Luiz Carlos Peters

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Carlito Peters
Informações pessoais
Nome completo Luiz Carlos dos Santos Peters[1]
Data de nascimento 15 de novembro de 1932
Local de nascimento Penápolis, São Paulo, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Data da morte 15 de fevereiro de 2003 (70 anos)
Local da morte São Paulo, São Paulo, Brasil
Apelido Carlito
Informações profissionais
Posição atacante

Luiz Carlos dos Santos Peters, mais conhecido como Carlito Peters (Penápolis, 15 de novembro de 1932São Paulo, 15 de fevereiro de 2003), foi um futebolista brasileiro.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Carlito Peters dedicou toda sua vida à paixão pelos esportes. Filho de um grande aficionado e atleta amador, Adelino Peters, começou a jogar futebol junto com os irmãos Dirceu e Nena; ambos também se tornaram jogadores profissionais, Dirceu pelo Guarani Futebol Clube e Nena pela Portuguesa Santista.

Uma de suas grandes paixões foi o Clube Atlético Penapolense, do qual participou desde sua fundação, em 1944. Começou na recém-criada equipe juvenil, junto a Nena. Seu irmão mais velho, Dirceu, era goleiro da equipe principal. Desde então foi avançando em sua carreira profissional como jogador, diretor técnico, empresário e promotor de eventos. Teve uma carreira internacional de grandes êxitos mas sempre retornava à paixão antiga, o CAP, ao qual dedicou-se até os últimos dias de sua vida.

Depois do CAP passou passou por várias equipes, incluindo o Bandeirante Esporte Clube (1950), a Associação Ferroviária de Esportes (1956), a Associação Atlética Portuguesa (1958), o São Paulo Futebol Clube (1959)[2], o Club Deportivo Oro de Jalisco (1960), e os Pumas da UNAM Club Universidad Nacional Autónoma de México (1961-64)1961-64 Pumas UNAM, Club Universidad Nacional Autónoma de México [3] [4], onde finalizou sua carreira como jogador. Começou sua carreira de treinador ainda quando jogava pelo Oro de Guadalajara e treinou sua equipe juvenil mas a partir de 1965 passou a atuar como diretor técnico de várias equipes. No começo dos anos 70 também foi vereador da Camara da Prefeitura de Penápolis e presidente da Comissão Central de Esportes (CCE). Entre as equipes que atuou como diretor técnico encontram-se o Clube Atlético Penapolense CAP (várias atuações entre 1965 e 1973), os Pumas UNAM, Club Universidad Nacional Autónoma de México (1963, 1973-4), Operário Futebol Clube (1975), o Club Deportivo Toluca (1975-6), o Puebla Futbol Club (1977-8) e vários outros.

A filosofia do esporte[editar | editar código-fonte]

Para Carlito, a prática de esportes adicionava beleza e paixão à vida. Porém, ele tinha também convicção que o esporte era um elemento importante na educação e formação da juventude: essencial para uma vida saudável e na prevenção ao uso de drogas, mas também para a formação do caráter e da civilidade através da valorização de atitutes éticas e justas, do incentivo à coesão social, à solidariedade, à força de vontade. Carlito acreditava que o esporte podia atuar como um agente importante na construção de uma sociedade mais justa e bela. [5][6][7]

50 anos do Troféu Faixa Azul[editar | editar código-fonte]

Carlito Peters fez parte da equipe da Portuguesa Santista que disputou 14 jogos no continente africano no ano de 1959[8][9].[10] Essa excursão vitoriosa rendeu o troféu Fita Azul para a Portuguesa. Ocorreu também nessa viagem um importante incidente diplomático na África do Sul, onde as autoridades locais impediram que jogadores brasileiros negros participassem dos jogos naquele território. Os jogadores da Portugues se recusaram a disputar a partida naquelas condições e até o presidente JK teve participação no ocorrido, quando enviou seu representante diplomático para que impedisse a realização do evento.[11][12][13]

Currículo resumido[editar | editar código-fonte]

Formação e atuação política

1975 Licenciado em Educação Física pela Associação de Ensino Marechal Cândido Rondon, Escola Superior de Educação Física e Técnicas Desportivas de Araçatuba

1969-73 Vereador da Câmara Municipal de Penápolis

1970-73 Presidente da CCE, Comissão Central de Esportes de Penápolis

Carreira futebolística

Atuação como jogador

1946 Começa a jogar futebol pela equipe juvenil e depois passa para a equipe principal do Clube Atlético Penapolense, CAP, Penápolis, SP

1950 Bandeirante Esporte Clube, Birigui, SP

1952 Associação Ferroviária de Esportes, SP

1956 Associação Atlética Portuguesa, Santos, SP

1959 São Paulo Futebol Clube, São Paulo, SP [2]

1960 Club Deportivo Oro de Jalisco, Guadalajara, México

1961-64 Pumas UNAM, Club Universidad Nacional Autónoma de México [3] [4]

Atuação como diretor técnico

1960 Equipe Juvenil do Club Deportivo Oro de Jalisco, Guadalajara, México

1963 Pumas UNAM, Club Universidad Nacional Autónoma de México

1965-73 Clube Atlético Penapolense CAP (várias atuações entre 1965 e 1973)

1973-74 Pumas UNAM, Club Universidad Nacional Autónoma de México

1975 Operário Futebol Clube, Campo Grande, MS [14][15][16]

1975-76 Club Deportivo Toluca, Toluca, México[17] [18][19]

1977 América Futebol Clube, São José do Rio Preto, SP [20]

1977-78 Puebla Futbol Club, Puebla, México [21][22][23][24][25][26] [22]

1979 Tigres, Universidad Autónoma de Nuevo León, Monterrey, México [27][28]

1981 Club Jaiba Brava del Tampico Madero, Tampico, México[29]

1997-2002 Presidente do Clube Atlético Penapolense CAP

Atuação no boxe

1982-1990 Organizador de eventos e empresário de diversos boxeadores, incluindo título mundial de superpenas pelo WBC Conselho Mundial de Boxe de Francisco Tomaz da Cruz contra Julio Cesar Chaves em 1987

Comentarista Esportivo na Televisão Mexicana

1978 Copa do Mundo de Futebol, Argentina

1982 Copa do Mundo de Futebol, Espanha

1986 Copa do Mundo de Futebol, México

Referências

  1. a b «Que fim levou? CARLITO... Ex-zagueiro do Penapolense e São Paulo». Terceiro Tempo. Consultado em 27 de outubro de 2022 
  2. a b Tricolor SPFC, Volume 76, São Paulo, SP (1959) , capa e p. 01, 08, 14
  3. a b Ovaciones, Mexico DF (18/setembro/1964), ‘Universidad vencio al Necaxa 1-0’, p. 01.
  4. a b Esto, Mexico DF (24/dezembro/1962), ‘Con dos goles de Carlito el Universidad empato en Leon’, p. 13.
  5. Ovaciones, Mexico DF (28/janeiro/1979), ‘Carlito Peters pidió un aplauso para sus pupilos!’, p. 05.
  6. El Sol de Puebla, Puebla (02/junho/1979), ‘Carlos Peters volverá’, p. 01.
  7. Excelsior, Mexico DF (20/fevereiro/1976) Carlos Peters: Muchos entrenadores solo piensan en los puntos, yo soy un sentimental del futbol
  8. A Gazeta Esportiva (março 1959), Rumo á Africa do Sul embarcou delegação da A. A. Portuguesa, p. 01.
  9. A Tribuna, Santos, SP (março 1959), Seguiu a Briosa com destino à Africa.
  10. A Tribuna, Santos, SP (05/maio/1959) 'Goleada também pela A.A. Portuguesa, a seleção da União Sul Africana: 5 a 1’, p. 10.
  11. Angola Desportiva, Angola, (16/maio/1959) Pela primeira vez em Angola uma equipa brasileira!, p. 01
  12. O Jornal, Rio de Janeiro (21/04/1959), Portuguêsa Santista continua a infligir goleadas.
  13. Diario da Noite, São Paulo, SP, (13/04/1959) Reação anti-racista aplaudida em Londres, p. 01.
  14. Correio do Estado, Campo Grande, MT (28/abril/1975) ‘Operário bate Dom Bosco e é campeão de Mato Grosso’, p. 01.
  15. A Gazeta Esportiva, Edição Nacional (28/abril/1975) ‘Operário FC, campeão matogrossense’, p. 13.
  16. Correio do Estado, Campo Grande, MT (28/abril/1975) ‘Vim para ser campeão’.
  17. Esto, Mexico DF (17/novembro/1975), ‘Dirigir al Toluca, un reto para Carlito Peters’, p. 04.
  18. Excelsior, Mexico DF (20/fevereiro/1976) Carlito, el diablo increible aqui esta, p. 01.
  19. El Sol de Mexico, Toluca, Mexico (19/fevereiro/1976), ‘Carlito regresa a Brasil en agosto. Pase lo que pase no renovará contrato con el Toluca estudiará sicología’, p. 04.
  20. A Comarca de Penápolis, Penápolis, SP (13/janeiro/1977) ‘Carlito já está à testa do América’, p. 01
  21. El Sol de Puebla, Puebla (14/dezembro/1978), ‘Peters: el Puebla va a darles un susto’, p. 01.
  22. a b Esto, Mexico DF (10/dezembro/1978), ‘Siempre es preferible un punto a ninguno’, p. 11.
  23. El Sol de Puebla, Puebla (08/janeiro/1979), ‘Puebla gano 2-1 en final cardiaco’, p. 01.
  24. La Aficción, Mexico DF (12/fevereiro/1979). ‘Sensacional reacción del Puebla que perdia 2-0 y en los 10’ finales ganó 3-2 a la UdeG, p. 15.
  25. Esto, Mexico DF (18/fevereiro/1979). ‘Puebla les quitó un punto a los Tigres’, p. 06.
  26. Esto, Mexico DF (26/fevereiro/1979), ‘Poblanos y Chivas’, p. 16.
  27. Estadio, Mexico DF (04/julho/1979), ‘Peters a los Tigres’, p. 01.
  28. Regio Deporte, Monterrey, Nuevo Leon (04/julho/1979), ‘Tigres entrenarán con música de discoteca’, p. 01 e 08.
  29. Aguilar, Carlos. Tribuna de Monterrey, Monterrey, (1982) ‘Mi filosofia es el gol’, p. 01.