Ogin-sama

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Ogin-sama
お吟さま
 Japão
1962 •  cor •  101 min 
Gênero drama histórico
Direção Kinuyo Tanaka
Produção Sennosuke Tsukimori
Shigeru Wakatsuki
Roteiro Masashige Narusawa
Baseado em Ogin-sama de Tōkō Kon
Elenco Ineko Arima
Tatsuya Nakadai
Nakamura Ganjirō II
Mieko Takamine
Osamu Takizawa
Keiko Kishi
Música Hikaru Hayashi
Cinematografia Yoshio Miyajima
Edição Hisashi Sagara
Companhia(s) produtora(s) Bungei Production Ninjin Club
Shochiku[a]
Distribuição Shochiku
Lançamento
  • 3 de junho de 1962 (1962-06-03) (Japão)[1][3]
Idioma japonês

Ogin-sama (お吟さま? lit. "Dama Ogin") é um filme de drama histórico japonês de 1962 dirigido por Kinuyo Tanaka,[1][3][6] baseado no romance Ogin-sama do escritor japonês Tōkō Kon.[1][6] Foi o último filme dirigido por Tanaka.[5][7]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Ambientado no Japão do final do século XVI, o filme conta a trágica história de amor entre Ogin, filha do mestre da cerimônia do chá, Sen no Rikyū, e o daimyō cristão Takayama Ukon. Amigos desde a infância, Ukon a apresentou à fé cristã pela primeira vez quando ela tinha dezesseis anos. Durante a visita de Ukon à casa de seu pai, Ogin confessa seus sentimentos por ele, mas o casamento que ele vive o torna impossível de amá-la. Logo depois, o comerciante Shintaro, da poderosa família local Mozuya, pede Ogin em casamento. Como sua mãe a lembra que recusar a proposta pode resultar em consequências para seu pai, e Ukon não mostra nenhum sinal de oposição, Ogin aceita com relutância.

Dois anos depois, o marido de Ogin, Shintaro, a culpa por ainda amar Ukon enquanto tenta lhe oferecer seu amor nesse tempo. Devido à política cada vez mais anticristã do governo nacional, Ukon, que se recusa a renunciar do cristianismo, é enviado para o exílio. Ogin e Shintaro o encontram uma última vez antes de sua partida, porque Shintaro deseja secretamente manter negócios com Ukon. Depois de se despedir dele, Ogin testemunha uma jovem ser levada à execução por se recusar a se tornar amante do daimyō Hidetsugu. A jovem não mostra nenhum sinal de medo, mas sim de realização por ter seguido o seu próprio coração.

Durante uma cerimônia do chá organizada na residência do daimyō Hideyoshi, Shintaro é abordado pelo comandante militar Ishida. Ishida quer impedir a reabilitação e participação de Ukon em uma campanha militar planejada e propõe um encontro entre Ogin e Ukon que poderia ser usado para conter Ukon. Ogin e Ukon são enganados para a reunião, mas conseguem escapar antes de serem presos pelas forças de Ishida. Enquanto se abrigava na cabana de um fazendeiro, Ogin descobre que a esposa de Ukon morreu nesse meio tempo, e eles passam a noite juntos. Ao retornar para Shintaro, ela pede o divórcio.

Hideyoshi, com a intenção de fazer de Ogin sua amante, a convida para seu palácio. Quando ela recusa seus flertes, ele lhe dá dois dias para reconsiderar ser sua noiva, declarando que, caso contrário, acabará com vida de seu pai. Após retornar para sua família, Rikyū faz os preparativos para ajudar Ogin a escapar com Ukon e este último conseguir cometer suicídio, mas soldados cercam a casa. Ogin se prepara para tirar a própria vida, ordenando que sua empregada leve um leque com seu bilhete de despedida escrito para Ukon, que se refugiou em Kaga.

Elenco[editar | editar código-fonte]

Legado[editar | editar código-fonte]

Uma versão restaurada em 4K do filme foi apresentada no Festival Internacional de Cinema de Tóquio em 2021,[8] no Film at Lincoln Center em 2022[9] e no Harvard Film Archive em 2023.[10]

O romance de Tōkō Kon foi novamente adaptado em um filme de meso nome no ano de 1978, sendo dirigido por Kei Kumai.[11]

Notas

  1. De acordo com os sites Kinema Junpo e Tanaka Kinuyo Memorial Association, Ogin-sama foi produzido pela Bungei Production Ninjin Club em conjunto com os estúdios Shochiku,[1][2] enquanto o Japanese Movie Database e o National Film Archive of Japan listam Shochiku apenas como distribuidor do filme.[3][4] Já a biógrafa de Tanaka, Irene Gonzalez-Lopez, escreve que o filme foi produzido apenas pela Bungei Production Ninjin Club, planejado pelo ex-funcionário da Shochiku, Hisako Nagashima.[5]

Referências

  1. a b c d «お吟さま(1962)». Kinenote (em japonês). Consultado em 20 de novembro de 2021 
  2. «監督作品 (Filmes dirigidos por Kinuyo Tanaka)». NPO Tanaka Kinuyo Memorial Association (em japonês). Consultado em 21 de novembro de 2021 
  3. a b c «お吟さま(1962)». Japanese Movie Database (em japonês). Consultado em 27 de agosto de 2023 
  4. «監督作品». National Film Archive of Japan (em japonês). Consultado em 21 de novembro de 2021 
  5. a b Gonzalez-Lopez, Irene (7 de março de 2018). Tanaka Kinuyo: Nation, Stardom and Female Subjectivity. [S.l.]: Edinburgh University Press. ISBN 978-1-4744-0970-4 
  6. a b «お吟さま». Shochiku (em japonês). Consultado em 27 de agosto de 2023 
  7. «田中絹代監督『月は上りぬ』カンヌ国際映画祭クラシック部門に選出» [Tsuki wa norinu, de Kinuyo Tanaka, selecionado para a categoria Clássicos do Festival de Cinema de Cannes]. Nikkatsu (em japonês). Consultado em 21 de novembro de 2021 
  8. «お吟さま 4Kデジタルリマスター版». Tokyo International Film Festival (em japonês). Consultado em 21 de novembro de 2021 
  9. «Love Under the Crucifix - Ogin-sama». Film at Lincoln Center. Consultado em 29 de agosto de 2023 
  10. «Love Under the Crucifix (Ogin-sama)». Harvard Film Archive. Consultado em 29 de agosto de 2023 
  11. «お吟さま(1978)». Kinenote (em japonês). Consultado em 31 de agosto de 2023