Michel Petrucciani

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Michel Petrucciani (Orange, 28 de dezembro de 1962 - Nova York, 6 de janeiro de 1999) foi um pianista francês, um dos mais brilhantes do jazz.

Biografia

Seu avô era italiano de Nápoles. Seu pai, Antoine Petrucciani, mais conhecido como Tony Petrucciani, foi um renomado guitarrista de jazz e seu professor de música, tendo posteriormente colaborado em vários dos seus álbuns.

Durante as décadas de 1960 e 1970, a família Petrucciani viveu na região de Orange e em Montélimar, onde Antoine Petrucciani instalou uma loja de artigos musicais.

Michel Petrucciani, desde o seu nascimento, deficiente físico, em decorrência de uma forma severa de osteogênese imperfeita - a "doença dos ossos de vidro" ou "ossos de cristal". Além da fragilidade dos ossos, a doença também afetou seu crescimento. Sua estatura era de menos de um metro, e seus ossos podiam se quebrar até mesmo pelo esforço de tocar piano. Como não podia frequentar a escola, tinha aulas em casa, com professores particulares. Mais tarde fez cursos por correspondência. Seu pai fabricou para ele um dispositivo para elevar os pedais do piano[1] e assim, desde os quatro anos, Michel estudou piano e bateria, dedicando-se inicialmente à música clássica e depois, ao jazz. Seus dois irmãos também são músicos: Louis é contrabaixista, e Philippe é guitarrista.

Michel exibiu-se em público pela primeira vez aos 13 anos, acompanhando o trompetista americano Clark Terry. Aos 15 anos, começou sua carreira profissional, tocando com o baterista e vibrafonista Kenny Clarke, com quem gravou seu primeiro álbum, em Paris.

Depois de um tour pela Fraça, com o saxofonista Lee Konitz, em 1981, transferiu-se para Big Sur, na Califórnia, onde foi descoberto pelo saxofonista Charles Lloyd, que o fez membro do seu quarteto durante três anos.

Seu extraordinário talento musical e suas qualidades humanas lhe permitiram trabalhar com músicos do calibre de Dizzy Gillespie, Jim Hall, Wayne Shorter, Palle Daniellson, Eliot Zigmund, Eddie Gómez e Steve Gadd.

Entre os numerosos prêmios que recebeu ao longo de sua breve carreira, destacam-se o Django Reinhardt Award. Foi também indicado como "melhor músico de jazz europeu", pelo Ministério da Cultura da Itália.

Michel teve quatro companheiras oficiais:

  • Erlinda Montaño, uma americana descendente de índios navajos, que o introduziu no meio musical dos Estados Unidos (divórcio por volta de 1988).
  • Eugenia Morrison
  • Marie-Laure Roperch, uma canadense com quem viveu a partir de 1990, e com quem teve um filho, Alexandre, atingido pela mesma doença do pai[2]. Ele também tinha um filho adotivo, Rachid Roperch.[3][4][5]
  • Gilda Buttà, uma pianista italiana, de quem se divorciou três meses depois do casamento
  • Isabelle Mailé, que o acompanhou nos seus últimos dias de vida, até sua morte, em decorrência de graves complicações pulmonares, no hospital Beth Israel, em Nova York.

Em 2011, o inglês Michael Radford dedicou-lhe o documentaário Michel Petrucciani - Body & Soul .

Discografia

Referências

  1. Lettre à Michel Petrucciani, INA nuits d'été, 06/09/1983, 36min41s
  2. Michel Petrucciani. Ouest France, 26 de agosto de 2011.
  3. Petrucciani, Sunny Side Records .
  4. Radford, Michael, Michel Petrucciani (documentary), IMDb .
  5. «Petrucciani, Michel», The New York Times, 1° de agosto de 1999  Verifique data em: |data= (ajuda).

Ligações externas

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