Pedro Mascarenhas Júdice

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Pedro Mascarenhas Júdice
Nascimento 14 de Abril de 1875
Silves
Morte 28 de Julho de 1944
Nacionalidade Portugal Portugal
Ocupação historiador e engenheiro agrónomo

Pedro Paulo Mascarenhas Júdice (Silves, 14 de Abril de 1875 - 28 de Julho de 1944), foi um historiador e engenheiro agrónomo português, que deixou um importante contributo sobre a história do Algarve, principalmente no concelho de Silves.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascimento[editar | editar código-fonte]

Nasceu em Silves, em 14 de Abril de 1875.[1] Formou-se como engenheiro agrónomo.[1]

Casa onde viveu Pedro Paulo Mascarenhas Júdice.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Trabalhou em vários cargos públicos, embora seja mais conhecido devido à sua carreira como historiador de Silves, tendo escrito vários artigos nos jornais sobre monumentos da cidade, como a Sé Catedral , o Castelo e a Cruz de Portugal.[1] Em 1911, publicou a obra Atravez de Silves - I Parte - Sé, Castello, Cruz de Portugal, Pelourinho, que foi o primeiro de três volumes sobre a história da cidade.[1]

Foi um correspondente de José Leite de Vasconcelos entre 1910 e 1933, tendo convidado o importante arqueólogo a investigar a zona da Praia de Quarteira em 1911, e em 1917 comunicou-lhe a descoberta de vestígios de um pavimento romano na Abicada, dando início à investigação daquele importante sítio arqueológico.[1] Mascarenhas Júdice também lhe pediu para avaliar os seus artigos e livros, que foram aprovados pelo eminente arqueólogo, tendo Leite de Vasconcelos sugerido igualmente que publicasse uma monografia sobre Silves.[1]

Também recolheu várias peças históricas de Silves, que enviou para o Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, incluindo uma placa de xisto com texto no Alfabeto árabe, e duas estátuas de metal da segunda Idade do Ferro, que identificou como uma santa e uma cabrinha.[1] Também referiu ter em sua posse uma candeia islâmica em forma de bico de pato e cerca de meio milhar de moedas, e emprestou ao museu de Lisboa uma esfinge funerária, que foi atribuída a cerca do Século IV a.C..[1] Acompanhou igualmente várias escavações nas ruas de Silves para a instalação de esgotos, tendo recomendado aos responsáveis que preservassem quaisquer peças antigas que encontrassem.[1]

Falecimento e homenagens[editar | editar código-fonte]

Faleceu em 28 de Julho de 1944.[1]

Uma placa comemorativa foi colocada na casa onde viveu, em Silves.[1]

Obras publicadas[editar | editar código-fonte]

  • Atravez de Silves - I Parte - Sé, Castello, Cruz de Portugal, Pelourinho (1911)
  • Atravez de Silves - II Parte
  • Atravez de Silves - III Parte
  • Na sessão inaugural do Instituto Arqueológico do Algarve (1915?)
  • Contribuição para a história da agricultura portuguesa (1920)

Referências

  1. a b c d e f g h i j k GONÇALVES, Maria José; ZEKRI, Mostafa (2008). «Acerca de uma antigualha oferecida ao Museu Ethnologico Português: um molde de amuleto inédito, proveniente da Silves islâmica» (PDF). O Arqueólogo Português. 4.º Série (Volume 26). Lisboa: Museu Nacional de Arqueologia. p. 363-384. Consultado em 23 de Junho de 2020 – via Direcção Geral do Património Cultural 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


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