MX-1600

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MX-1600
Computador doméstico

MX-1600
Fabricante Dynacom
Descontinuado 1986 (37–38 anos)
Lançamento 1985 (38–39 anos)
Características
Arquitetura TRS-80 Color
Sistema operacional Microsoft Extended Color BASIC, Tandy RSDOS, Microware OS-9, TSC Flex9
Processador Motorola 6809E[1] em 0,89 ou 1,8 MHz
Memória 64 Kbytes
Monitor TV Colorida / Monitor RGB
Portal Tecnologias da Informação

O MX1600 foi um computador doméstico de 8 bits produzido no Brasil pela Dynacom em 1985, durante o período da Reserva de Mercado e baseado no TRS-80 Color Computer (também chamado de "CoCo", contração de "Color Computer") da Tandy/Radio Shack americana, o qual foi o primeiro computador da Tandy a gerar imagens gráficas em cores a um baixo custo de produção.

Características[editar | editar código-fonte]

  • Memória:
    • ROM: 20 KBytes (contendo o "Extended Color BASIC" ou "ECB")
    • RAM: 64 KBytes
  • Teclado:
    • Modelo 2: "profissional" com 59 teclas, incorporado ao gabinete
  • Display: Microprocessador Motorola MC6847, 9 cores
    • Modo texto (com 32 x 16 caracteres)
    • Gráficos de baixa resolução (com 64 x 32 pixels)
    • Gráficos de média e alta resolução (podendo chegar aos 256 x 192 pixels, 2 cores por pixel, totalizando 49.152 pontos)
  • Suporte à impressora serial, joysticks analógicos e gravador de fita cassete
  • Porta de expansão (onde era possível conectar cartuchos com programas, jogos etc)
  • Outras Portas:
    • 1 saída para TV colorida PAL-M, canais 3 ou 4 VHF
    • 1 porta serial RS-232C
    • 2 portas para joysticks analógicos ou digitais
    • 1 porta para monitor RGB
    • 1 porta para gravador cassete
  • Armazenamento Magnético:
    • Gravador cassete em 1500 bauds, com controle remoto do motor

Histórico[editar | editar código-fonte]

Lançado em agosto de 1985[2], pela Dynacom, tradicional fabricante de videogames no Brasil (Dynavision, entre outros), o MX1600 pretendia concorrer com outros microcomputadores de 8 bits, como o Apple II, aproveitando-se do sucesso da linha TRS-80 Color no mercado mundial (representados então pelos Estados Unidos, com o Tandy TRS-80 Color Computer e Inglaterra, com o Dragondata Dragon 32) e nacional, espelhando-se aqui nos excelentes resultados de vendas do CP400 produzido pela Prológica.

No entanto, as vendas do MX1600 ficaram bem abaixo do esperado e logo em 1986 a linha de produção foi desativada. Com efeito, embora tivesse planos para lançar um micro padrão MSX, o "desastre comercial" do MX1600 levou a Dynacom a repensar os projetos de microcomputadores baseados em processadores de 8 bits, decidindo migrar diretamente para a linha PC/XT/AT/386[3].

Visando facilitar a conquista do mercado, o MX1600 tinha como diferencial vir de fábrica acompanhado de duas fitas cassete contendo mais de cem jogos, aplicativos e utilitários, enquanto que o seu maior adversário - o CP400, trazia uma fita cassete contendo tão somente oito programas.

Portas[editar | editar código-fonte]

A entrada para cartuchos no MX1600 ficava no canto superior direito do gabinete. Em razão disso, o cartucho era conectado na vertical, de forma semelhante com os videogames daquela época. No entanto, apenas cartuchos fabricados ou licenciados pela Dynacom podiam ser conectados ao MX1600, tendo em vista o seu formato físico ser diferente dos demais micros compatíveis com a linha, problema esse que também ocorria com o Prológica CP400.

A Dynacom também tomou a iniciativa de alterar todos os conectores de entrada/saída de seu MX1600, preferindo fazer uso de conectores mais tradicionais naquela época no Brasil e deixando de lado os conectores padrão DIN usados pelos demais computadores compatíveis com a linha TRS-80 Color Computer. Com efeito, embora fugisse do padrão adotado pela linha, facilitava a conexão de acessórios, em especial os joysticks, já há muito tempo fabricados pela empresa para seus consoles de videogame.

Referências

  1. «Museu da Computação e Informática - MCI». 18 de outubro de 2008. Consultado em 2 de junho de 2011 
  2. «Dynacom lança MX1600». Consultado em 3 de junho de 2011 [ligação inativa]
  3. «Entrevista com Gabriel Almog». Consultado em 3 de junho de 2011