Márcio Pacheco

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 Nota: Este artigo é sobre o político do Rio de Janeiro. Para o político do Paraná, veja Marcio Pacheco.
Márcio Pacheco
Márcio Pacheco
Márcio Pacheco
Conselheiro do TCE-RJ
Período 22 de junho de 2022
à atualidade
Deputado estadual pelo Rio de Janeiro
Período 1 de fevereiro de 2011
até 22 de junho de 2022
Dados pessoais
Nascimento 9 de janeiro de 1975 (49 anos)
Sorocaba, SP
Partido PSC (2004-2022)
Profissão Advogado

Marcio Henrique Cruz Pacheco (Sorocaba, 9 de janeiro de 1975) é um advogado e político brasileiro, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Antes, foi vereador por dois mandatos e deputado estadual no Rio de Janeiro por três mandatos, todos pelo PSC.[1]

Em abril de 2015, numa polêmica votação, foi um dos parlamentares a votar a favor da nomeação de Domingos Brazão para o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, nomeação esta muito criticada na época.[2]

No dia 20 de fevereiro de 2017, votou contra a privatização da CEDAE.[3][4]

Nas eleições de 2018, Márcio Pacheco foi reeleito deputado estadual para a 12ª legislatura (2019–2023) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). No pleito, como candidato do Partido Social Cristão (PSC), Pacheco obteve 48.317 votos.[5][6] Tornou-se líder do governo na Assembleia após a posse de Cláudio Castro, seu ex-assessor parlamentar.

Em 22 de junho de 2022, Márcio Pacheco foi eleito conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) ao obter 47 votos dos deputados.[7] Para assumir a vaga no tribunal, renunciou ao mandato na ALERJ.

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Relatório sobre transações bancárias suspeitas[editar | editar código-fonte]

Em dezembro de 2018, veio à tona um relatório de 422 páginas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que havia sido anexado pelo Ministério Público Federal à investigação que origem à Operação Furna da Onça e que ganhou grande repercussão nacional por envolver um ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro.[8] O documento reúne informações a respeito de operações bancárias de 75 funcionários e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) citadas em comunicados sobre transações financeiras suspeitas. As operações suspeitas, que envolvem pessoas que trabalham ou trabalharam em 20 gabinetes de deputados estaduais do Rio de Janeiro de diferentes matizes ideológicas, totalizam mais de R$ 207 milhões.[9][10][a]

O relatório do Coaf apontou que funcionários do gabinete de Márcio Pacheco na Alerj movimentaram um total de R$ 25,3 milhões entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, sendo o terceiro maior valor apontado pelo documento.[11][10] De acordo com o relatório, as transações suspeitas foram feitas por nove servidores de Pacheco: Claúdio Sérgio Ornellas de Oliveira, André Santolia da Silva Costa, Paulo Roberto Abboud Pinto, José Eduardo Coutinho da Costa, Rosa Maria dos Santos, Fabiano Machado da Rosa, Paulo Roberto Petri da Silva, Danielle Laranjeira Santolia da Silva Costa e André Araújo Costa.[12] Desses nomes, segundo o RH da Alerj em dezembro de 2018, dois integram o gabinete do deputado, dois são ex-assessores, um nunca foi funcionário da Assembleia e os outros quatro estão lotados em áreas distintas na Alerj.[10]

Por meio de sua assessoria de imprensa, Márcio Pacheco declarou que sempre agiu com honestidade e transparência, que está apurando as informações, que agirá no caso de acordo com a Lei e que não pode se responsabilizar por transações bancárias de ex-assessores.[10] Já o Ministério Público Federal, em nota, esclareceu que nem todas as movimentações atípicas citadas no documento seriam, necessariamente, ilícitas.[13]

Notas e referências

Notas

  1. Para mais informações acerca das movimentações atípicas apontadas pelo relatório do Coaf, veja a subseção Operação Furna da Onça#Relatório sobre transações bancárias suspeitas.

Referências

  1. ALERJ. «Márcio Pacheco». Consultado em 20 de dezembro de 2016 
  2. Pedro Zuazo (29 de abril de 2015). «Conselheiro vapt-vupt: veja quem votou em Brazão para o TCE». Jornal Extra. Consultado em 8 de dezembro de 2016 
  3. Jornal Extra (20 de fevereiro de 2017). «Privatização da CEDAE aprovada na ALERJ». Consultado em 20 de fevereiro de 2017 
  4. G1 (20 de fevereiro de 2017). «Saiba como votou cada deputado sobre a privatização da Cedae e veja opiniões». Consultado em 18 de setembro de 2017 
  5. «Deputados estaduais eleitos no RJ; veja lista». G1. 8 de outubro de 2018. Consultado em 13 de novembro de 2018 
  6. «Deputados estaduais eleitos no Rio de Janeiro». Gazeta do Povo. 7 de outubro de 2018. Consultado em 18 de dezembro de 2018 
  7. «Márcio Pacheco é eleito novo conselheiro do TCE-RJ». G1. Consultado em 4 de agosto de 2022 
  8. Serapião, Fábio (6 de dezembro de 2018). «Coaf relata conta de ex-assessor de Flávio Bolsonaro». O Estado de S. Paulo. Consultado em 15 de dezembro de 2018 
  9. «Coaf aponta movimentação suspeita em contas de servidores de 22 deputados da Alerj». G1. 7 de dezembro de 2018. Consultado em 15 de dezembro de 2018 
  10. a b c d Piva, Juliana; Castro, Juliana; Mello, Igor (12 de dezembro de 2018). «Coaf identificou movimentação suspeita em transferências financeiras de 75 servidores da Alerj». O Globo. Consultado em 15 de dezembro de 2018 
  11. Nogueira, Italo (12 de dezembro de 2018). «PSC, PT e PSOL aparecem em relatório do Coaf». Folha de S.Paulo. Consultado em 18 de dezembro de 2018 
  12. «Coaf aponta movimentação suspeita em contas de servidores de 22 deputados da Alerj». G1. 7 de dezembro de 2018. Consultado em 26 de dezembro de 2018 
  13. Gomes, Marcelo; Sarza, Diego (6 de dezembro de 2018). «Coaf aponta que ex-motorista de Flávio Bolsonaro movimentou mais de R$ 1,2 milhão em operações suspeitas». G1. Consultado em 18 de dezembro de 2018 
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