Movimento pela Justiça e Reabilitação do Níger

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Movimento pela Justiça e Reabilitação do Níger (em francês: Mouvement pour la justice et la réhabilitation du Niger; MJRN) é uma organização política e militar baseada no Níger. O movimento é composto pela etnia tubu. O grupo armado anunciou sua fundação em setembro de 2016 como resultado da marginalização da comunidade pelo governo do Níger e prometeu atacar os locais de recursos naturais para alcançar seu objetivo de "direitos fundamentais".

História[editar | editar código-fonte]

O povo tubu queixa-se de ser marginalizado,[1] ao passo que também têm uma alta taxa de analfabetismo devido às condições adversas da paisagem em que residem.[2] O povo tubu está espalhado pelo Níger, Chade, Líbia e Sudão.[1]

Fundação[editar | editar código-fonte]

O movimento surge em 8 de setembro de 2016, em um comunicado assinado pelo seu "presidente em exercício", Adam Tcheke Koudigan, que afirma: "O Movimento pela Justiça e Reabilitação do Níger informa a opinião pública nacional e internacional de sua intenção de recorrer à luta armada para obter nossos direitos fundamentais. [...] O governo do Níger permaneceu completamente indiferente às nossas reivindicações mais do que legítimas. Apesar dos nossos clamores de preocupação diante dos danos ecológicos dos locais petrolíferos [...] a degradação de nossos territórios de pastagem e nossas condições de vida [...], as autoridades da República do Níger estão caladas em relação às nossas exigências".[3][4]

O MJRN reivindica o desenvolvimento das regiões das províncias de Kawar e Manga, localizadas nas regiões de Agadez e Diffa. Também culpou a China National Petroleum Corporation (CNPC) por fazer "milhões de dólares de lucro nos locais petrolíferos", enquanto os "moradores" estão "pagando o alto preço [...] no nível ambiental".[3] [4]

O grupo usa o sul da Líbia como base de retaguarda, mas em 2019 uma ofensiva do Exército Nacional Líbio provocou a fuga dos rebeldes MJRN.[5] Em 3 de fevereiro, 121 de seus combatentes liderados por Mahamat Tinaymi se renderam ao exército nigerino em Madama.[5] Uma cerimônia de desarmamento ocorre em Dirkou no dia 11 de fevereiro.[6]

Referências

  1. a b «PressTV-Armed group threatens raids on Niger mines». presstv.com 
  2. Cole, Peter; McQuinn, Brian (1 de janeiro de 2015). The Libyan Revolution and Its Aftermath (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 9780190210960 
  3. a b Niger : un nouveau groupe rebelle menace de prendre les armes, Jeune Afrique avec AFP, 8 de setembro de 2016.
  4. a b Laurent Lagneau; Un nouveau groupe armé fait son apparition au Niger, Opex360, 8 de setembro de 2016.
  5. a b Niger: reddition de plusieurs rebelles de retour du sud-libyen, RFI, 11 de fevereiro de 2019.
  6. Désarmement d'ex-rebelles toubou après leur reddition dans le nord, AFP, 12 de fevereiro de 2019.