Corston, Simon H. (1996) Ergativity in Roviana, Solomon Islands. Canberra: Pacific Linguistics.
  • Corston-Oliver, Simon H. (2002) 'Roviana.' In John Lynch, Malcolm Ross & Terry Crowley (eds.) The Oceanic languages. London: Curzon. [A lengthy sketch grammar of the language.]
  • Hall,Allen.(2000). A Roviana and English dictionary/Allen and others for New Georgia,Solomon Islands. Brisbane.Jollen Press.
  • Ray, Sidney H. (1926) A comparative study of the Melanesian island languages. Cambridge: Cambridge University Press. [Briefly describes a few key features of the grammar of Roviana.]
  • Ross, Malcolm D. (1988) Proto Oceanic and the Austronesian languages of western Melanesia. Canberra: Pacific Linguistics. [pp240–247 discusses clause structure in Roviana.]
  • Todd, Evelyn M. (1978) 'Roviana syntax.' In Stephen A. Wurm & Lois Carrington (eds.) Second International Conference on Austronesian Linguistics: Proceedings fasicle 2. Eastern Austronesian. Canberra: Pacific Linguistics. pp1035–1042.
  • Todd, Evelyn M. (2000) 'Roviana clauses.' In Bill Palmer & Paul Geraghty (eds.) SICOL. Proceedings of the Second International Conference on Oceanic Linguistics: vol.2. Historical and descriptive studies. Canberra: Pacific Linguistics. pp137–154.
  • Waterhouse, J.H.L. (1928) A Roviana and English dictionary. Sydney: Epworth. (Revised and enlarged 1949 by L.M. Jones and edited by Loata Parkinson in 2005).

Ligações externas[editar | editar código-fonte]