Liolaemus

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Indivíduo de Liolaemus occipitalis, uma das três espécies que ocorrem no Brasil.
Indivíduo de Liolaemus occipitalis, uma das três espécies que ocorrem no Brasil.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Liolaemidae
Gênero: Liolaemus
Espécies
Sinónimos
  • Abas
  • Ceiolaemus
  • Vilcunia
  • Pelusaurus


Liolaemus é um gênero bastante diversificado de mais de 220 espécies[1] de pequenos lagartos da família Liolaemidae, que habitam a América do Sul e vivem geralmente em locais áridos, longe ou próximos do litoral[1][2].

No Brasil, ocorrem apenas três espécies do gênero, que vivem em determinadas dunas e praias litorâneas, entre a vegetação de restinga, nos Estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul[1][2].

Nomes populares[editar | editar código-fonte]

Lagartixa-da-areia, lagartixa-da-praia, lagarto-da-areia, lagarto-das-dunas, entre outros, são os nomes populares mais comuns dados às espécies de Liolaemus que ocorrem no Brasil.

Porém estes mesmos nomes populares são utilizados, de forma menos frequente, a algumas outras espécies de lagartos no Brasil, como os do gênero Tropidurus[3].

Espécies no Brasil[editar | editar código-fonte]

No Brasil as três espécies de Liolaemus existentes são:

As três medem entre 5 a 8 cm de comprimento e apresentam muitas adaptações à vida na areia, especialmente referente à sua cor clara camuflada com a areia e capacidade de se enterrar[2]. São ágeis e, dependendo da espécie, podem se alimentar de pequenos animais, como insetos e outros invertebrados[2] ou também vegetais, como flores e folhas[4].

Risco de extinção[editar | editar código-fonte]

As três espécies brasileiras apresentam risco de extinção, pois habitam somente algumas regiões de praias e dunas costeiras do Brasil, que têm sido destruídas pelo avanço da urbanização[5]. As três estão incluídas na Lista Internacional de Espécies Ameaçadas da instituição IUCN, classificadas como vulneráveis[5].

Galeria de imagens[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d WINCK, G.R.; ALMEIDA-SANTOS, P.; ROCHA, C.F.D. 2004. Potential distribution of the endangered endemic lizard Liolaemus lutzae Mertens, 1938 (Liolaemidae): are there other suitable areas for a geographically restricted species?. Braz. J. Biol.,  São Carlos ,  v. 74, n. 2, p. 338-348. .
  2. a b c d e DA SILVA, C. M. 2006. Filogeografia e diferenciação morfológica das populações  de  Liolaemus  occipitalis  Boulenger,  1885  (Iguania: Liolaemidae)  ao  longo  de  seu  domínio  geográfico.    Dissertação (Mestrado  em Biologia Animal)  -  Instituto  de Biociências da UFRGS, Porto Alegre. 101 pp. Acesso ao conteúdo online em 5 de agosto de 2018.
  3. PRODETUR – Sergipe. 2004. Fauna no Polo Costa dos Coqueirais. In: Avaliação Ambiental Estratégica do PRODETUR Nacional no Estado de Sergipe. Sergipe. Consultado em 5 de agosto de 2018.
  4. a b VERRASTRO, L.; VERONESE, L.; BUJES, C.; CLÓVIS, B.; FILHO, M.M.D. 2003. A new species of Liolaemus from Southern Brazil (Iguania: Tropiduridae). Herpetologica. 59. 105-118. Consulta em 5 de agosto de 2018.
  5. a b «The IUCN Red List of Threatened Species - Liolaemus occipitalis (Em inglês)». IUCN. 2000. Consultado em 4 de agosto de 2018