Parque Estadual Encontro das Águas

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Parque Estadual Encontro das Águas
Categoria II da IUCN (Parque Nacional)
Parque Estadual Encontro das Águas
Onça-pintada no parque.
Localização Mato Grosso, Brasil Brasil
Dados
Área 108 960 ha
Criação 2004
Gestão Fundação Estadual do Meio Ambiente de Mato Grosso
Coordenadas 17° 8' 40" S 56° 39' 57" O
Parque Estadual Encontro das Águas está localizado em: Brasil
Parque Estadual Encontro das Águas
Parque estadual

Parque Estadual Encontro das Águas é um parque estadual no estado de Mato Grosso, Brasil. Abrange uma área do pantanal rica em cursos de água.

Geografia[editar | editar código-fonte]

O Parque Estadual Encontro das Águas é dividido entre os municípios de Poconé (56,71%) e Barão de Melgaço (43,29%) no estado de Mato Grosso. Possui uma área de 108 960 hectares (270 000 acre (unidade)s).[1] A rodovia MT-060 atravessa a ponta noroeste do parque e uma estrada leva a partir da MT-060 ao longo da fronteira nordeste do parque.[2] O parque cobre uma área rica em cursos de água que apoiam a rica biodiversidade da flora e fauna do pantanal.[3]

Hidrografia[editar | editar código-fonte]

O rio Caçanje define parte da fronteira norte do parque, fluindo para nordeste para se juntar ao rio Cuiabá. Mais ao sul, o rio Alegre flui para o nordeste através do parque paralelo ao Caçanje, faz parte da fronteira leste, depois continua para o leste para se juntar ao Caçanje, pouco antes do rio entrar em Cuiabá. Cuiabá corre para o sudoeste e faz parte da fronteira leste do parque.[2] Em alguns mapas, agora é chamado de rio Canabu.[4]

O Cuiabá/Canabu atravessa o parque, onde se une ao rio São Lourenço, ou ao rio Pingara, que também atravessa o parque a leste. O São Lourenço continua a sudoeste do outro lado do parque, depois define a borda oeste da parte sul do parque. O parque é delimitado ao sul pelo rio Piquirí, que define a fronteira com o estado de Mato Grosso do Sul. O Piquiri flui para o oeste para se juntar a São Lourenço, no limite sudoeste do parque.[2]

História[editar | editar código-fonte]

O Parque Estadual do Encontro das Águas foi criado pelo decreto 4.881, de 22 de dezembro de 2004, pelo governador de Mato Grosso. Em 17 de outubro de 2014, a SEMA fez uma última chamada aos proprietários ou arrendatários para fornecer documentação que comprove suas reivindicações. O conselho consultivo foi criado em 18 de dezembro de 2014.[5] A pesca é proibida em um raio de 2 quilômetros (1,2 mi) do parque estadual, embora isso só se aplique no Mato Grosso e não no rio Piquiri, no Mato Grosso do Sul. Isso causou algumas dificuldades para cerca de 40 famílias ribeirinhas no Mato Grosso que dependem da pesca para sobreviver.[6]

Ecoturismo[editar | editar código-fonte]

O parque possui um grande número de onças, que vivem nas capivaras e jacarés comuns no pantanal. Uma pequena indústria de turismo local se desenvolveu desde que isso se tornou conhecido pelo mundo exterior, organizando guias, barcos e expedições para acampamentos, geralmente administrados por pessoas não treinadas e sem equipamento básico de segurança. Em 2012, o parque não possuía plano de manejo e, tecnicamente, deveria estar fechado ao turismo. No entanto, é visitado por turistas, guias e cientistas que esperam observar as onças-pintadas. Os grandes felinos são tímidos e os turistas podem afastá-los. Há relatos de que o número de avistamentos está diminuindo e, quando vistas, as onças se afastam dos barcos mais rapidamente do que antes.[7]

Capivaras (Hydrochoerus) em repouso na beira do rio

Uma pousada ecoturística no parque foi fechada por ordem judicial em 2009. O proprietário norte-americano construiu um acampamento do outro lado do rio Piquiri, no Mato Grosso do Sul. Em 2011, foi relatado que a polícia ambiental daquele estado havia encontrado problemas com a nova instalação, que havia sido construída sem autorização do órgão ambiental responsável. A empresa estava planejando construir nove edifícios de 11 por 4,5 metros (36 pés × 15 pés) para observar onças que passavam pela região e já estava recebendo turistas alemães e americanos. Os proprietários foram acusados de usar animais de isca, como porcos, ovelhas e jacarés para atrair os animais.[8]


Referências

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]