Otoni de Paula

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Otoni de Paula
Otoni de Paula
Deputado federal pelo Rio de Janeiro
Período 1.º de fevereiro de 2019
até atualidade
Legislaturas 56.ª e 57.ª
Vereador do Rio de Janeiro
Período 1.º de janeiro de 2017 a 31 de janeiro de 2019
Dados pessoais
Nome completo Otoni Moura de Paulo Júnior
Nascimento 22 de novembro de 1976 (47 anos)
Niterói, RJ
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Pai: Otoni de Paula Pai
Partido
Religião evangélico
Ocupação pastor
político

Otoni Moura de Paulo Junior (Niterói, 22 de novembro de 1976), conhecido como Otoni de Paula, é um pastor evangélico e político brasileiro, filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB).[1] Foi vereador da cidade do Rio de Janeiro,[2] e em 2018, foi eleito deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro com 120 498 votos (1,56% dos válidos).

Dados biográficos[editar | editar código-fonte]

É filho do funcionário público e político Otoni de Paula Pai[3] e sobrinho da dupla de cantores evangélicos Otoniel & Oziel, mortos em um acidente automobilístico em 1976. Seu pai, pastor e cantor evangélico, e seu tio, Ozeias de Paula, também cantor evangélico, moram no Rio de Janeiro.[4][5] Anteriormente, foi filiado ao PSDC, PEN, PMDB e PSC.[6][7]

Otoni foi eleito em 2016 pela primeira vez como vereador na cidade do Rio de Janeiro com 7.801 votos.[8]

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Em julho de 2018, três meses antes das eleições, Otoni de Paula publicou um vídeo convidando fiéis de sua igreja para comparecerem ao lançamento de sua pré-candidatura e passou a ser investigado pelo Tribunal Regional Eleitoral do estado. No vídeo, o pastor e candidato agradece a disposição de "alguns irmãos em alugar um ônibus" para levar fiéis ao evento. Na sequência do vídeo, Otoni pede "palmas para Jesus" e diz que "vivemos um momento de guerra por conta do golpe do impeachment contra o prefeito do Rio, Marcelo Crivella. O pedido de impeachment de Crivella, também evangélico, foi pedido por alguns vereadores por ter o prefeito oferecido vantagens a fiéis de sua igreja em um evento reservado a pastores na sede da prefeitura. Em outros vídeos, Otoni critica a atuação do juiz que mandou Crivella "parar de usar a prefeitura para favorecer seu grupo religioso".[9] No mesmo mês, Otoni foi acusado de homofobia pelo vereador David Miranda, após este chamá-lo de hipócrita.[10]

Em junho de 2020, Otoni passou a ser investigado no âmbito do Inquérito das Fake News. Segundo a Procuradoria-Geral da República, o deputado pagou 238,5 mil reais da sua cota parlamentar a acusados de disparar mensagens de texto e de WhatsApp em eleições e para financiar atos antidemocráticos. Os dados foram obtidos após a quebra do sigilo autorizada pelo Supremo Tribunal Federal.[11] Devido à investigação, o deputado publicou um vídeo no dia 6 de julho, em que chamou de "canalha" e "lixo", o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do inquérito.[12] Após o episódio, Otoni de Paula Júnior deixou a vice-liderança do governo.[13]

Em agosto de 2021, a Polícia Federal ouviu Otoni de Paula. O depoimento foi realizado dez dias depois de agentes da PF terem cumprido mandados de busca e apreensão na casa e no escritório do parlamentar em Brasília.[14] Ele foi questionado sobre o financiamento de atos e a participação em grupos que supostamente organizam atos que atentariam contra a democracia, e também foi perguntado sobre a relação com outros investigados nesse mesmo processo, como o cantor Sérgio Reis. Otoni negou envolvimento com os organizadores deste movimento.[15]

Referências

  1. «Deputado federal bolsonarista Otoni de Paula assina filiação ao MDB». Extra Online. Consultado em 31 de março de 2022 
  2. «Vereadores substituídos». Câmara RJ. Consultado em 22 de março de 2018 
  3. Otoni de Paula, Estadão.
  4. «Biografia Ozéias De Paula». Som13. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  5. «Ozéias de Paula e Esteves Jacinto louvam no 27º Congresso de Jovens em Delmiro Gouveia». AD Alagoas. 8 de março de 2017. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  6. «Veja os dados eleitorais do candidato Otoni de Paula - PSDC». UOL Eleições 2012. Consultado em 18 de julho de 2020 
  7. «Eleições 2014 - Pastor Otoni de Paula 5110». Meu Congresso nacional. Consultado em 18 de julho de 2020 
  8. «Otoni de Paula Jr 20200 PSC (Vereador) Rio de Janeiro - Guia Eleições 2016». Guia dos Candidatos. Consultado em 3 de setembro de 2021 
  9. TRE-RJ mira pastor do PSC que convocou fiéis para lançamento de pré-candidatura O Globo, 17/7/2018
  10. «Vereador do PSOL-RJ diz foi provocado com dança homofóbica; opositor nega». noticias.uol.com.br. Consultado em 3 de setembro de 2021 
  11. «Deputado do PSC paga R$238,5 mil a empresa acusada de disparos irregulares». Exame. 24 de junho de 2020. Consultado em 25 de junho de 2020 
  12. Larissa Carlixto (7 de julho de 2020). «Investigado pelo STF, deputado ataca Alexandre de Moraes: "Canalha", "lixo"». Congresso em Foco. UOL. Consultado em 7 de julho de 2020. Cópia arquivada em 7 de julho de 2020 
  13. «Deputado deixa vice-liderança do governo depois de xingar Moraes de 'lixo'». Poder360. 9 de julho de 2020. Consultado em 9 de julho de 2020. Cópia arquivada em 9 de julho de 2020 
  14. «Sérgio Reis e Otoni de Paula são alvo de operação da PF autorizada por Moraes». CNN Brasil. Consultado em 3 de setembro de 2021 
  15. Globo, Agência O. (30 de agosto de 2021). «À PF, Otoni de Paula nega relação com organizadores de ato antidemocrático». Portal iG. Consultado em 3 de setembro de 2021 
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