Mestre de campo

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Mestre de campo[1] constituía um posto de oficial superior, existente nos exércitos de Espanha, França e Portugal, na época do Antigo Regime. Conforme o país, competia a um mestre de campo exercer o comando de um regimento ou terço, sendo aproximadamente equivalente ao atual posto de coronel.

Mestre de campo por países

França

Na França, o mestre de camp (mestre de campo) era o chefe de um regimento, estando sob a autoridade de um coronel-general, o qual comandava todos os regimentos da mesma arma. Quando foi suprimido o cargo de coronel-general da infantaria, em 1661, todos os mestres de campo desta arma passaram a ter o título de "coronel". Já os regimentos de cavalaria, que se mantiveram sob a autoridade de um coronel-general, continuaram a ser individualmente chefiados por mestres de campo até à Revolução Francesa.

Tal como o cargo de capitão, o de mestre de campo poderia ser comprado e vendido livremente. Por essa razão, os jovens da aristocracia podiam aceder ao posto numa idade muito precoce e ficarem, assim, em boa posição para acederem ao posto de brigadeiro por antiguidade.

O distintivo dos mestres de campo consistia num par de dragonas com franjas douradas ou prateadas.

O posto foi suprimido durante a Revolução e substituído pelo de chefe de brigada.

Portugal

Até 1707, os mestres de campo eram os oficiais superiores comandantes dos terços de infantaria do Exército Português. Por extensão, "mestre de campo general" era a designação do oficial general que comandava vários terços de infantaria. O seu adjunto era denominado "tenente de mestre de campo general".

Em 1707, na sequência da transformação dos terços de infantaria de primeira linha em regimentos, os seus comandantes passaram a denominar-se "coronéis". Já nas tropas de segunda linha, só em 1793 é que os terços auxiliares seriam transformados em regimentos de milícias e, os seus mestres de campo, em coronéis.

Por sua vez, o posto de mestre de campo general deu origem, em 1762, à patente de tenente-general.

Referências

  1. Academia Brasileira de Letras. Disponível em http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23. Acesso em 2 de outubro de 2014.

Ligações externas