Longino (prefeito pretoriano)

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Longino foi prefeito pretoriano da Itália, sob o imperador bizantino Justino II (r. 565–578), na época da invasão lombarda da península Itálica.

Segundo a Prosopografia do Império Romano Tardio, foi prefeito entre 568 e 575 ou 575[1], ano em que foi atestado pela última vez. No passado, com base nas teorias erradas do humanista Flávio Biondo, se afirmava que Longino tinha sido o primeiro exarca da Itália e que seu mandado tinha terminado em 584.[2][3] Essas teorias foram depois desmentidas pela historiografia moderna (por exemplo em Diehl), com base nas fontes primárias (Paulo Diácono) que o definiram como prefeito ("praefectus"), portanto prefeito pretoriano de Itália.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Em 568, foi nomeado Prefeito do Pretório de Itália, substituindo Narses. Segundo uma lenda, Narses, furioso por ter perdido o cargo de governador da Itália teria se vingado do imperador Justino II convidando Alboíno, rei dos lombardos, a invadir a Itália[4].

Alboíno invadiu a Itália quase sem encontrar nenhuma resistência da parte dos bizantinos e de seu prefeito Longino e logo todo o norte da península Itálica caiu sob o jugo lombardo. Longino então construiu instalações defensivas em Cesareia, próximo a Ravena[5] Alboíno foi depois morto num complô chefiado por Helmiques; esse tentou tomar o poder, mas falhou porque os lombardos, sentidos com a morte de Alboíno, quiseram matá-lo.

Rosamunda, mulher de Alboíno e uma das participantes do complô, pediu ajuda a Longino, solicitando asilo político em Ravena. Longino enviou a ela um navio, que levou Romamunda, Helmiques, Alpsuinda e todos os tesouros dos lombardos a Ravena. Então Longino instigou Rosamunda matar Helmique, prometendo desposá-la [6] Rosamunda, iludida pela ambição de tornar-se senhora de Ravena, envenenou Helmique mas este, ao descobrir que tinha sido envenenado, obrigou Rosamunda a beber também ela o veneno e, assim, ambos morreram envenenados.

Depois desses eventos, Longino enviou Alpsuinda e o tesouro lombardo ao imperador em Constantinopla. Alguns afirmam que Peredeo também foi enviado a Constantinopla, a quem foram retirados os olhos. Peredeo depois vingou-se matando dois funcionários bizantinos.

É ignorada a data da morte de Longino. É ainda atestado como prefeito em 574 em uma epígrafe[7]

Referências

  1. PLRE IIIb, p. 56
  2. History of Latin Christianity, p. 285
  3. An Universal History From The Earliest Account of Time, p. 615
  4. Paulo Diácono, II,5.
  5. Agnello Ravennate, 95.
  6. Paulo Diácono, II, 29
  7. CIL XI, 317.
  • Artigo originalmente traduzido da Wikipedia em italiano, nesta edição [1]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]